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Foco na DMRI

Para que haja visão nítida é necessário que quantidade apropriada de luz entre nos olhos, sendo focalizada sobre a retina e, ainda, que esta seja saudável. Entre as doenças podem acometer a retina, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), é uma das mais comuns após os 60 anos.

A DMRI, na formas leve ou moderada, pode ser completamente assintomática, ou ser notada pelo paciente como distorção ou embaçamento sutis. Muitas vezes, é detectada ao exame de fundo de olho, pela presença de lesões típicas chamadas “drusas”. Para casos mais avançados, a visão central, justamente aquela responsável pela percepção de detalhes, pode estar seriamente comprometida. Os dois olhos costumam ser afetados pela DMRI, sendo que, em um dos olhos, a visão pode estar menos comprometida que no outro. Há casos em que pacientes com DMRI podem manter-se como formas leves por toda a vida. Há também situações de progressão para formas mais graves da doença. Como comentado no post anterior, a DMRI é mais comum entre fumantes.

Simulação de visão de paciente com DMRI grave.

O tratamento não consegue reverter eventuais danos à visão já estabelecidos, mas evitar o agravamento da doença. Uma vez diagnosticada, a forma leve da DMRI, reavaliações anuais são recomendadas a esses pacientes. Há evidências de que a prática regular de atividade física, bem como, o consumo de vegetais e carne de peixe conferem alguma proteção a esses pacientes. Para formas intermediárias, suplementação dietética de vitaminas C e E, zinco, cobre, luteína e zeaxantina costuma ser recomendada. Para formas mais avançadas, medicações de uso intraocular e aplicações de LASER sobre a retina compõe a base do tratamento.

O Oftalmologista está apto a diagnosticar, classificar a gravidade e propor o melhor tratamento a cada paciente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos Efeitos Oculares do Tabaco

Que o uso do tabaco é prejudicial à saúde, isto é do conhecimento de todos. Também é de conhecimento geral, que os aparelhos cardiovascular e respiratório costumam ser os mais frequentemente acometidos. O que muita gente não sabe, é que também os olhos sofrem consequências do uso do tabaco, sejam diretas, como na síndrome do olho seco, ou indiretas, como na degeneração macular relacionada à idade. Mesmo no desenvolvimento da catarata, do glaucoma e da retinopatia diabética, há evidências de participação de substâncias encontradas na fumaça do tabaco, de modo que tais doenças são mais comuns entre fumantes (estas doenças foram, ou serão ainda, tema de outros posts).

Cigarro eletrônico: nova apresentação de um velho conhecido.

 

 

A indústria do tabaco tem promovido intenso marketing em torno do chamado “cigarro eletrônico”, como opção menos lesiva à saúde. No entanto, os danos, sejam eles, de fato, menores ou não, continuam existindo.

 

 

 

 

Caso você seja fumante, informe-se com seu Oftalmologista de confiança, ele(a) pode oferecer mais uma série de boas razões para incentivar você a abandonar o uso do tabaco.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no Pterígio

Pterígio é aquela “carninha” que cresce sobre a parte colorida dos olhos. Apesar de ser um crescimento benigno, muitas vezes, traz desconforto ao paciente: seja pelo comprometimento estético, pela sensação de “cisco no olho”, ou por induzir distorções sobre a córnea, resultando em embaçamento, o qual nem sempre é amenizado pelo uso de óculos ou lentes de contato.

Predisposição genética associada à exposição à luz solar e ao ressecamento da superfície dos olhos são fatores implicados no aparecimento e crescimento do pterígio.

O tratamento baseia-se no uso de óculos com proteção à luz ultravioleta, bem como, na promoção da lubrificação adequada dos olhos. Para casos em que a estética do olho esteja consideravelmente prejudicada, ou nos quais ocorra embaçamento importante, a cirurgia para retirada do petrígio pode estar indicada. Uma vez realizada a cirurgia, há risco de retorno do pterígio, o que ocorre em, pelo menos, 5% dos casos. O Oftalmologista pode indicar o tratamento mais apropriado a cada paciente.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas (Polêmicas) Lentes para Daltonismo

Em post anterior, já comentamos sobre as deficiências na percepção de cores, as chamadas discromatopsias, ou mais comumente: “daltonismo”. Essas doenças ocorrem por funcionamento anormal de certos componentes da retina, os cones. A maioria dos pacientes apresenta formas leves as quais, muitas vezes, passam despercebidas por toda a vida. No entanto, há formas formas mais evidentes, com limitações importantes na distinção entre as cores.

Eventualmente, são oferecidos no mercado, óculos ou lentes de contato elaborados especificamente para tratamento do daltonismo. A indicação e o funcionamento de tais recursos é controversa: em tese, esses óculos ou lentes de contato apresentam filtros específicos para determinadas cores, o que pode melhorar a percepção de contraste por pacientes com formas leves de daltonismo, melhorando, desta forma, a qualidade da visão.

Percepção de contraste: note a imagem mais vívida e com melhor delineamento na metada esquerda da figura.

Pacientes com formas mais evidentes de daltonismo não costumam notar melhora significativa. Outro aspecto que merece atenção é que qualquer melhora que esse recurso eventualmente propicie, só ocorre por ocasião do uso das lentes ou óculos, ou seja: não há qualquer tratamento da causa do problema nos cones da retina; em outras palavras, não ocorre “cura” da deficiência de percecpção de cores pelo uso de lentes ou óculos para daltonismo.

O Oftalmologista pode auxiliar na decisão sobre o uso, ou não, deste recurso, individualizando o tratamento.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no Uso Criterioso de Colírios

 

Quando pergunto aos pacientes sobre uso de medicamentos, raramente alguém menciona colírios. Se perguntados especificamente sobre uso de colírios, muitos os utilizam, mas não sabem especificar os quais, fazem uso sem prescrição ou, mesmo, utilizam colírios de outras pessoas.

Colírios, tecnicamente, são medicamentos que devem ser aplicados nos olhos. A finalidade e, consequentemente, o modo de utilização são extremamente variados: de colírios de uso contínuo, como os utilizados no tratamento do glaucoma, a colírios de uso por tempo limitado, como combinações de antibióticos com corticóides. Como ocorre para qualquer medicamento, para os colírios há o efeito esperado e efeitos indesejáveis, os chamados efeitos colaterais, que podem comprometer seriamente a visão.

O Oftalmologista é o médico mais indicado para a prescrição e acompanhamento do uso de colírios, recomendando a forma adequada de utililização dos mesmos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Alta Miopia

Há uma enorme diferença entre dizer que um paciente possui “miopia importante” e dizer que o paciente é “alto míope”. Vamos a um exemplo: dois pacientes podem apresentar, suponhamos, 7 dioptrias (“graus”) de miopia; no entanto, um deles alcança 100% de visão, desde que esteja em uso das lentes corretivas ou tenha passado por cirurgia refrativa, enquanto o outro não consegue a mesma qualidade de visão e ainda apresenta risco aumentado de desenvolver catarata mais precocemente, tem o diagnóstico e acompanhamento de um eventual glaucoma muito mais difíceis e corre risco de desenvolver cegueira em decorrência de um descolamento de retina.

Mas o que torna esses dois pacientes hipotéticos tão diferentes um do doutro, já que apresentam a “mesma” miopia? O que ocorre é que no primeiro paciente citado, há apenas uma falha de focalização da imagem, ou seja, a própria miopia. Já no outro, há diversas alterações estruturais do olho, entre as quais a falha de focalização é apenas uma consequência dessas alterações.

Somente o Oftalmologista tem condições de diagnosticar se um paciente é alto míope e propor o melhor tratamento, caso a caso.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Anisometropia

Imaginemos a seguinte situação: em um dos olhos, certo paciente apresenta cerca de 1 dioptria (ou “grau”) de miopia, sendo que no outro olho, apresenta mais de 7 dioptrias. Diferenças consideradas exageradas entre um olho e outro, como deste exemplo, são chamadas de anisometropia.

Comprometimento da estética do rosto, pelo uso de óculos com uma lente bem mais grossa que a outra é só o primeiro dos problemas para pacientes anisométropes. Não raramente, o uso de óculos oferece visão extremamente desconfortável a esses pacientes. Além disso, estrabismo (desalinhamento entre os olhos) e deficits visuais costumam ocorrer no olho de maior grau, principalmente, se a anisometropia estiver presente desde o nascimento entre hipermétropes.

O uso de lentes de contato, ou a realização de cirurgia refrativa para casos selecionados podem minimizar os efeitos da anisometropia. O Oftalmologista pode indicar a alternativa mais apropriada a cada paciente.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Lentes de Alta Tecnologia para a Cirurgia da Catarata

Já se foi o tempo em que a cirurgia de catarata consistia, tão somente, na substituição do cristalino opaco por lente artificial. O que se objetivava, à época, era essencialmente o restabelecimento da transparência no trajeto da luz dentro do olho. Os objetivos atuais são bem mais ousados: melhorar a qualidade da visão e, ao mesmo tempo, minimizar a dependência do uso de óculos no pós-operatório. Para tanto, tecnologias cada vez mais avançadas vem sendo utilizadas, tanto no planejamento pré-operatório, quanto na realização de cirurgias minimamente invasivas. Neste post, falarei especificamente das lentes intraoculares de alta tecnologia utilizadas nesses casos.

O primeiro refinamento tecnológico pelo qual as lentes intraoculares passaram, certamente, foi no material do qual são fabricadas: passando de rígidas, as quais exigiam grandes incisões e consequentemente suturas, a lentes maleáveis, as quais podem ser implantadas por pequenas aberturas, sem a necessidade rotineira de suturas ao final do procedimento.

Novo avanço ocorreu com aperfeiçoamento do desenho, originando as chamadas lentes asféricas, que melhoraram a focalização da imagem. Recentemente, a disponibilização de novos desenhos, como as lentes tóricas, ou as multifocais e as lentes de foco extendido, trouxeram ainda mais opções, permitindo, respectivamente, o tratamento do astigmatismo e da presbiopia.

Cada paciente, a depender de preferências pessoais e de características oculares, pode se beneficiar de alguma combinação desses modelos de lentes. O Oftalmologista com experiência em cirurgia de catarata tem condições de indicar a opção mais apropriada a cada caso.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 3)

A retina é a estrutura ocular responsável pela conversão da luz em estímulo visual. Entre pacientes diabéticos, os vasos sanguíneos retinianos podem sofrer alterações estruturais, as quais comprometem o próprio funcionamento retiniano, originando a retinopatia diabética.

Em estágios iniciais, a retinopatia pode ser assintomática, ou cursar com embaçamento e distorção sutis da visão. Em estágios mais avançados, perda variável e, por vezes, permanentes da visão podem ocorrer. Controle glicêmico ruim, tempo de evolução do diabetes, coexistência de hipertensão arterial e o hábito de fumar são fatores agravantes. Eventualmente, também a gestação pode agravar a retinopatia diabética.

Simulação da visão de paciente portador de retinopatia diabética.

O tratamento depende do melhor controle possível do diabetes, bem como, afastarem-se os fatores de risco. Em casos selecionados, ciurgia vitreorretiniana, aplicações de LASER na retina, ou uso de injeções intravítreas de antiangiogênicos também podem estar indicados.

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre pacientes diabéticos, com impacto social importante entre adultos em fase produtiva. O paciente diabético deve, portanto, redobrar os cuidados com a própria visão, fazendo avaliações regulares com o Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 2)

Em posts anteriores, afirmamos que catarata é o nome dado ao cristalino (uma das lentes de nossos olhos) cuja transparência esteja comprometida. Apesar de a causa mais comum de catarata ser o envelhecimento, o diabetes pode ocasionar catarata, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, tanto o planejamento, quanto a execução da cirurgia de catarata apresentam particularidades que devem ser consideradas pelo cirurgião no caso do paciente diabético.

Opacidades características da catarata do paciente diabético.

A eventual ocorrência de catarata é um dos aspectos pesquisados durante a consulta oftálmica entre pacientes diabéticos. O Oftalmologista tem condições de orientar quanto ao tratamento mais indicado a cada paciente: conservador para casos considerados iniciais; ou cirúrgicos, caso o comprometimento visual seja significativo, ou ainda, quando dificultar o acompanhamento clínico da retinopatia diabética, assunto da próxima semana.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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