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Foco nas (Polêmicas) Lentes para Daltonismo

Em post anterior, já comentamos sobre as deficiências na percepção de cores, as chamadas discromatopsias, ou mais comumente: “daltonismo”. Essas doenças ocorrem por funcionamento anormal de certos componentes da retina, os cones. A maioria dos pacientes apresenta formas leves as quais, muitas vezes, passam despercebidas por toda a vida. No entanto, há formas formas mais evidentes, com limitações importantes na distinção entre as cores.

Eventualmente, são oferecidos no mercado, óculos ou lentes de contato elaborados especificamente para tratamento do daltonismo. A indicação e o funcionamento de tais recursos é controversa: em tese, esses óculos ou lentes de contato apresentam filtros específicos para determinadas cores, o que pode melhorar a percepção de contraste por pacientes com formas leves de daltonismo, melhorando, desta forma, a qualidade da visão.

Percepção de contraste: note a imagem mais vívida e com melhor delineamento na metada esquerda da figura.

Pacientes com formas mais evidentes de daltonismo não costumam notar melhora significativa. Outro aspecto que merece atenção é que qualquer melhora que esse recurso eventualmente propicie, só ocorre por ocasião do uso das lentes ou óculos, ou seja: não há qualquer tratamento da causa do problema nos cones da retina; em outras palavras, não ocorre “cura” da deficiência de percecpção de cores pelo uso de lentes ou óculos para daltonismo.

O Oftalmologista pode auxiliar na decisão sobre o uso, ou não, deste recurso, individualizando o tratamento.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no Uso Criterioso de Colírios

 

Quando pergunto aos pacientes sobre uso de medicamentos, raramente alguém menciona colírios. Se perguntados especificamente sobre uso de colírios, muitos os utilizam, mas não sabem especificar os quais, fazem uso sem prescrição ou, mesmo, utilizam colírios de outras pessoas.

Colírios, tecnicamente, são medicamentos que devem ser aplicados nos olhos. A finalidade e, consequentemente, o modo de utilização são extremamente variados: de colírios de uso contínuo, como os utilizados no tratamento do glaucoma, a colírios de uso por tempo limitado, como combinações de antibióticos com corticóides. Como ocorre para qualquer medicamento, para os colírios há o efeito esperado e efeitos indesejáveis, os chamados efeitos colaterais, que podem comprometer seriamente a visão.

O Oftalmologista é o médico mais indicado para a prescrição e acompanhamento do uso de colírios, recomendando a forma adequada de utililização dos mesmos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 3)

A retina é a estrutura ocular responsável pela conversão da luz em estímulo visual. Entre pacientes diabéticos, os vasos sanguíneos retinianos podem sofrer alterações estruturais, as quais comprometem o próprio funcionamento retiniano, originando a retinopatia diabética.

Em estágios iniciais, a retinopatia pode ser assintomática, ou cursar com embaçamento e distorção sutis da visão. Em estágios mais avançados, perda variável e, por vezes, permanentes da visão podem ocorrer. Controle glicêmico ruim, tempo de evolução do diabetes, coexistência de hipertensão arterial e o hábito de fumar são fatores agravantes. Eventualmente, também a gestação pode agravar a retinopatia diabética.

Simulação da visão de paciente portador de retinopatia diabética.

O tratamento depende do melhor controle possível do diabetes, bem como, afastarem-se os fatores de risco. Em casos selecionados, ciurgia vitreorretiniana, aplicações de LASER na retina, ou uso de injeções intravítreas de antiangiogênicos também podem estar indicados.

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre pacientes diabéticos, com impacto social importante entre adultos em fase produtiva. O paciente diabético deve, portanto, redobrar os cuidados com a própria visão, fazendo avaliações regulares com o Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 2)

Em posts anteriores, afirmamos que catarata é o nome dado ao cristalino (uma das lentes de nossos olhos) cuja transparência esteja comprometida. Apesar de a causa mais comum de catarata ser o envelhecimento, o diabetes pode ocasionar catarata, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, tanto o planejamento, quanto a execução da cirurgia de catarata apresentam particularidades que devem ser consideradas pelo cirurgião no caso do paciente diabético.

Opacidades características da catarata do paciente diabético.

A eventual ocorrência de catarata é um dos aspectos pesquisados durante a consulta oftálmica entre pacientes diabéticos. O Oftalmologista tem condições de orientar quanto ao tratamento mais indicado a cada paciente: conservador para casos considerados iniciais; ou cirúrgicos, caso o comprometimento visual seja significativo, ou ainda, quando dificultar o acompanhamento clínico da retinopatia diabética, assunto da próxima semana.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Síndrome do Olho Seco

Ardência, vermelhidão, sensação de “cisco” nos olhos, ou ainda, desconforto à exposição à luz são queixas comuns a quem sofre da síndrome do olho seco. Apesar do que o nome pode sugerir, os olhos dessas pessoas não são exatamente “secos”, tanto que lacrimejamento reflexo costuma ocorrer em casos mais graves; o que acontece, de fato, é a lubrificação inadequada dos olhos, causada por desequilíbrio na composição da lágrima.

Apesar de que a síndrome do olho seco pode acometer pessoas saudáveis, é mais comum entre mulheres, principalmente acima de 50 anos; usuários de medicações como anti-hipertensivos, antidepressivos ou contraceptivos orais, bem como, pessoas que fazem uso de computadores por longos períodos, ou expostas a poluentes ambientais, como fumaça do cigarro, também apresentam risco aumentado para o desenvolvimento desta síndrome.

Uso de lubrificantes oculares.

O tratamento consiste, tanto quanto possível, no afastamento dos fatores de risco, bem como, da prescrição de lubrificantes oculares, as “lágrimas artificiais”. Existem diversos lubrificantes, com diferentes composições e regimes de utilização, o Oftalmologista pode prescrever o tipo mais adequado conforme a necessidade de cada paciente.

 

 

 

 

 

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no Combate ao Glaucoma

Hoje é o Dia Internacional de Combate ao Glaucoma. Durante muito tempo, acreditou-se que glaucoma fosse o mesmo que “pressão alta dos olhos”. O que se sabe, hoje, é que o glaucoma é uma doença do nervo óptico, com diversos fatores envolvidos, entre os quais a pressão do olho, sendo que quanto maior o nível da pressão, maiores a chances de desenvolvimento da doença.

Na forma mais comum, o chamado glaucoma primário de ângulo aberto, a doença, a princípio, é assintomática, havendo perda progressiva e indolor da periferia da visão. Há formas presentes desde o nascimento, outras que se desenvolvem em decorrência do uso de corticóides, ou de algumas doenças oculares. Nas formas avançadas do glaucoma, em que a qualidade da visão fica irreversivelmente comprometida, para esses casos, diz-se que o paciente apresenta “visão tubular”.

Simulação de visão tubular (note que não há embaçamento, mas comprometimento da periferia da visão).

O glaucoma pode coexistir com outros problemas oculares como catarata ou retinopatia diabética, devendo ser levado em consideração por ocasião do tratamento dessas condições.

O uso de colírios para redução da pressão dos olhos constitui a base do tratamento. Opções cirúrgicas costumam estar reservadas aos casos que não respondam bem ao tratamento medicamentoso.

A avaliação quanto à eventual ocorrência de glaucoma faz parte de consulta oftálmica de rotina. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Consulta de Rotina – Dilatação

Referentes à dilatação pupilar, essas perguntas são recorrentes no consultório: “a dilatação da pupila é realmente necessária???…” ou “na minha idade, já não se usa o colírio, certo???…”

Pupila dilatada por meio de colírios.

A dilatação pupilar pode ser uma finalidade ou uma consequência:

  1. É finalidade, caso a intenção seja avaliar o fundo do olho, como na suspeita de doenças da retina. Nestes casos, utilizam-se colírios ditos midriáticos.
  2. É consequência, sempre que a intenção for refracional, ou seja, determinar o “grau” dos olhos da maneira mais exata possível. O tipo de problema, se miopia, hipermetropia ou astigmatismo, bem como, a idade do paciente determinam se algum colírio, dito cicloplegiante, vai ser empregado. Como regra geral, pacientes abaixo dos 40 anos, particularmente os míopes, costumam demandar o uso deste tipo de colírio. Há casos em que o exame refracional deve ser conduzido tanto sem a dilatação, como com a dilatação para comparação dos resultados.

É comum o uso combinado de colírios midriáticos e cicloplegiantes para um mesmo paciente. Disto, resulta um exame mais confiável, indispensável na avaliação pré-operatória de Cirurgia Refrativa ou Catarata, por exemplo.

Há, ainda, outros colírios de uso rotineiro no consultório do Oftalmologista, como o anestésico ou corantes como a fluoresceína, mas este já é assunto para um outro post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas demandas do paciente cirúrgico

Em nosso primeiro post, reafirmamos nosso compromisso com a personalização do tratamento, entendendo que cada paciente é único. Imaginemos 3 perfis de pacientes: um engenheiro civil de 43 anos, míope, que tem por hobby participar de corridas de rua; um advogado de 61 anos, astigmata, que adora viajar de moto e uma aposentada de 68 anos, hipermétrope, fã de trabalhos manuais, que mais recentemente, começou a usar chamadas de vídeo para contactar familiares e amigos. Na consulta, todos os três pedem basicamente a mesma coisa: opção cirúrgica para enxergarem bem, tanto para longe, quanto para perto, sem óculos…

É fundamental reconhecer  as particularidades de cada paciente, tanto no que se refere às condições orgânicas dos olhos, quanto na expectativa de cada um. Não é difícil imaginar que a solução às demandas de cada um destes pacientes passa por abordagens diferentes, as quais devem ser muito bem conhecidas pelo Oftalmologista: o engenheiro, pode ser beneficiado pela Cirurgia Refrativa a LASER na córnea, enquanto para o advogado e  para a aposentada, a substituição do cristalino senil por lentes intraoculares pode ser a melhor opção, isto porque, a diversidade de desenhos dessas lentes (esférica, asférica, tórica, bifocal, trifocal, de foco extendido ou a combinação destes modelos) permite atender à demanda de cada um.

A personalização do tratamento, no entanto, não está restrita a pacientes cirúrgicos, mas isto é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Resolução: Olho Humano X Máquina Fotográfica

“Se o olho fosse uma máquina fotográfica, quantos pixels teria?” Não faz muito tempo, uma paciente adolescente me perguntou isto durante a consulta. Minha reposta: “Não faço ideia… mas vou procurar saber…”

Pixel, ou mais apropriadamente, megapixel, é um parâmetro para quantificar a resolução de imagens digitalizadas: quanto mais megapixels, melhor a qualidade da imagem.

Da esquerda para a direita, a quantidade de megapixels da figura aumenta e, consequentemente, a qualidade da imagem.

Na literatura científica, não encontrei qualquer menção ao assunto, o que não chegou a surpreender…

Ao vasculhar sites especializados em fotografia, as estimativas variaram de 42 a 576 megapixels!!!.. (mais à frente, justificarei o porquê de me referir a esses números como estimativas). Supondo que o menor valor encontrado, 42 megapixels, de fato represente a resolução do olho humano saudável, ela já seria bem maior qua da maioria das câmeras comercialmente disponíveis, que raramente ultrapassam os 20 megapixels.

Este é o porquê de eu ter feito ressalvas às estimativas acima: os métodos de captação e processamento das imagens se dão por meios completamente diferentes no olho humano e nas câmeras digitais, sendo quase impossível uma comparação direta. Assim qualquer análise séria depende de uma série de pressupostos, muitos dos quais podem não estar completamente corretos; isto justifica tamanha diferença nos números encontrados.

Por mais modernas que sejam, as câmeras digitais ainda não contam muitos recursos comuns aos olhos humanos… portanto, valorize seus olhos, seu Oftalmologista pode ajudar a cuidar deles.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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MFP

Foco no uso de óculos multifocais

Em posts anteriores, comentei que “vista cansada”, ou presbiopia, é a dificuldade de focalização para perto (como à leitura), que costuma ser percebida por volta do 40 anos de idade, mesmo entre pessoas que nunca tiveram dificuldades com a visão para “longe” (como ao dirigir).

O uso de óculos multifocais está entre as alternativas mais empregadas para tratar a presbiopia, principalmente, quando o paciente já tem alguma dificuldade para longe. No entanto, apesar de todo avanço ocorrido com os multifocais, persiste algum desconforto, geralmente temporário, por parte dos usuários, principalmente entre aqueles que nunca utilizaram óculos até tornarem-se présbitas.

As lentes multifocais progressivas têm este nome por apresentarem, na mesma lente, focos para a visão para longe, para perto, e progressivamente, para múltiplas distâncias intermediárias entre a de longe e a de perto. A diferença de qualidade – e consequentemente, de custo – entre os diferentes modelos de multifocais reside na suavidade com que as lentes realizam a transição entre os focos para longe, distâncias intermediárias e para perto e, também, do quanto de distorção que as laterais das lentes causam à imagem, sendo que lentes que distorcem menos, são, obviamente melhores.

Esquema mostrando os focos de uma lente multifocal progressiva.

Para que haja adaptação correta ao uso dos multifocais, é indispensável o exame oftalmológico de rotina e a confecção criteriosa dos óculos conforme a prescrição do Oftalmologista. Algum treinamento para que o paciente possa se habituar com os diferentes focos também é desejável.

Há pacientes présbitas com demandas específicas, como visão prioritária para perto, ou para meia distância, por exemplo, em que outros tipos de óculos, que não os multifocais, possam estar bem indicados, mas este já é assunto para posts futuros.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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