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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 1)

O diabetes é doença extremamente comum, assim como são comuns as interferências sobre a visão consequentes a esta doença. Por conta disso, este post e os próximos 2 serão dedicados a este assunto.

Entre pacientes diabéticos, é comum a queixa de embaçamento, apesar da aderência ao tratamento para o controle da glicemia. O que esses pacientes não sabem é que tal embaçamento, além de temporário, é uma evidência, justamente, do sucesso no tratamento do diabetes. O que ocorre é que, na vigência do diabetes mal controlado, o cristalino (uma das lentes de nossos olhos), costuma “inchar”, consequentemente, mudando o “grau” do paciente; a partir do melhor controle do diabetes, o cristalino ainda necessitará de 2 a 3 meses para voltar ao formato habitual, período no qual o paciente costuma perceber algum embaçamento. Portanto, pacientes diabéticos deveriam, idealmente, ter o melhor controle possível da doença por 2 a 3 meses antes de procurarem o Oftalmologista para a prescrição de óculos.

O inverso também pode ocorrer: um paciente, a princípio satisfeito com a nova prescrição de óculos, retorna algumas semanas após o exame, queixando-se de embaçamento. Excluindo-se novas alterações, exceto pelo novo grau, deve-se suspeitar de diabetes sem diagnóstico prévio.

O exposto acima reforça o papel do Oftalmologista não somente no cuidado com a saúde ocular, mas com a saúde geral do paciente.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Drye-Eye

Foco na Síndrome do Olho Seco

Ardência, vermelhidão, sensação de “cisco” nos olhos, ou ainda, desconforto à exposição à luz são queixas comuns a quem sofre da síndrome do olho seco. Apesar do que o nome pode sugerir, os olhos dessas pessoas não são exatamente “secos”, tanto que lacrimejamento reflexo costuma ocorrer em casos mais graves; o que acontece, de fato, é a lubrificação inadequada dos olhos, causada por desequilíbrio na composição da lágrima.

Apesar de que a síndrome do olho seco pode acometer pessoas saudáveis, é mais comum entre mulheres, principalmente acima de 50 anos; usuários de medicações como anti-hipertensivos, antidepressivos ou contraceptivos orais, bem como, pessoas que fazem uso de computadores por longos períodos, ou expostas a poluentes ambientais, como fumaça do cigarro, também apresentam risco aumentado para o desenvolvimento desta síndrome.

Uso de lubrificantes oculares.

O tratamento consiste, tanto quanto possível, no afastamento dos fatores de risco, bem como, da prescrição de lubrificantes oculares, as “lágrimas artificiais”. Existem diversos lubrificantes, com diferentes composições e regimes de utilização, o Oftalmologista pode prescrever o tipo mais adequado conforme a necessidade de cada paciente.

 

 

 

 

 

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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COMBATE-AO-GLAUCOMA

Foco no Combate ao Glaucoma

Hoje é o Dia Internacional de Combate ao Glaucoma. Durante muito tempo, acreditou-se que glaucoma fosse o mesmo que “pressão alta dos olhos”. O que se sabe, hoje, é que o glaucoma é uma doença do nervo óptico, com diversos fatores envolvidos, entre os quais a pressão do olho, sendo que quanto maior o nível da pressão, maiores a chances de desenvolvimento da doença.

Na forma mais comum, o chamado glaucoma primário de ângulo aberto, a doença, a princípio, é assintomática, havendo perda progressiva e indolor da periferia da visão. Há formas presentes desde o nascimento, outras que se desenvolvem em decorrência do uso de corticóides, ou de algumas doenças oculares. Nas formas avançadas do glaucoma, em que a qualidade da visão fica irreversivelmente comprometida, para esses casos, diz-se que o paciente apresenta “visão tubular”.

Simulação de visão tubular (note que não há embaçamento, mas comprometimento da periferia da visão).

O glaucoma pode coexistir com outros problemas oculares como catarata ou retinopatia diabética, devendo ser levado em consideração por ocasião do tratamento dessas condições.

O uso de colírios para redução da pressão dos olhos constitui a base do tratamento. Opções cirúrgicas costumam estar reservadas aos casos que não respondam bem ao tratamento medicamentoso.

A avaliação quanto à eventual ocorrência de glaucoma faz parte de consulta oftálmica de rotina. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Ocorrência de Ceratocone entre Parentes

Frente a um paciente com ceratocone, sempre pergunto pela ocorrência de outros casos na família ou, ao menos, recomendo que se façam exames oculares preventivos dos adolescentes e adultos jovens da família, pois é neste grupo que um eventual diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.

Tal conduta se justifica, pois apesar de que a forma mais comum da doença ser a esporádica, ou seja, ocorrência de casos isolados de ceratocone, formas familiares correspondem a cerca de 30% dos casos, o que significa, há 30% de chance de encontrarmos alguém acometido pela doença entre parentes de primeiro grau de alguém com ceratocone. Há estudos que afirmam que a ocorrência seja virtualmente de 100% entre gêmeos idênticos.

Não somente o ceratocone, mas também casos de glaucoma, degenerações corneanas ou da retina ocorrem com maior frequencia entre parentes. Essa constatação reforça a importância dos exames preventivos, especialmente, na ocorrência dessas doenças entre membros da família. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Consulta de Rotina – Dilatação

Referentes à dilatação pupilar, essas perguntas são recorrentes no consultório: “a dilatação da pupila é realmente necessária???…” ou “na minha idade, já não se usa o colírio, certo???…”

Pupila dilatada por meio de colírios.

A dilatação pupilar pode ser uma finalidade ou uma consequência:

  1. É finalidade, caso a intenção seja avaliar o fundo do olho, como na suspeita de doenças da retina. Nestes casos, utilizam-se colírios ditos midriáticos.
  2. É consequência, sempre que a intenção for refracional, ou seja, determinar o “grau” dos olhos da maneira mais exata possível. O tipo de problema, se miopia, hipermetropia ou astigmatismo, bem como, a idade do paciente determinam se algum colírio, dito cicloplegiante, vai ser empregado. Como regra geral, pacientes abaixo dos 40 anos, particularmente os míopes, costumam demandar o uso deste tipo de colírio. Há casos em que o exame refracional deve ser conduzido tanto sem a dilatação, como com a dilatação para comparação dos resultados.

É comum o uso combinado de colírios midriáticos e cicloplegiantes para um mesmo paciente. Disto, resulta um exame mais confiável, indispensável na avaliação pré-operatória de Cirurgia Refrativa ou Catarata, por exemplo.

Há, ainda, outros colírios de uso rotineiro no consultório do Oftalmologista, como o anestésico ou corantes como a fluoresceína, mas este já é assunto para um outro post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Cirurgia de Catarata “a LASER”

Anúncios sobre o uso de LASER na cirurgia de catarata, com expressões do tipo: “melhores resultados” ou “maior segurança no procedimento” não são raros, assim como não são poucos os pacientes que perguntam sobre o tema no consultório.

O uso do LASER em certas áreas da Oftalmologia, como Cirurgia Refrativa ou Retina, trouxeram avanços inquestionáveis, estabelecendo padrões de tratamento. Para que possíveis vantagens do LASER, especificamente para a cirurgia de catarata, possam ser analisadas é importante que se saiba que não houve substituição do procedimento convencional, a chamada facoemulsificação, por um “novo” procedimento a LASER. Ocorre que algumas etapas da facoemulsificação, podem também ser realizadas a LASER.

Há, no meio científico, poucos estudos comparando o método tradicional, ao do LASER, ora sugerindo vantagens com o uso do LASER, ora que os métodos são equivalentes Em janeiro, o Journal of Cataract and Refractive Surgery, prestigiado veículo de comunicação científica, trouxe um dos mais bem estruturados estudos disponíveis, segundo o qual não foram encontradas vantagens, em termos de resultados visuais, ou maior segurança associada à cirurgia utilizando-se LASER.

Na Medicina, novas tecnologias surgem a todo tempo. Aquelas que se mostrarem realmente vantajosas, certamente, seguirão evoluindo continuamente. Há chances de que o LASER na cirurgia de catarata seja um desses casos. No entanto, o bom senso exige que as expressões citadas no primeiro parágrafo não sejam utilizadas, pois não encontram, até o momento, embasamento científico. Seria como acreditar numa primeira impressão, sem verificar a realidade dos fatos, para dizer o mínimo.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no uso das lentes de contato de descarte diário

Até algum tempo atrás, as lentes hidrofílicas, mais conhecidas como “gelatinosas”, eram frequentemente usadas por até um ano. Quando as lentes de troca programada se popularizaram, tempos depois, elas acabaram sendo chamadas de “lentes descartáveis”, apesar de que, na maioria das vezes, elas só eram descartadas a cada 30 ou 60 dias. As lentes de contato descartáveis, por excelência, são aquelas de descarte diário.

Lentes de contado de descarte diário (uso único).

Ainda pouco utilizadas no Brasil, em comparação ao que acontece nos Estados Unidos ou em boa parte da Europa, o uso dessas lentes têm vantagens em relação ao das lentes de troca programada: praticidade, pois não necessitam do uso de soluções específicas para limpeza e conservação; maior conforto, pois em geral, são mais finas; formalmente indicadas a pessoas que fazem uso apenas ocasional de lentes de contato. Como pontos negativos, ainda há poucas opções de marcas e modelos, sendo que o custo ainda pode ser proibitivo a alguns pacientes. 

       A adaptação de lentes de contato constitui ato médico, consulte seu Oftalmologista de confiança, ele pode ajudar na seleção do tipo de lente mais apropriado a você.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas demandas do paciente cirúrgico

Em nosso primeiro post, reafirmamos nosso compromisso com a personalização do tratamento, entendendo que cada paciente é único. Imaginemos 3 perfis de pacientes: um engenheiro civil de 43 anos, míope, que tem por hobby participar de corridas de rua; um advogado de 61 anos, astigmata, que adora viajar de moto e uma aposentada de 68 anos, hipermétrope, fã de trabalhos manuais, que mais recentemente, começou a usar chamadas de vídeo para contactar familiares e amigos. Na consulta, todos os três pedem basicamente a mesma coisa: opção cirúrgica para enxergarem bem, tanto para longe, quanto para perto, sem óculos…

É fundamental reconhecer  as particularidades de cada paciente, tanto no que se refere às condições orgânicas dos olhos, quanto na expectativa de cada um. Não é difícil imaginar que a solução às demandas de cada um destes pacientes passa por abordagens diferentes, as quais devem ser muito bem conhecidas pelo Oftalmologista: o engenheiro, pode ser beneficiado pela Cirurgia Refrativa a LASER na córnea, enquanto para o advogado e  para a aposentada, a substituição do cristalino senil por lentes intraoculares pode ser a melhor opção, isto porque, a diversidade de desenhos dessas lentes (esférica, asférica, tórica, bifocal, trifocal, de foco extendido ou a combinação destes modelos) permite atender à demanda de cada um.

A personalização do tratamento, no entanto, não está restrita a pacientes cirúrgicos, mas isto é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Eye-Cam

Foco na Resolução: Olho Humano X Máquina Fotográfica

“Se o olho fosse uma máquina fotográfica, quantos pixels teria?” Não faz muito tempo, uma paciente adolescente me perguntou isto durante a consulta. Minha reposta: “Não faço ideia… mas vou procurar saber…”

Pixel, ou mais apropriadamente, megapixel, é um parâmetro para quantificar a resolução de imagens digitalizadas: quanto mais megapixels, melhor a qualidade da imagem.

Da esquerda para a direita, a quantidade de megapixels da figura aumenta e, consequentemente, a qualidade da imagem.

Na literatura científica, não encontrei qualquer menção ao assunto, o que não chegou a surpreender…

Ao vasculhar sites especializados em fotografia, as estimativas variaram de 42 a 576 megapixels!!!.. (mais à frente, justificarei o porquê de me referir a esses números como estimativas). Supondo que o menor valor encontrado, 42 megapixels, de fato represente a resolução do olho humano saudável, ela já seria bem maior qua da maioria das câmeras comercialmente disponíveis, que raramente ultrapassam os 20 megapixels.

Este é o porquê de eu ter feito ressalvas às estimativas acima: os métodos de captação e processamento das imagens se dão por meios completamente diferentes no olho humano e nas câmeras digitais, sendo quase impossível uma comparação direta. Assim qualquer análise séria depende de uma série de pressupostos, muitos dos quais podem não estar completamente corretos; isto justifica tamanha diferença nos números encontrados.

Por mais modernas que sejam, as câmeras digitais ainda não contam muitos recursos comuns aos olhos humanos… portanto, valorize seus olhos, seu Oftalmologista pode ajudar a cuidar deles.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Wearing Contact Lenses

Foco nos cuidados com o estojo para lentes de contato

Muitos usuários de lentes de contato têm feito uso de boas soluções de limpeza e conservação das lentes, bem como, efetuado o descarte na época esperada. No entanto, ainda são poucos os que conhecem a necessidade de manutenção adequada também do estojo das lentes.

O estojo deve ser limpo, ao menos uma vez na semana. Para tanto, deve-se usar uma escova de dentes (obviamente, destinada exclusivamente para esta finalidade), mas nada de água e sabão.

NUNCA usar água corrente na limpeza de lentes de contato ou do estojo.

A justificativa desta proibição deve-se à ocorrência comum de um microorganismo na água, a Acanthamoeba sp, o qual poderia trazer sérias lesões de córnea, caso contaminasse as lentes ou o estojo.

Uso da mesma solução de limpeza e manutenção das lentes de contato também na higienização do estojo.

O recomendável é que se utilize a mesma solução de limpeza e conservação das lentes na limpeza do estojo. Há quem prefira, fazer um enxágue com soro fisiológico em seguida. O estojo deve, então ser seco com papel toalha e deixado ao sol por alguns instantes. Idealmente, o estojo, deveria, ainda, ser substituído a cada 6 meses.

Tais cuidados com o estojo, mais os cuidados com as lentes, são considerados trabalhosos por alguns usuários de lentes de contato. Por este motivo, muitos desses pacientes, apesar de bem adaptados ao uso de lentes de troca programada com descarte mensal, por exemplo, têm optado pelas lentes de descarte de diário, ou mesmo, pela cirurgia refrativa. Mas este já é assunto para uma outra ocasião.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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