Não faz muito tempo, orientei a um paciente que procurasse fazer exercícios ortópticos, os quais poderiam ajudar no tratamento de uma insuficiência de convergência. O paciente, então, me perguntou se seriam esses os exercícios que “tratam grau e glaucoma”, dos quais ele já havia lido alguma coisa na internet. Resumidamente, a explicação que dei a este paciente foi a seguinte:
– Exercícios ortópticos são uma modalidade de tratamento da movimentação ocular. Em outras palavras, é uma “fisioterapia” que ajuda no tratamento de determinados problemas relacionados ao posicionamento dos olhos, como a insuficiência de convergência. É uma terapia com embasamento científico reconhecido, que pode ser conduzida de forma multidisciplinar, a partir da atuação de profissional específico, o Ortoptista, juntamente com o Oftalmologista.
– Os exercícios a que se referiu o paciente, foram propostos cerca de 100 anos atrás por um Oftalmologista americano chamado William H. Bates, daí terem ficado conhecidos como “Método Bates“. Tais exercícios buscam tratar problemas tão diversos quanto glaucoma e erros de refração, como miopia, hipermetropia, astigmatismo, bem como a presbiopia. Dado o embasamento científico frágil, este método não encontra respaldo entre Oftalmologistas, não havendo, portanto, prescrição médica para tais exercícios.
Sem qualquer intenção de insultar seguidores ou divulgadores do método Bates ou afins, este post tem finalidade estritamente informativa, destacando algumas das principais diferenças entre propostas que podem ser agrupadas sob o mesmo rótulo de “Exercícios para os Olhos”.
Até o próximo post.