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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 2)

Em posts anteriores, afirmamos que catarata é o nome dado ao cristalino (uma das lentes de nossos olhos) cuja transparência esteja comprometida. Apesar de a causa mais comum de catarata ser o envelhecimento, o diabetes pode ocasionar catarata, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, tanto o planejamento, quanto a execução da cirurgia de catarata apresentam particularidades que devem ser consideradas pelo cirurgião no caso do paciente diabético.

Opacidades características da catarata do paciente diabético.

A eventual ocorrência de catarata é um dos aspectos pesquisados durante a consulta oftálmica entre pacientes diabéticos. O Oftalmologista tem condições de orientar quanto ao tratamento mais indicado a cada paciente: conservador para casos considerados iniciais; ou cirúrgicos, caso o comprometimento visual seja significativo, ou ainda, quando dificultar o acompanhamento clínico da retinopatia diabética, assunto da próxima semana.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Cirurgia de Catarata “a LASER”

Anúncios sobre o uso de LASER na cirurgia de catarata, com expressões do tipo: “melhores resultados” ou “maior segurança no procedimento” não são raros, assim como não são poucos os pacientes que perguntam sobre o tema no consultório.

O uso do LASER em certas áreas da Oftalmologia, como Cirurgia Refrativa ou Retina, trouxeram avanços inquestionáveis, estabelecendo padrões de tratamento. Para que possíveis vantagens do LASER, especificamente para a cirurgia de catarata, possam ser analisadas é importante que se saiba que não houve substituição do procedimento convencional, a chamada facoemulsificação, por um “novo” procedimento a LASER. Ocorre que algumas etapas da facoemulsificação, podem também ser realizadas a LASER.

Há, no meio científico, poucos estudos comparando o método tradicional, ao do LASER, ora sugerindo vantagens com o uso do LASER, ora que os métodos são equivalentes Em janeiro, o Journal of Cataract and Refractive Surgery, prestigiado veículo de comunicação científica, trouxe um dos mais bem estruturados estudos disponíveis, segundo o qual não foram encontradas vantagens, em termos de resultados visuais, ou maior segurança associada à cirurgia utilizando-se LASER.

Na Medicina, novas tecnologias surgem a todo tempo. Aquelas que se mostrarem realmente vantajosas, certamente, seguirão evoluindo continuamente. Há chances de que o LASER na cirurgia de catarata seja um desses casos. No entanto, o bom senso exige que as expressões citadas no primeiro parágrafo não sejam utilizadas, pois não encontram, até o momento, embasamento científico. Seria como acreditar numa primeira impressão, sem verificar a realidade dos fatos, para dizer o mínimo.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas demandas do paciente cirúrgico

Em nosso primeiro post, reafirmamos nosso compromisso com a personalização do tratamento, entendendo que cada paciente é único. Imaginemos 3 perfis de pacientes: um engenheiro civil de 43 anos, míope, que tem por hobby participar de corridas de rua; um advogado de 61 anos, astigmata, que adora viajar de moto e uma aposentada de 68 anos, hipermétrope, fã de trabalhos manuais, que mais recentemente, começou a usar chamadas de vídeo para contactar familiares e amigos. Na consulta, todos os três pedem basicamente a mesma coisa: opção cirúrgica para enxergarem bem, tanto para longe, quanto para perto, sem óculos…

É fundamental reconhecer  as particularidades de cada paciente, tanto no que se refere às condições orgânicas dos olhos, quanto na expectativa de cada um. Não é difícil imaginar que a solução às demandas de cada um destes pacientes passa por abordagens diferentes, as quais devem ser muito bem conhecidas pelo Oftalmologista: o engenheiro, pode ser beneficiado pela Cirurgia Refrativa a LASER na córnea, enquanto para o advogado e  para a aposentada, a substituição do cristalino senil por lentes intraoculares pode ser a melhor opção, isto porque, a diversidade de desenhos dessas lentes (esférica, asférica, tórica, bifocal, trifocal, de foco extendido ou a combinação destes modelos) permite atender à demanda de cada um.

A personalização do tratamento, no entanto, não está restrita a pacientes cirúrgicos, mas isto é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na evolução da Cirurgia da Catarata

Causou surpresa a alguns leitores, o fato de Monet ter sido submetido à Cirurgia de Catarata quase 100 anos atrás (post de 17/01/19)… ainda mais surpreendentes, foram os bons resultados do procedimento, como fica evidente pela riqueza de cores e detalhes das obras feitas após a recuperação da cirurgia.

Acredita-se que já no antigo Egito, cerca de 3000 anos antes de Cristo, houvesse tentativas de se tratar cirurgicamente a catarata. O primeiro registro histórico confiável sobre a ciurgia da catarata consta do Código de Hamurabi, um conjunto de leis babilônicas, datado de 2250 antes de Cristo. O modo pelo qual se operava a catarata, passou por grande refinamento, em 1747, quando Jacques Daviel, na França, propôs um método menos invasivo de tratamento. Mais de 200 anos depois, o inglês Howard Ridley, conseguiu outro avanço: implantar uma lente artificial em substituição ao cristalino operado; isto marcou o fim da necessidade dos incômodos óculos “fundo-de-garrafa”, a que os pacientes se viam obrigados usar no pós-operatório. Há pouco mais de 50 anos, a introdução da chamada facoemulsificação por Charles Kelman, nos Estados Unidos, permitiu que a cirurgia fosse realizada por incisões cada vez menores, reduzindo o tempo de recuperação. Paralelamente, houve enorme avanço no desenvolvimento de antibióticos e anti-inflamatórios, para prevenção de infecções e controle eficiente da dor.

Atualmente, a facoemulsificação com implante de lentes dobráveis e anestesia por meio de colírios é considerado o procedimento-padrão para a cirurgia da catarata. Muitas inovações devem ser assimiladas à cirurgia da catarata nos próximos anos. Por conta de tudo isto, não há dúvidas: poucas áreas da Medicina avançam tanto quanto a Cirurgia de Catarata.

O Oftalmologista pode orientar sobre o tipo mais apropriado de lente a ser indicado a cada paciente, mas este é assunto para outro post.

Obrigado pela atenção e até logo!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Claude-Monet

Foco no papel da Oftalmologia nas Artes (Claude Monet)

“As cores não têm a mesma intensidade para mim… o vermelho se confunde com o marrom… minhas pinturas têm se tornado cada vez mais escuras…”

Claude Monet.

 

Desde 1912, Monet já tinha o diagnóstico de catarata em ambos os olhos, mas pelo que significava a cirurgia àquela época, ele optou por não operar a princípio. Com o avançar da catarata, as obras produzidas pelo artista davam sinais evidentes de interferência, a ponto de Monet ter cogitado abandonar a pintura em 1919. Monet fora submetido à cirurgia em 1923, sendo que, rapidamente, notou que as cores amarela e azul “tornaram-se mais vívidas”, como ele mesmo afirmou após o procedimento. Há quem diga que muitas obras pintadas entre 1919 e 1923 foram retocadas, ou mesmo, destruídas pelo artista.

A figura mostra, no ítem A, a obra “Waterlilies” de 1915 (ainda com catarata); no ítem B, como ela deve ter parecido aos olhos de Monet; o ítem C mostra “Morning With Weeping Willows ” concluída em 1926 (após a cirurgia), nesta obra, são evidentes tanto a riqueza de detalhes, quanto a diversidade de cores.

A moderna cirurgia de catarata pode oferecer visão nítida, com riqueza de detalhes e cores, informe-se com o especialista.

Até nosso próximo post!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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