Na seção sobre Catarata de nosso site, ou em posts anteriores do FOCCO-Blog, já abordamos o tema Lente Intraocular. A recorrência é justificável pela importância do tema. Resumidamente: na cirurgia de catarata, o cristalino (lente natural do olho cuja transparência está comprometida) é substituído por uma lente artificial, a qual influencia diretamente na qualidade da visão no pós-operatório.
O assunto torna-se mais complexo, quando se leva em consideração que existem diversos designs, materiais e, consequentemente, tipos de lentes intraoculares. Cada tipo pode apresentar indicações específicas, de modo que a “melhor” lente intraocular para um olho, pode não ser necessariamente a mais indicada ao outro olho de um mesmo paciente… e mais: dois pacientes podem demandar combinações distintas de tipos de lentes, ou ainda, um mesmo paciente pode receber indicações diferentes, quanto à combinação de lentes, em planejamentos cirúrgicos feitos por dois ou mais Oftalmologistas… Em outras palavras: NÃO existe algo como como a “melhor” lente intraocular, a qual pudesse ser indicada a todos os casos.
Do exposto, naturalmente surge a pergunta:
“Como selecionar ADEQUADAMENTE as lentes intraoculares para um determinado paciente?“
Certamente, o Oftalmologista deve conhecer as demandas visuais prioritárias de cada paciente. Por exemplo, se o paciente prioriza a visão de longe, como ao dirigir; a visão de perto, como na leitura de livros, revistas ou tablets; ou a de meia-distância, como ao uso de notebooks. Bem como, considerar a expectativa do paciente quanto ao uso de óculos no pós-operatório, se a todo o tempo, ou só ocasionalmente. Faz-se necessário reconhecer as condições gerais de saúde, como eventual ocorrência de diabetes (com as consequentes repercussões oculares da doença), além de condições específicas dos olhos, tais como astigmatismo corneano importante, glaucoma ou retinopatias, entre outras. Finalmente, conhecer detalhadamente os diferentes modelos de lentes disponíveis, de modo a recomendar a combinação que mais fielmente cumpra o planejamento cirúrgico.
Assim, a melhor indicação depende de Ciência, para que se conheçam as tecnologias disponíveis em relação às lentes e Humanização, para que se busque atender às demandas e expectativas o paciente com o máximo rigor possível.
Até o próximo post.
Giuliano Freitas – Oftalmologista.
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