“Se você não consegue explicar algo em termos simples, então você não compreende suficientemente bem do assunto.” Albert Einstein
Imaginemos que uma pessoa goste de música e comece a ler sobre o assunto. Se, ainda como principiante, tal pessoa tiver acesso a uma partitura, ou a alguma resenha redigida por um crítico de arte, certamente essa pessoa entenderia muito pouco sobre esses conteúdos. Eventualmente, comprometendo o interesse que inicialmente apresentava.
Stephen Hawking tornou-se autor renomado escrevendo livros sobre assuntos tão complexos quanto buracos negros ou as interações existentes entre partículas sub-atômicas. Isto, não para outros físicos, mas para o público geral… a resposta a este (aparente) paradoxo é simples: mesmo assuntos complexos podem ser abordados de forma simplificada, de modo a torná-los inteligíveis. Assim, uma vez que o leitor vá sedimentando conhecimento (e interesse) a respeito, esses assuntos podem ser revisitados numa escala crescente de detalhamento.
Esta mesma lógica pode ser aplicada à Oftalmologia: não é necessário, ao menos a princípio, detalhar a um paciente o que é, ou como funciona, uma lente intraocular asférica, outra com profundidade extendida de foco, ou outra que dependa de apodização; mas é simples explicar que existem diferentes planejamentos cirúrgicos, cada um com seus pontos positivos e limitações, sendo possível alcançar visão nítida, sem óculos, após operar a catarata. Tão importante quanto o domínio de determinado assunto, é a capacidade de comunicação, em diferentes níveis de detalhamento, tornando-o o mais claro possível a diferentes públicos.
Informe-se (claramente) com seu Oftalmologista de confiança.
Até o próximo post.
Giuliano Freitas – Oftalmologista.
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