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Foco no “Teste do Olhinho”

Sabe aquela foto na qual você saiu com os olhos vermelhos? É exatamente este o efeito esperado no “Teste do Olhinho”, ou seja: confirmar a ocorrência do reflexo vermelho nos dois olhos.

O teste é rápido, não demanda o uso de colírios e deve ser realizado por Pediatra no berçário, ou na primeira consulta do bebê. Caso o reflexo esteja ausente em algum dos olhos, a criança deve ser encaminhada para avaliação com o Oftalmologista.

Reflexo vermelho presente no olho direito, mas ausente no esquerdo.

Além de evidenciar que o trajeto a ser percorrido pela luz dentro dos olhos está livre (condição indispensável ao desenvolvimento da visão dos bebês), o “Teste do Olhinho” pode salvar vidas, ao diagnosticar precocemente o retinoblastoma, tumor ocular maligno mais comum na infância.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Atualização Médica por Teleconferência

No último post, Foco na Indicação da Cirurgia de Catarata: Escolhendo seu Cirurgião, foi citada a necessidade de atualização constante por parte do Oftalmologista, enfatizando-se a participação regular em atividades científicas.

Tradicionalmente, tais atividades são classificadas como Congressos, Jornadas, Simpósios, Cursos, etc… De algum tempo para cá, palestras ou aulas por teleconferência, também chamadas de Webmeetings, Lives, ou Webinars (como ficaram mais conhecidas), somaram-se a essas modalidades. A popularidade dos Webinars ganhou grande impulso com o isolamento social associado ao enfrentamento à COVID-19, uma vez que muitas das atividades tradicionais foram adiadas ou, mesmo, canceladas.

Entre as vantagens dos Webinars está o fato de possibilitarem a interação em tempo real entre especialistas, de diferentes localidades, a um custo muito menor que o das modalidades presenciais. Isto pode facilitar – e muito! – na disseminação de conhecimento técnico-científico, o qual é sempre bem-vindo à boa prática Médica.

Longe de defender que os Webinars devam substituir as formas presenciais de atualização médica, sou entusiasta de que a teleconferência firme-se como um elemento a mais no rol de opções. Situações nas quais haja transferência de habilidades cirúrgicas seguirão necessitando de um bom instrutor lado a lado com quem aprende, para ficarmos num exemplo de interação humana imprescindível.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Retinopatia Cloroquínica

A diferença entre o remédio e o veneno é a dose…

Paracelso – Médico/ século XVI.

O combate à pandemia de COVID-19 tem imposto uma série de desafios à comunidade médica em todo o mundo. Um dos maiores é o de encontrarem-se medicamentos que auxiliem no combate à doença. Neste contexto, o uso de anti-maláricos, em especial a hidroxiclorquina, vem sendo estudado quanto aos benefícios e riscos potenciais.

Para qualquer medicamento, esperam-se efeitos desejados, os quais justificam a utilização, mas também os feitos colaterais que podem trazer malefícios aos pacientes. Tanto os efeitos desejados, quanto os colaterais, podem sofrer influência de dosagem, duração de utilização, via de aplicação entre outros fatores.

Para a hidroxicloroquina, é bem conhecido, entre os efeitos colaterais, um padrão de alterações retinianas que, apesar de ocorrer numa minoria de usuários, pode comprometer a visão de modo importante e definitivo. A foto que ilustra este post, mostra o chamado “Sinal do Disco Voador” sugestivo de retinopatia cloroquínica à tomografia coerência óptica.

Se a hidroxicloroquina vai se firmar, ou não, como parte do arsenal terapêutico contra a COVID-19 os estudos científicos vão dizer. O que não é bem-vinda, em qualquer contexto, mas particularmente numa pandemia como a que vivenciamos, é a politização do tema, uma vez que a Ciência deve ser apolítica.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na “Síndrome da Visão ao Computador”

Telas de dispositivos eletrônicos, de diversos tipos e tamanhos, vem sendo incorporadas ao nosso cotidiano já faz algum tempo. Mesmo entre pessoas que habitualmente não apresentam queixas visuais, a exposição prolongada a essas telas costuma estar relacionada a uma série de sintomas: desconforto visual, ardência ocular e lacrimejamento, olhos vermelhos, dores de cabeça, entre outras queixas… Coletivamente, a esses sintomas, tem-se denominado “Síndrome da Visão ao Computador” (tradução aproximada do inglês “Computer Eye Strain Syndrome“).

Para casos assim, o primeiro passo a ser tomado é a realização de exame Oftálmico completo, no qual são avaliadas condições orgânicas dos olhos, como eventuais erros de refração (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), desalinhamento ocular, olho seco, presbiopia entre outras possíveis causas.

Excluída a ocorrência das causas citadas, ou tratadas, caso estejam presentes, situações aparentemente corriqueiras devem ser consideradas, como:

– Iluminação ambiente e das próprias telas, as quais não devem ser exageradas, nem escassas, mas ajustadas de maneira personalizada a cada pessoa; da mesma forma, tamanho e contraste das imagens, letras particularmente, também devem ser ajustados de modo personalizado;

– Postura e distanciamento das telas, como regra geral, as telas de desktops ou notebooks costumam ser colocadas cerca de meio metro de distância dos usuários, idealmente, um pouco a baixo dos olhos; celulares ou tablets deveriam ser posicionados a 30 centímetros dos olhos;

– A concentração com que costumamos realizar trabalhos de frente a essas tela faz com que pisquemos num frequencia menor que a ideal, facilitando o ressecamento dos olhos (levando a ardência, vermelhidão e embaçamento), isto é particularmente importante, se o ambiente contar com ar condicionado, o qual pode ressecá-lo, favorecendo ainda mais o aparecimento desses sintomas;

– Uso de óculos com lentes especiais (tratamento anti-reflexo ou com filtro para luz azul) podem trazer benefícios a alguns pacientes.

O tratamento da Síndrome da Visão ao Computador exige que a abordagem seja específica para cada paciente, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Suabize-a-Curva-FOCCO

Foco no Novo Coronavírus (COVID-19) – Parte 3

O combate à pandemia de COVID-19, o qual deve durar alguns meses, depende do envolvimento de todos. Na FOCCO, estamos com atendimentos suspensos desde o último dia 20. Retornaremos às atividades em 06 de abril. No entanto, algumas medidas visando oferecer a maior segurança aos pacientes e à equipe serão tomadas:

  • Redução do número de atendimentos por dia;
  • Restrição do número de acompananhantes a, no máximo, 1 por paciente;
  • Redistribuição da mobília na sala de espera, no pré-atendimento com a secretária e no consultório, aumentando o espaço entre as pessoas;
  • Oferecimento de álcool gel em todas as nossas dependências;
  • Nossa pontualidade no atendimento, característica da qual não abrimos mão, contribui para que não haja aglomerações na sala de espera; neste mesmo sentido, solicitamos aos nossos pacientes que cheguem cerca de 5 minutos antes do horário agendado, desde que não estejam com sintomas de resfriado/gripe, que os coloquem como casos supeitos para COVID-19.

Cientes da importância do momento, seguimos confiantes que esta pandemia esteja melhor controlada no menor prazo possível.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Novo Coronavírus (COVID-19) – Parte 2

A rapidez com que o Novo Coronavírus (COVID-19) tem se alastrado por todo o mundo tem feito com que autoridades de saúde e a comunidade científica, num esforço legítimo para conter a pandemia, façam recomendações de cunho teórico, uma vez que não houve tempo para que evidências científicas mais consistentes pudessem ser estabelecidas.

Neste sentido, a Academia Americana de Oftalmologia propôs, entre outras medidas, a suspensão do uso de lentes de contato, tanto quanto possível (como pode ser visto no link: https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/coronavirus-covid19-eye-infection-pinkeye). Isto porque, ao menos teoricamente, os vírus poderiam encontrar, na superfície dos olhos, uma via de entrada, infectando o usuário das lentes, os quais precisam tocar os olhos para colocação e retirada das lentes. Nesta mesma recomendação, afirmam ser muito mais provável o contágio por boca ou nariz e reforçam a necessidade de medidas básicas de higiene e isolamento social.

Na situação de pandemia em que vivemos, como forma de minimizar o contato social, consultas Oftalmológicas de rotina, ou procedimentos eletivos como Cirurgia Refrativa ou de Catarata devem ser adiados para quando a situação estiver sob controle. A partir de então, procure por seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Coronavirus-3

Foco no Novo Coronavírus (COVID-19)

Desde o começo do ano, o surto de infecção pelo Novo Coronavírus (COVID-19) vem ganhando espaço na mídia, por vezes, de forma alarmista e pouco informativa. Por isto, por mais que o assunto não seja diretamente relacionado à Oftalmologia, achei que seria oportuno abordá-lo brevemente.

Vírus desta mesma família são comumente associados ao resfriado comum, apenas excepcionalmente causando quadros mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (surtos entre 2002 e 2004) e, atualmente, casos de pneumonia. Em ambas as ocasiões, os primeiros casos foram notificados na China.

Os sintomas mais comuns são febre, tosse e, eventualmente, dificuldade para respirar. A cada vez que uma pessoa contaminada tosse ou espirra, milhares de vírus são disseminados no entorno. Instrumentos ou objetos manipulados pela pessoa também podem ser contaminados, podendo resultar no contágio de outras pessoas. Neste ponto, talvez resida o maior problema: a disseminação dos vírus pode começar entre 5 e 14 dias antes do aparecimento dos sintomas.

Como não existe vacina, a prevenção ao contágio depende de medidas semelhantes àquelas adotadas contra quaisquer viroses das vias respiratórias:

– Higienização das mãos com água e sabão, podendo ser utilizado, também, o álcool gel;

– Cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

A recomendação do uso de máscaras, até o momento, está restrita a pacientes ou aos profissionais de saúde que prestam atendimento a essas pessoas.

Em meio à preocupação com o surto do Novo Coronavírus (COVID-19), pouco tem sido divulgado que outras viroses respiratórias, algumas que até contam com proteção vacinal, como a infecção pelo vírus influenza, trazem riscos maiores de letalidade.

Para informações mais detalhadas, informe-se com seu Médico de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nos “Exercícios Para Os Olhos”

Não faz muito tempo, orientei a um paciente que procurasse fazer exercícios ortópticos, os quais poderiam ajudar no tratamento de uma insuficiência de convergência. O paciente, então, me perguntou se seriam esses os exercícios que “tratam grau e glaucoma”, dos quais ele já havia lido alguma coisa na internet. Resumidamente, a explicação que dei a este paciente foi a seguinte:

– Exercícios ortópticos são uma modalidade de tratamento da movimentação ocular. Em outras palavras, é uma “fisioterapia” que ajuda no tratamento de determinados problemas relacionados ao posicionamento dos olhos, como a insuficiência de convergência. É uma terapia com embasamento científico reconhecido, que pode ser conduzida de forma multidisciplinar, a partir da atuação de profissional específico, o Ortoptista, juntamente com o Oftalmologista.

– Os exercícios a que se referiu o paciente, foram propostos cerca de 100 anos atrás por um Oftalmologista americano chamado William H. Bates, daí terem ficado conhecidos como “Método Bates“. Tais exercícios buscam tratar problemas tão diversos quanto glaucoma e erros de refração, como miopia, hipermetropia, astigmatismo, bem como a presbiopia. Dado o embasamento científico frágil, este método não encontra respaldo entre Oftalmologistas, não havendo, portanto, prescrição médica para tais exercícios.

Sem qualquer intenção de insultar seguidores ou divulgadores do método Bates ou afins, este post tem finalidade estritamente informativa, destacando algumas das principais diferenças entre propostas que podem ser agrupadas sob o mesmo rótulo de “Exercícios para os Olhos”.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Proteção Ocular aos Raios Ultravioleta do Sol

A luz ultravioleta tem sua importância para nossa saúde, como estimular a produção de vitamina D, só tornando-se prejudicial quando excessiva. Abundante em países tropicais como o Brasil, pode alcançar níveis elevados de irradiação em todas as épocas do ano, mesmo, em dias nublados.

Muito se tem divulgado sobre a necessidade de proteção da pele em relação aos raios ultravioleta do sol. Recomendações tais como: evitar exposição em horários de maior irradiação solar (das 10 às 16 horas), aplicação de filtro solar, uso de chapéus ou bonés, ou ainda, uso de roupas que cubram pernas e braços são bem conhecidas.

O que não tem recebido a mesma atenção, é a necessidade de proteger também os olhos. Quando perguntados sobre como proteger adequadamente os olhos, muitos pacientes, intuitivamente, respondem: “uso de óculos de sol”. Apesar de correta, esta resposta merece algumas considerações:

– deve-se dar preferência a modelos que evitem a passagem de luz pelas laterais, de modo que o máximo possível de luz que chega aos olhos tenha sido filtrado pelas lentes. Pois, além da luz proveniente diretamente do sol, aquela refletida pelo ambiente também é importante. A água, como na praia ou em piscinas, pode refletir virtualmente 100% da luz ultravioleta, já o concreto das cidades, até 25%.

– mesmo lentes transparentes, como dos óculos “de grau”, podem oferecer bons níveis de proteção. Alguns lentes de contato também podem contar com esta característica, reforçando a proteção oferecida pelos óculos de sol.

Informe-se com seu Dermatologista sobre o filtro solar mais adequado ao seu caso. Para maiores detalhes sobre ao proteção aos seus olhos, procure por seu Oftalmologista de confiança.


Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Social-Inclusion

Foco na Acessibilidade

Já faz algum tempo que os termos ACESSIBILIDADE e INCLUSÃO vêm ganhando a devida importância no cotidiano: da simples reserva de vagas de estacionamento; ou no atendimento preferencial a determinados públicos, como idosos ou gestantes; bem como, quaisquer medidas que valorizem a equidade de oportunidades.

Neste sentido, eu gostaria de relatar duas experiências pessoais relacionadas a acessibilidade e inclusão, particularmente mediadas pela tecnologia:

– Ocasionalmente, atendo a imigrantes haitianos na UFU, os quais, costumam ter pouca fluência em português; confesso, da minha parte, não saber nada de francês. Como não existe consulta sem uma boa conversa, emprego, sem hesitar, o Google Tradutor (sem qualquer merchandising). Essas consultas costumam ser um pouco mais demoradas, às vezes, cômicas, dada surpresa estampada na feição dos pacientes, ainda assim, são resolutivas.

– Outra situação, um tanto mais elaborada, foi a mediação de toda a avaliação oftálmica de rotina de uma paciente com deficiência auditiva, por meio de aplicativo de celular, desenvolvido para facilitar a comunicação com não-surdos que não dominem a linguagem de sinais. Neste caso, a consulta seguiu essencialmente o mesmo padrão de realização utilizado rotineiramente para qualquer outro paciente. Quem se mostrou inegavelmente surpreso, num primeiro momento, fui eu. A paciente em questão, acredito, aprovou meu atendimento, uma vez que retornou para nova avaliação no último mês de novembro, concordando prontamente que eu relatasse minha impressão no FOCCO-Blog.

Para as duas situações, a tecnologia foi a ferramenta que possibilitou a melhor interação paciente-médico possível; no mais, prevaleceu a indispensável interação humana. Consulte regularmente seu Oftalmologista de confiança, seja da maneira tradicional, ou por meio da tecnologia.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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