Suponhamos que fosse perguntado a você algo do tipo: “qual o melhor carro?” o que você responderia?
Provavelmente, sua resposta começaria por “depende…”. Isto, porque “melhor” implica no que se quer, ou se precisa, portanto sendo um termo relativo. Por exemplo: se o interesse de quem pergunta pelo carro é usá-lo no dia a dia das grandes cidades, um modelo compacto pode ser mais interessante que um SUV; por outro lado, se a finalidade for um passeio de final de semana com a família, este tipo pode ser o mais indicado. A resposta poderia ter sido completamente diferente, caso o parâmetro de interesse fosse outro, como preço, consumo de combustível, etc…
Eventualmente, sou perguntado sobre qual seria a “melhor” lente a ser implantada na cirurgia de catarata, principalmente nos casos em que pacientes buscam por uma segunda opinião sobre o procedimento. Para tais casos, minha resposta invariavelmente começa por “depende…”. Fatores do paciente como: idade, ocupação, hábitos e preferências, motivação quanto ao uso de óculos no pós-operatório, acesso a diferentes tecnologias, além de uma série de questões de ordem médica envolvendo cada um dos olhos fazem com que a escolha da “melhor” lente seja individualizada.
Citando um exemplo: operei a um aposentado que adora dirigir e não se importaria em usar óculos no pós-operatório, desde que fossem “somente para leitura…”. Com esta finalidade, indiquei lentes monofocais que o deixassem independente de óculos para longe. Já para a esposa deste senhor, a qual gosta de aplicar a própria maquiagem e faria questão de ficar sem óculos na maior parte do tempo, indiquei lentes multifocais. Ambos ficaram satisfeitos.
Mais importante que conhecer os diferentes tipos de lentes, é compreender a demanda de cada paciente de modo a atendê-la da melhor maneira possível. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.
Até o próximo post.
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