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Foco na Metamorfopsia

A imagem acima até pode ser interessante enquanto obra de arte… Intencionalmente ou não, oferece alguma noção – com certo exagero, é verdade – de como enxergam, pessoas com queixas de metamorfopsia.

Metamorfopsia é a distorção visual causada por alterações numa região específica e extremamente importante da retina, a Mácula. Diversas doenças retinianas podem, em algum estágio, cursar com acometimento macular: Degeneração Macular Relacionada à Idade, Edema Macular Cistóide, Coriorretinopatia Serosa Central ou Membranas Epirretinianas são alguns exemplos.

Um teste clínico que pode indicar a ocorrência de metamorfopsia é a Tela de Amsler. Uma pessoa com visão normal enxerga linhas retas que se cruzam em ângulos de 90 graus. Na metamorfopsia, o paciente relata distorção dessas linhas.

O exame Oftálmico de rotina é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento dessas e de muitas outras doenças oculares. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nas Lentes com “Proteção” p/ Luz Azul

Ocasionalmente, pacientes questionam se deveriam priorizar lentes com filtro para luz azul (geralmente mais caras), em detrimento das lentes convencionais.

Fabricantes têm divulgado vantagens como menor desconforto ao uso de computadores, tablets ou celulares; proteção à retina, diminuindo os riscos de degeneração macular relacionada à idade; propondo, inclusive, melhora no padrão do sono entre usuários de lentes com filtro p/ luz azul. Entretanto, tais afirmações, até o momento, carecem de comprovação científica. Isto é o que se sabe de fato:

. Para que se utilizem confortavelmente equipamentos eletrônicos, a postura deve ser adequada, posicionando-se as telas cerca de 1 braço de distância, inferiormente aos olhos, a lubrificação e alinhamento oculares devem ser normais, a eventual ocorrência de “grau” deve ser compensada pelo uso de óculos ou lentes de contato, ou corrigidas cirurgicamente. Iluminação ambiente adequada e pausas regulares também são comumente indicadas.

. A luz que comprovadamente traz malefícios aos olhos são os raios ultravioleta (não a luz azul). Mesmo assim, até o momento, não fora demonstrada ocorrência significativa desses raios na luz emitida pelas telas de eletrônicos de uso cotidiano.

. A qualidade do sono é influenciada por uma infinidade de fatores, sendo que a exposição à luz azul, ainda que seja um deles, não parece constar entre os mais importantes.

Com base nestas informações, conclui-se que não há vantagens consistentes que justifiquem a preferência pelas lentes com “proteção” à luz azul. Certamente, esta recomendação pode mudar, caso surjam robustas evidências em contrário.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na DMRI

Para que haja visão nítida é necessário que quantidade apropriada de luz entre nos olhos, sendo focalizada sobre a retina e, ainda, que esta seja saudável. Entre as doenças podem acometer a retina, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), é uma das mais comuns após os 60 anos.

A DMRI, na formas leve ou moderada, pode ser completamente assintomática, ou ser notada pelo paciente como distorção ou embaçamento sutis. Muitas vezes, é detectada ao exame de fundo de olho, pela presença de lesões típicas chamadas “drusas”. Para casos mais avançados, a visão central, justamente aquela responsável pela percepção de detalhes, pode estar seriamente comprometida. Os dois olhos costumam ser afetados pela DMRI, sendo que, em um dos olhos, a visão pode estar menos comprometida que no outro. Há casos em que pacientes com DMRI podem manter-se como formas leves por toda a vida. Há também situações de progressão para formas mais graves da doença. Como comentado no post anterior, a DMRI é mais comum entre fumantes.

Simulação de visão de paciente com DMRI grave.

O tratamento não consegue reverter eventuais danos à visão já estabelecidos, mas evitar o agravamento da doença. Uma vez diagnosticada, a forma leve da DMRI, reavaliações anuais são recomendadas a esses pacientes. Há evidências de que a prática regular de atividade física, bem como, o consumo de vegetais e carne de peixe conferem alguma proteção a esses pacientes. Para formas intermediárias, suplementação dietética de vitaminas C e E, zinco, cobre, luteína e zeaxantina costuma ser recomendada. Para formas mais avançadas, medicações de uso intraocular e aplicações de LASER sobre a retina compõe a base do tratamento.

O Oftalmologista está apto a diagnosticar, classificar a gravidade e propor o melhor tratamento a cada paciente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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