OBI-2

Foco no Exame de Fundo de Olho

Sabe aquele brilho vermelho, geralmente indesejado, que preenche as pupilas, vez ou outra em fotos? Ele é causado pelo reflexo de estruturas que existem no “fundo de olho”, como retina, cabeça do nervo óptico e, em menor escala, coróide. A inspeção de tais estruturas é o “exame de fundo de olho”.

A forma mais simples e tradicional, mas também a mais limitada, de examinar o de fundo de olho é a observação a partir do Oftalmoscópio Direto. Eventualmente, Pediatras, Clínicos Gerais e Neurologistas também fazem uso deste instrumento.

Oftalmoscópio Direto.

Visualização, bem mais rica em detalhes, pode ser alcançada por meio da Oftalmoscopia Binocular Indireta e da Biomicroscopia de Fundo. Estas modalidades são complementares uma à outra, sendo realizadas exclusivamente por Oftalmologistas.

Formas de visualização do “Fundo de Olho”: A) Oftalmoscopia Binocular Indireta; B) Biomicroscopia de Fundo.

Muitas doenças oculares podem ser diagnosticadas, ou terem a evolução clínica supervisionada a partir do exame de fundo de olho, por exemplo: Degeneração Macular Relacionada à Idade, Descolamento de Retina ou Glaucoma, entre outras. O mesmo ocorre para manifestações oculares de doenças como Diabetes Mellitus ou Hipertensão Arterial.

A partir dos achados clínicos do exame de fundo de olho, exames específicos a cada caso podem ser solicitados. Mas este é assunto p/ um próximo post.

Exemplo de visualização à Biomicroscopia de Fundo.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Prematuridade

Foco na Retinopatia da Prematuridade

O dia 17 de novembro é lembrado como Dia Mundial da Prematuridade. Em nosso país, nascem a cada ano quase 350.000 bebês prematuros, ou seja, que não completaram 38 semanas de desenvolvimento no ventre materno. Com o aprimoramento nos cuidados médicos aos prematuros, bebês cada vez menores têm sido salvos. Tais bebês, mesmo após a alta hospitalar, podem seguir necessitando de cuidados específicos. Em termos oculares, é indispensável o diagnóstico – e eventual tratamento – da Retinopatia da Prematuridade.

Em bebês prematuros, um componente ocular extremamente importante, a retina, pode não ter completado o desenvolvimento esperado. Principalmente entre prematuros com 31 semanas, ou cujo peso ao nascimento situe-se por volta de 1.250 gramas. Destes bebês, cerca de 90% desenvolverão formas leves da doença, para as quais o impacto sobre a visão será mínimo ou nenhum. No entanto, para os 10% restantes, tratamentos com LASER e/ou uso intraocular de anti-angiogênicos podem se fazer necessários para que se minimize o comprometimento da visão. O diagnóstico é feito a partir da visualização da retina, o que permite determinar a ocorrência e gravidade da doença. Esta avaliação não deve ser confundida com o Teste do Olhinho, de execução e finalidade distintas.

Para saber mais, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Illustration of hemorrhage in retina - Diabetic Retinopathy

Foco na Retinopatia Hipertensiva

Acontece com alguma frequência no consultório: na avaliação de rotina, quando perguntados sobre a ocorrência de diabetes ou hipertensão arterial, doenças importantes tanto pela alta prevalência, quanto por afetarem praticamente todo o organismo, os pacientes desconhecem se as apresentam; ou ainda, acreditam tê-las sob controle, apesar de não seguirem todas as recomendações médicas.

Na etapa do exame em que a retina é inspecionada, podem ser encontrados sinais sugestivos de alterações causadas por essas doenças, as retinopatias. A retinopatia diabética já foi discutida em post anterior. As alterações visuais da retinopatia hipertensiva, quando presentes, podem ser semelhantes àquelas causadas pelo diabetes.

No meu entendimento, mais importante que apresentar detalhes técnicos de como o Oftalmologista é capaz de diagnosticar e avaliar a gravidade da retinopatia hipertensiva, é deixar a seguinte mensagem: na hipertensão arterial, o nível de comprometimento retiniano, costuma ser encontrado de modo semelhante em outros órgãos como coração, aumentando os riscos de infarto; sistema nervoso central, aumentando os riscos de acidentes vasculares cerebrais; ou nos rins, predispondo a comprometimento da função renal. Daí a consulta com o Oftalmologista ser muito mais que simplesmente uma avaliação para prescrição de óculos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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retinopatiacular

Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 3)

A retina é a estrutura ocular responsável pela conversão da luz em estímulo visual. Entre pacientes diabéticos, os vasos sanguíneos retinianos podem sofrer alterações estruturais, as quais comprometem o próprio funcionamento retiniano, originando a retinopatia diabética.

Em estágios iniciais, a retinopatia pode ser assintomática, ou cursar com embaçamento e distorção sutis da visão. Em estágios mais avançados, perda variável e, por vezes, permanentes da visão podem ocorrer. Controle glicêmico ruim, tempo de evolução do diabetes, coexistência de hipertensão arterial e o hábito de fumar são fatores agravantes. Eventualmente, também a gestação pode agravar a retinopatia diabética.

Simulação da visão de paciente portador de retinopatia diabética.

O tratamento depende do melhor controle possível do diabetes, bem como, afastarem-se os fatores de risco. Em casos selecionados, ciurgia vitreorretiniana, aplicações de LASER na retina, ou uso de injeções intravítreas de antiangiogênicos também podem estar indicados.

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre pacientes diabéticos, com impacto social importante entre adultos em fase produtiva. O paciente diabético deve, portanto, redobrar os cuidados com a própria visão, fazendo avaliações regulares com o Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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