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Foco na Troca do Cristalino com Finalidade Refrativa

Nesta semana, o Conselho Federal de Medicina regulamentou, para uso no Brasil, uma opção cirúrgica para correção de erros de refração, já tradicional, nos Estados Unidos e Europa: a Troca do Cristalino com Finalidade Refrativa (TCR).

Trata-se de um procedimento semelhante ao da Cirurgia de Catarata, sendo que a principal diferença é que, na TCR, o cristalino encontra-se, ainda, transparente. A segurança, previsibilidade quanto aos resultados e o conforto do procedimento são os mesmos da moderna Cirurgia de Catarata. Os pacientes que podem ser beneficiados por esta opção são, principalmente, os hipermétropes, com ou sem astigmatismo, acima dos 55 anos.

Na pupila, é possivel observar o brilho de uma lente intraocular, a qual substitui o cristalino, seja num caso de catarata ou na TCR. Tanto esta imagem, quanto a que abre este post mostram lentes intraoculares multifocais (ideais para casos de TCR).

Informe-se, com seu Oftalmologista de confiança para maiores detalhes sobre esta opção.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nas Lentes Suplementares

Número cada vez maior de pacientes com catarata tem optado pelas lentes multifocais, como forma de dependerem minimante do uso de óculos no pós-operatório. No entanto, esta tecnologia é relativamente nova, de modo que pessoas operadas até cerca 20 anos atrás, não puderam contar com esta alternativa. Mesmo entre cirurgias mais recentes, há quem tenha optado por lentes monofocais num primeiro momento, arrependendo-se dessa escolha algum tempo depois.

Fato é que, eventualmente, pacientes que tiveram lentes monofocais implantadas perguntam: “posso trocar minha lente por uma multifocal?”

Existe a cirurgia de explante e substituição de lente. Tal procedimento costuma demandar manipulação cirúrgica maior que o da própria cirurgia de catarata; por isto mesmo, só é indicada em situações excepcionais. Entretanto, há uma opção mais simples e segura: o implante de lente suplementar. Este tipo de lente foi desenvolvido especificamente para colocação sobre a lente previamente implantada, acrescentando o componente multifocal, de maneira mais precisa e segura.

Esquema mostrando o posicionamento de uma lente suplementar (em vermelho) posicionada sobre a lente intraocular previamente implantada (em amarelo).

Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na (IN)Satisfação do Paciente Operado de Catarata

I can’t get no satisfaction!!!… Mick Jagger & Keith Richards.

A fórmula parece infalível:

Cirurgião Habilidoso + Tecnologia de Ponta = Paciente Satisfeito

No entanto, não é o que se observa no dia a dia da Cirurgia de Catarata vez ou outra. Diversos pontos-de-vista existem a respeito dos porquês. Eu gostaria de expor meu próprio.

Em minha análise parto do resultado, p/ então considerar os demais componentes da equação:

  • Entendo por Paciente Satisfeito, como aquele que teve as expectativas compreendidas e atendidas (ou superadas), em termos de resultados cirúrgicos. Assim, pacientes com expectativas subestimadas ou inalcançáveis, certamente, ficarão insatisfeitos, ao menos, parcialmente.
  • O termo Tecnologia de Ponta refere-se tanto a equipamentos utilizados na captação de informações sobre as condições dos olhos dos pacientes, quanto a instrumentais ou insumos cirúrgicos. Possivelmente, é o elemento menos sujeito a diferenças entre serviços bem estruturados atualmente.
  • Finalmente, Cirurgião Habilidoso refere-se, intuitivamente, aquele que domine e execute com precisão as técnicas operatórias. A meu ver, neste aspecto reside grande parte das causas causas de insatisfação, pois raramente considera-se que, no rol das habilidades desejadas a um cirurgião, esteja também a capacidade de comunicar-se c/ clareza, compreendendo e fazendo-se compreender. Ao esclarecer adequadamente os pacientes, o cirurgião proporciona expectativas coerentes c/ a tecnologia atual, além de permitir que os paciente participem na tomada da tomada de decisões sobre o próprio caso.

Assim, proponho uma sutil, mas importante modificação na fórmula:

Cirurgião Habilidoso e Comunicativo + Tecnologia de Ponta = Paciente Satisfeito

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Afacia

Quem tiver 40 anos de idade (ou um pouco mais…), certamente, lembra do comediante Chico Anysio e dos diversos personagens criados por ele, um desses era o “Silva”. Um dos principais elementos da caracterização deste personagem era os uso de óculos muito “fortes”, ou “fundo-de-garrafa” como eram jocosamente chamados.

Frequentemente, óculos como os do “Silva” apresentavam hipermetropia maior que 20 “graus”.

Este personagem fora inspirado em pacientes operados de catarata, numa época em que era comum não se implantar a lente intraocular (ou seja, eram deixados “afácicos”). Isto porque o primeiro modelo de lente intraocular é de 1949, tendo sido necessários outros 20 anos, pelo menos, para que aprimoramentos nas lentes e na própria cirurgia fizessem do implante de lente, o padrão de excelência do procedimento.

Atualmente, os raros casos de afacia podem ser corrigidos cirurgicamente pelo chamado “Implante Secundário de Lente Intraocular”, mas este é assunto p/ um próximo post

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Dúvida do Paciente: “Já sou Operado p/ Catarata… Posso Trocar as Lentes Que Estão em Meus Olhos???…”

Ocorre, vez ou outra, no consultório: paciente, já operado de catarata, questiona se as lentes implantadas poderiam ser “trocadas” por lentes mais modernas. Tal questionamento é mais comum entre pacientes operados há 20 anos ou mais… Isto, pois o uso de lentes intraoculares capazes de torná-los menos dependentes de óculos, como as multifocais, asféricas ou tóricas, tiveram o uso difundido, justamente, ao longo das duas últimas décadas…

A resposta que costumo oferecer é a seguinte: “Sim, é possível… No entanto, esta opção deve ser analisada criteriosamente…”. O procedimento de explante e substituição de lente intraocular, aventado por esses pacientes, costuma ter porte e riscos maiores que o da própria cirurgia de catarata. Alternativamente, costumo oferecer à maioria dos casos, o chamado implante de lente suplementar. Trata-se da colocação de uma lente adicional desenvolvida para oferecer o diferencial que falta à lente previamente implantada, como multifocalidade, a partir de um procedimento mais simples e seguro.

Esquema mostrando lente intraocular suplementar posicionada à frente da lente intraocular previamente implantada.

A mensagem que deve ficar é a de que, idealmente, o paciente deve optar, desde o planejamento da cirurgia de catarata, por lentes que ofereçam a melhor qualidade visual possível. Mas que existem alternativas naqueles casos em que os pacientes desejem fazer um upgrade na qualidade visual. Informe-se sobre com seu Oftalmologista de confiança.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Visão (SEM ÓCULOS) Após os 60 anos

Como consequência natural do envelhecimento, mesmo pessoas que sempre tiveram boa visão para “longe”, como ao dirigir, apresentarão alguma dificuldade para enxergarem de “perto”, durante a leitura por exemplo, por volta dos 40 anos: a presbiopia. Já por volta dos 60 anos, é esperado que a maioria das pessoas desenvolva também alguma perda de transparência do cristalino, a catarata.

A partir do momento em que houver comprometimento da visão pela catarata, estará indicada a cirurgia. Esta tem evoluído a tal ponto que, bem mais que meramente restabelecer a transparência do trajeto por onde a luz passa, tem sido capaz de tratar miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia preexistentes.

A depender de condições estruturais dos olhos, bem como de preferências pessoais de cada paciente, pode-se conseguir independência do uso de óculos, para longe ou perto e, mesmo, para ambas as distâncias.

A personalização do planejamento cirúrgico é indispensável para que os melhores resultados possam ser alcançados. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nos usos do LASER em Oftalmologia

As bases teóricas do que hoje conhecemos por LASER remontam ao início do século passado, com os trabalhos de Einstein. De maneira extremamente simplificada, tem-se que alguns compostos químicos ao serem estimulados por luz, passam a emitir um tipo específico de radiação: o LASER. A partir os anos 50, quando o uso estava restrito a centros de pesquisa, o termo LASER começou a ser associado a inovação, tecnologia de ponta… noção amplamente difundida no cinema e na TV. Atualmente, o LASER é empregado em campos tão diversos quanto Astronomia, Informática, Telecomunicações, Medicina, entre outros.

Quanto às aplicações médicas do LASER, apresentaremos brevemente alguns usos em Oftalmologia:

Cirurgia Refrativa

O LASER pode ser utilizado para modificar o formato da córnea, tratando miopia, hipermetropia, astigmatismo e, em determinadas circunstâncias, presbiopia pré-existentes.

Cirurgia de Catarata

Recentemente, o LASER vem sendo incorporado à Cirurgia de Catarata. No entanto, ainda NÃO demonstrou superioridade, em termos de qualidade visual pós-operatória ou segurança, em comparação à cirurgia tradicional. Opacificação de cápsula posterior, condição que ocorre em uma minoria dos olhos operados de catarata, pode ser corrigida pelo uso do LASER.

Tratamento de lesões retinianas

Descolamentos, lesões degenerativas, retinopatia diabética ou hipertensiva, entre outras doenças retinianas podem ser tratadas com o emprego do LASER, ainda que seja como modalidade auxiliar ao uso de medicamentos ou cirurgias.

Tratamento do Glaucoma

Algumas formas de glaucoma apresentam bom controle com o emprego de procedimentos ditos “ciclodestrutivos”. Para tais casos, o LASER é o principal instrumento.

Instrumentos diagnósticos

A Tomografia de Coerência Óptica é um exame de interesse a subespecialidades como Córnea, Retina ou Glaucoma. Esses tomógrafos têm funcionamento baseado no LASER. Mas este já é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Escolha (Correta) da Lente Intraocular (p/ a Cirurgia da Catarata)

Na seção sobre Catarata de nosso site, ou em posts anteriores do FOCCO-Blog, já abordamos o tema Lente Intraocular. A recorrência é justificável pela importância do tema. Resumidamente: na cirurgia de catarata, o cristalino (lente natural do olho cuja transparência está comprometida) é substituído por uma lente artificial, a qual influencia diretamente na qualidade da visão no pós-operatório.

O assunto torna-se mais complexo, quando se leva em consideração que existem diversos designs, materiais e, consequentemente, tipos de lentes intraoculares. Cada tipo pode apresentar indicações específicas, de modo que a “melhor” lente intraocular para um olho, pode não ser necessariamente a mais indicada ao outro olho de um mesmo paciente… e mais: dois pacientes podem demandar combinações distintas de tipos de lentes, ou ainda, um mesmo paciente pode receber indicações diferentes, quanto à combinação de lentes, em planejamentos cirúrgicos feitos por dois ou mais Oftalmologistas… Em outras palavras: NÃO existe algo como como a “melhor” lente intraocular, a qual pudesse ser indicada a todos os casos.

Do exposto, naturalmente surge a pergunta:

Como selecionar ADEQUADAMENTE as lentes intraoculares para um determinado paciente?

Certamente, o Oftalmologista deve conhecer as demandas visuais prioritárias de cada paciente. Por exemplo, se o paciente prioriza a visão de longe, como ao dirigir; a visão de perto, como na leitura de livros, revistas ou tablets; ou a de meia-distância, como ao uso de notebooks. Bem como, considerar a expectativa do paciente quanto ao uso de óculos no pós-operatório, se a todo o tempo, ou só ocasionalmente. Faz-se necessário reconhecer as condições gerais de saúde, como eventual ocorrência de diabetes (com as consequentes repercussões oculares da doença), além de condições específicas dos olhos, tais como astigmatismo corneano importante, glaucoma ou retinopatias, entre outras. Finalmente, conhecer detalhadamente os diferentes modelos de lentes disponíveis, de modo a recomendar a combinação que mais fielmente cumpra o planejamento cirúrgico.

Assim, a melhor indicação depende de Ciência, para que se conheçam as tecnologias disponíveis em relação às lentes e Humanização, para que se busque atender às demandas e expectativas o paciente com o máximo rigor possível.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Dúvida dos Pacientes: “Não me habituo aos óculos multifocais… Terei a mesma dificuldade com as lentes multifocais da cirurgia de catarata???…”

A pergunta, que aparece no título deste post, foi feita por uma paciente que sempre referiu desconforto visual ao uso de óculos multifocais.

Felizmente, p/ a maioria dos pacientes, a habituação aos óculos multifocais não costuma ser problemática. Mesmo assim, há pessoas que sempre vão preferir outras alternativas, como prescrições separadas p/ longe e perto, uso de lentes de contato ou cirurgia refrativa. Entretanto, tais alternativas também apresentam limitações, de modo que esses pacientes, dificilmente referem satisfação plena com a visão que apresentam.

Voltando ao caso da paciente que inspirou este post, eu imaginava que a primeira reação dela à indicação do implante de lentes intraoculares multifocais seria de alívio, já que eram ótimas as chances de independência quanto ao uso de óculos a partir da cirurgia de catarata… O que ocorreu foi justamente contrário: mostrou-se extremamente preocupada com o fato de seguir permanentemente “usando este tipo de lente”, como ela mesma disse.

De certa forma, a preocupação da paciente fez sentido, uma vez que ambos os tipos de lente levam o termo “multifocal” no nome. Esclareci a ela da seguinte forma: por “multifocalidade”, basicamente, entende-se que a lente apresenta capacidade de focalizar em diferentes distâncias, permitindo visão para perto, longe e distâncias intermediárias. Entretanto, o modo como as lentes multifocais dos óculos e aquelas da cirurgia de catarata obtém este efeito é completamente diferente.

Meme c/ o personagem Willy Wonka, do livro e filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”

Portanto, não significa que alguém intolerante às lentes multifocais dos óculos encontrará a mesma dificuldade com as lentes multifocais utilizadas na cirurgia de catarata. Informe-se me maiores detalhes c/ seu Oftalmologista de confiança (ou c/ o Willy Woncka…)

Até o próximo post.

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Foco na Cirurgia de Catarata aos 80, 85… 90 anos (ou mais)

Atualmente, boa parte das pessoas entre 60 e 65 anos mantêm-se ativas, seja no âmbito profissional, seja na vida privada, o que exige delas visão nítida e confortável. Paralelamente a isto, a Cirurgia de Catarata alcançou níveis sem precedentes de segurança e previsibilidade de resultados, melhorando não somente a qualidade da visão, mas tornando os pacientes cada vez menos dependentes do uso de óculos. Não por acaso, número cada vez maior de pessoas nesta faixa etária submetem-se à Cirurgia de Catarata.

Ainda assim, ocasionalmente, chegam ao consultório, pacientes com 80 anos ou mais, para os quais, a visão encontra-se prejudicada por cataratas densas, mas que recusam, às vezes radicalmente, a indicação da cirurgia. Diversos motivos concorrem para tanto, desde o receio exagerado de submeter-se ao procedimento (assunto já abordado em outro post), eventual dependência de terceiros com os cuidados pós-operatórios (como na aplicação de colírios), ou a crença de que sendo octagenário “já não paga a pena” (sic) – como afirmou um paciente de 82 anos, em meu consultório, em 06/10/20 (sim, foi esta a motivação para redigir este post…). Vamos nos ater, brevemente, ao último argumento.

É verdade que a Cirurgia de Catarata em pacientes acima dos 80 anos apresenta particularidades, tanto de ordem geral (próprias da senilidade), quanto de ordem ocular (cataratas mais duras, as quais podem demandar maior manipulação cirúrgica em olhos potencialmente mais frágeis). Ambos os aspectos são levados em consideração pela equipe médica: o Anestesiologista, a partir da avaliação pré-anestésica obtém o panorama da saúde do paciente, adequando o procedimento anestésico; já o Oftalmologista, a partir dos exames oculares pré-operatórios, consegue antecipar o planejamento cirúrgico, de forma a minimizar os riscos.

Ao paciente, a Cirurgia de Catarata, tem muito a acrescentar em termos de qualidade de vida:

  • Facilita o auto-cuidado, bem como, o acesso a atividades qua vão da leitura ao artesanato, ou ainda, às práticas esportivas e de lazer;
  • Reduz o risco de quedas, importante causa de morbi-mortalidade entre idosos.

Uma série de outras vantagens do dia a dia poderiam ser listadas neste post. No entanto, a mais importante já foi mostrada na foto que encabeça o texto. Acredito que “pague, SIM, a pena” enxergar o melhor possível até o último dia de vida.

Até o próximo post, nosso centésimo…

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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