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Foco na “Síndrome da Visão ao Computador”

Telas de dispositivos eletrônicos, de diversos tipos e tamanhos, vem sendo incorporadas ao nosso cotidiano já faz algum tempo. Mesmo entre pessoas que habitualmente não apresentam queixas visuais, a exposição prolongada a essas telas costuma estar relacionada a uma série de sintomas: desconforto visual, ardência ocular e lacrimejamento, olhos vermelhos, dores de cabeça, entre outras queixas… Coletivamente, a esses sintomas, tem-se denominado “Síndrome da Visão ao Computador” (tradução aproximada do inglês “Computer Eye Strain Syndrome“).

Para casos assim, o primeiro passo a ser tomado é a realização de exame Oftálmico completo, no qual são avaliadas condições orgânicas dos olhos, como eventuais erros de refração (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), desalinhamento ocular, olho seco, presbiopia entre outras possíveis causas.

Excluída a ocorrência das causas citadas, ou tratadas, caso estejam presentes, situações aparentemente corriqueiras devem ser consideradas, como:

– Iluminação ambiente e das próprias telas, as quais não devem ser exageradas, nem escassas, mas ajustadas de maneira personalizada a cada pessoa; da mesma forma, tamanho e contraste das imagens, letras particularmente, também devem ser ajustados de modo personalizado;

– Postura e distanciamento das telas, como regra geral, as telas de desktops ou notebooks costumam ser colocadas cerca de meio metro de distância dos usuários, idealmente, um pouco a baixo dos olhos; celulares ou tablets deveriam ser posicionados a 30 centímetros dos olhos;

– A concentração com que costumamos realizar trabalhos de frente a essas tela faz com que pisquemos num frequencia menor que a ideal, facilitando o ressecamento dos olhos (levando a ardência, vermelhidão e embaçamento), isto é particularmente importante, se o ambiente contar com ar condicionado, o qual pode ressecá-lo, favorecendo ainda mais o aparecimento desses sintomas;

– Uso de óculos com lentes especiais (tratamento anti-reflexo ou com filtro para luz azul) podem trazer benefícios a alguns pacientes.

O tratamento da Síndrome da Visão ao Computador exige que a abordagem seja específica para cada paciente, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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