HSK-Keratitis-3

Foco na Ceratite Herpética

Recentemente, atendi a um paciente que, por conta própria, fez uso de “um colírio simples… para irritação…” como ele mesmo disse, no olho esquerdo durante 5 dias. Ao longo deste tempo, o problema agravou-se com dor, sensibilidade exagerada à luz, além de piora da visão. Só então, ele procurou por avaliação médica.

Vez ou outra, inflamações da córnea, as ceratites, são confundidas com conjuntivites pelos pacientes. O problema torna-se mais sério, caso a ceratite seja causada pelo vírus do Herpes simples (acotemendo particularmente a camada mais superficial da córnea) e o colírio utilizado seja um corticóide. Em tal situação, a gravidade da ceratite costuma ser maior, com prejuízos à transparência corneana e possíveis sequelas à visão. Vale ressaltar que os vírus do Herpes simples são parasitas extremamente comuns a seres humanos, sendo menos frequentes apenas que vírus do trato respiratório.

Para o paciente em questão, a suspensão imediata do uso do colírio, associada à introdução da medicação apropriada fez com que, ao final de uma semana, as lesões superficiais da córnea já estivessem cicatrizadas. Felizmente, o comprometimento da transparência corneana foi mínimo, distante da região central da córnea, não deixando sequelas visuais permanentes.

Ceratite causada pelo vírus Herpes simples.

Este caso evidencia o quão arriscado pode ser o uso não criterioso de colírios, tema já abordado anteriormente. Também chama a atenção para a necessidade do diagnóstico preciso, o qual, em termos oculares, na maioria das vezes, só pode ser alcançado pelo Oftalmologista. Assim, seja para sua avaliação de rotina, ou em algum problema ocular inesperado, conte sempre com os cuidados de seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Corneal-grafting-3

Foco no Transplante de Córnea

A córnea é a principal lente de nossos olhos. O transplante de córnea costuma ser apontado como aquele com maiores taxas de sucesso, dentre todos os transplantes realizados pela Medicina. Em parte, este sucesso é devido à ocorrência relativamente baixa de rejeições, bem como, à possibilidade de diagnosticar e prontamente tratar esta intercorrência, caso ocorra. A reabilitação funcional, melhorando a visão entre transplantados, é outro fator que justifica tal sucesso.

Apesar de que a quantidade de transplantes tem crescido, a recusa de doações, por parte de familiares, continua sendo um dos principais entraves ao aumento ainda mais expressivo do número de transplantes (como conclui a Tese de Doutorado de Hirlana G. Almeida, pela FM-USP, São Paulo, intitulada “Transplante de córnea no Brasil: progresso e dificuldades em 16 anos” publicada no ano passado).

Caso você tenha interesse em tornar-se doador, informe-se com seu Oftalmologista de confiança e manifeste essa intenção a seus familiares. Sua escolha pode fazer grande diferença, para melhor, na vida de alguém.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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