Hydroxychloroquine-Retinopathy-Flying-Saucer-Sign

Foco na Retinopatia Cloroquínica

A diferença entre o remédio e o veneno é a dose…

Paracelso – Médico/ século XVI.

O combate à pandemia de COVID-19 tem imposto uma série de desafios à comunidade médica em todo o mundo. Um dos maiores é o de encontrarem-se medicamentos que auxiliem no combate à doença. Neste contexto, o uso de anti-maláricos, em especial a hidroxiclorquina, vem sendo estudado quanto aos benefícios e riscos potenciais.

Para qualquer medicamento, esperam-se efeitos desejados, os quais justificam a utilização, mas também os feitos colaterais que podem trazer malefícios aos pacientes. Tanto os efeitos desejados, quanto os colaterais, podem sofrer influência de dosagem, duração de utilização, via de aplicação entre outros fatores.

Para a hidroxicloroquina, é bem conhecido, entre os efeitos colaterais, um padrão de alterações retinianas que, apesar de ocorrer numa minoria de usuários, pode comprometer a visão de modo importante e definitivo. A foto que ilustra este post, mostra o chamado “Sinal do Disco Voador” sugestivo de retinopatia cloroquínica à tomografia coerência óptica.

Se a hidroxicloroquina vai se firmar, ou não, como parte do arsenal terapêutico contra a COVID-19 os estudos científicos vão dizer. O que não é bem-vinda, em qualquer contexto, mas particularmente numa pandemia como a que vivenciamos, é a politização do tema, uma vez que a Ciência deve ser apolítica.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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