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Foco no Uso (Correto) de Lubrificantes Oculares (“Lágrimas Artificiais”)

Lubrificantes oculares, ou “Lágrimas Artificiais” como são mais conhecidos, são medicamentos amplamente utilizados em Oftalmologia: do tratamento da Síndrome do Olho Seco, ao Pós-operatório de Cirurgia Refrativa. No entanto, esse uso nem sempre ocorre da maneira correta…

O uso incorreto, começa muitas vezes por alguma “confusão” com outras categorias de medicamentos, tais como:

  • Vasoconstrictores: esses colírios têm por finalidade amenizar a “vermelhidão” presente em irritações da superfície ocular. Os efeitos, quando presentes, costumam ter curta duração e demandar múltiplas aplicações.
  • Corticóides: o uso inadvertido desses colírios pode ser ainda mais perigoso, pois eventualmente resultam em catarata, glaucoma ou, mesmo, agravamento de algumas infecções, particularmente, a Ceratite Epitelial Herpética.

Mesmo quando o medicamento for, de fato, um lubrificante, uma série de fatores deve ser levada em consideração por ocasião da escolha:

  • Composição: Determina a apresentação (sob a forma de gel, ou colírio); a quantidade de aplicações diárias; a possibilidade de ser utilizado sobre lentes de contato; o risco potencial de reações alérgicas, bem como o tempo de descarte após a abertura do frasco… (sim, a data de validade expressa na embalagem faz referência ao produto lacrado, sendo poucos os que podem ser utilizados mais de 2 meses após o início do uso…).
  • Preço: Há lubrificantes que custam por volta de R$ 15,00, enquanto outros superam os R$ 100,00.

Apesar de não demandarem prescrição médica para serem adquiridos, o Oftalmologista pode orientar a seleção do lubrificante mais apropriado às necessidades de cada paciente.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Ceratite Herpética

Recentemente, atendi a um paciente que, por conta própria, fez uso de “um colírio simples… para irritação…” como ele mesmo disse, no olho esquerdo durante 5 dias. Ao longo deste tempo, o problema agravou-se com dor, sensibilidade exagerada à luz, além de piora da visão. Só então, ele procurou por avaliação médica.

Vez ou outra, inflamações da córnea, as ceratites, são confundidas com conjuntivites pelos pacientes. O problema torna-se mais sério, caso a ceratite seja causada pelo vírus do Herpes simples (acotemendo particularmente a camada mais superficial da córnea) e o colírio utilizado seja um corticóide. Em tal situação, a gravidade da ceratite costuma ser maior, com prejuízos à transparência corneana e possíveis sequelas à visão. Vale ressaltar que os vírus do Herpes simples são parasitas extremamente comuns a seres humanos, sendo menos frequentes apenas que vírus do trato respiratório.

Para o paciente em questão, a suspensão imediata do uso do colírio, associada à introdução da medicação apropriada fez com que, ao final de uma semana, as lesões superficiais da córnea já estivessem cicatrizadas. Felizmente, o comprometimento da transparência corneana foi mínimo, distante da região central da córnea, não deixando sequelas visuais permanentes.

Ceratite causada pelo vírus Herpes simples.

Este caso evidencia o quão arriscado pode ser o uso não criterioso de colírios, tema já abordado anteriormente. Também chama a atenção para a necessidade do diagnóstico preciso, o qual, em termos oculares, na maioria das vezes, só pode ser alcançado pelo Oftalmologista. Assim, seja para sua avaliação de rotina, ou em algum problema ocular inesperado, conte sempre com os cuidados de seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Uso Criterioso de Colírios

 

Quando pergunto aos pacientes sobre uso de medicamentos, raramente alguém menciona colírios. Se perguntados especificamente sobre uso de colírios, muitos os utilizam, mas não sabem especificar os quais, fazem uso sem prescrição ou, mesmo, utilizam colírios de outras pessoas.

Colírios, tecnicamente, são medicamentos que devem ser aplicados nos olhos. A finalidade e, consequentemente, o modo de utilização são extremamente variados: de colírios de uso contínuo, como os utilizados no tratamento do glaucoma, a colírios de uso por tempo limitado, como combinações de antibióticos com corticóides. Como ocorre para qualquer medicamento, para os colírios há o efeito esperado e efeitos indesejáveis, os chamados efeitos colaterais, que podem comprometer seriamente a visão.

O Oftalmologista é o médico mais indicado para a prescrição e acompanhamento do uso de colírios, recomendando a forma adequada de utililização dos mesmos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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