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Foco no Ponto Cego

Na semana passada, publiquei em meu perfil no Instagram, uma imagem que evidencia o chamado “Ponto Cego”, que todos temos em nossa visão, apesar de não o notarmos habitualmente.

TODOS os pontos de cruzamento das retas com os círculos são brancos. No entanto, podemos perceber alguns escurecidos quando a imagem coincide com nosso Ponto Cego.


Nossa visão depende que raios de luz, vindos do ambiente, alcancem células sensíveis, os fotorreceptores, existentes no fundo do olho (mais especificamente, na retina). No entanto, uma pequena região do fundo de olho, o disco óptico, não apresenta tais fotorreceptores. Assim, toda luz que incida sobre o disco óptico não forma imagens.

O Disco Óptico é a estrutura amarelo-alaranjada evidenciada pela seta.

A existência do Ponto Cego é normal, não acarretando qualquer problema à visão. Assim como também é normal as imagens serem formadas de modo “invertido” no fundo de olho (trocando-se o lado direito com o esquerdo, bem como, a parte superior com a inferior), mas isto já é assunto para um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Exame de Fundo de Olho

Sabe aquele brilho vermelho, geralmente indesejado, que preenche as pupilas, vez ou outra em fotos? Ele é causado pelo reflexo de estruturas que existem no “fundo de olho”, como retina, cabeça do nervo óptico e, em menor escala, coróide. A inspeção de tais estruturas é o “exame de fundo de olho”.

A forma mais simples e tradicional, mas também a mais limitada, de examinar o de fundo de olho é a observação a partir do Oftalmoscópio Direto. Eventualmente, Pediatras, Clínicos Gerais e Neurologistas também fazem uso deste instrumento.

Oftalmoscópio Direto.

Visualização, bem mais rica em detalhes, pode ser alcançada por meio da Oftalmoscopia Binocular Indireta e da Biomicroscopia de Fundo. Estas modalidades são complementares uma à outra, sendo realizadas exclusivamente por Oftalmologistas.

Formas de visualização do “Fundo de Olho”: A) Oftalmoscopia Binocular Indireta; B) Biomicroscopia de Fundo.

Muitas doenças oculares podem ser diagnosticadas, ou terem a evolução clínica supervisionada a partir do exame de fundo de olho, por exemplo: Degeneração Macular Relacionada à Idade, Descolamento de Retina ou Glaucoma, entre outras. O mesmo ocorre para manifestações oculares de doenças como Diabetes Mellitus ou Hipertensão Arterial.

A partir dos achados clínicos do exame de fundo de olho, exames específicos a cada caso podem ser solicitados. Mas este é assunto p/ um próximo post.

Exemplo de visualização à Biomicroscopia de Fundo.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Afacia

Quem tiver 40 anos de idade (ou um pouco mais…), certamente, lembra do comediante Chico Anysio e dos diversos personagens criados por ele, um desses era o “Silva”. Um dos principais elementos da caracterização deste personagem era os uso de óculos muito “fortes”, ou “fundo-de-garrafa” como eram jocosamente chamados.

Frequentemente, óculos como os do “Silva” apresentavam hipermetropia maior que 20 “graus”.

Este personagem fora inspirado em pacientes operados de catarata, numa época em que era comum não se implantar a lente intraocular (ou seja, eram deixados “afácicos”). Isto porque o primeiro modelo de lente intraocular é de 1949, tendo sido necessários outros 20 anos, pelo menos, para que aprimoramentos nas lentes e na própria cirurgia fizessem do implante de lente, o padrão de excelência do procedimento.

Atualmente, os raros casos de afacia podem ser corrigidos cirurgicamente pelo chamado “Implante Secundário de Lente Intraocular”, mas este é assunto p/ um próximo post

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Telemedicina

Telemedicina é o exercício da Medicina, a partir de plataformas tecnológicas, à distância.

Atualmente, a Telemedicina possibilita interações entre:

  • Pacientes e Médicos em tempo real, por videoconferência, ou facilitando o envio de exames para análise por especialistas em serviços terciários;
  • Equipes Médicas, sendo uma fisicamente presente com a(o) paciente, enquanto outra, com qualificação específica, assessora a primeira remotamente.

Num futuro próximo, o monitoramento contínuo das condições de saúde, ou mesmo procedimentos intervencionistas, como a cirurgia robótica, poderão ser realizados rotineiramente via Telemedicina.

Como costuma ocorrer nas mudanças de paradigma, há entre pacientes e médicos, quem veja a Telemedicina com certa estranheza. Dado o caráter inovador desta modalidade, a prática da Telemedicina certamente passará por uma série de adequações e regulamentações… mas é fato: a Telemedicina não pretende substituir a atenção presencial, mas complementá-la e veio para ficar.

Este post oficializa o lançamento do Serviço de Telemedicina /FOCCO – Catarata e Cirurgia Refrativa, a partir do qual oferecemos a colegas Oftalmologistas, Mentoria Médica para casos complexos de Ceratocone, Cirurgia Refrativa e de Catarata. Nossos pacientes, passam a contar com Avaliações de Segunda Opinião para Ceratocone. Visitem a aba Telemedicina presenta em nossa Home para mais informações.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Dúvida do Paciente: “Já sou Operado p/ Catarata… Posso Trocar as Lentes Que Estão em Meus Olhos???…”

Ocorre, vez ou outra, no consultório: paciente, já operado de catarata, questiona se as lentes implantadas poderiam ser “trocadas” por lentes mais modernas. Tal questionamento é mais comum entre pacientes operados há 20 anos ou mais… Isto, pois o uso de lentes intraoculares capazes de torná-los menos dependentes de óculos, como as multifocais, asféricas ou tóricas, tiveram o uso difundido, justamente, ao longo das duas últimas décadas…

A resposta que costumo oferecer é a seguinte: “Sim, é possível… No entanto, esta opção deve ser analisada criteriosamente…”. O procedimento de explante e substituição de lente intraocular, aventado por esses pacientes, costuma ter porte e riscos maiores que o da própria cirurgia de catarata. Alternativamente, costumo oferecer à maioria dos casos, o chamado implante de lente suplementar. Trata-se da colocação de uma lente adicional desenvolvida para oferecer o diferencial que falta à lente previamente implantada, como multifocalidade, a partir de um procedimento mais simples e seguro.

Esquema mostrando lente intraocular suplementar posicionada à frente da lente intraocular previamente implantada.

A mensagem que deve ficar é a de que, idealmente, o paciente deve optar, desde o planejamento da cirurgia de catarata, por lentes que ofereçam a melhor qualidade visual possível. Mas que existem alternativas naqueles casos em que os pacientes desejem fazer um upgrade na qualidade visual. Informe-se sobre com seu Oftalmologista de confiança.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Visão (SEM ÓCULOS) Após os 60 anos

Como consequência natural do envelhecimento, mesmo pessoas que sempre tiveram boa visão para “longe”, como ao dirigir, apresentarão alguma dificuldade para enxergarem de “perto”, durante a leitura por exemplo, por volta dos 40 anos: a presbiopia. Já por volta dos 60 anos, é esperado que a maioria das pessoas desenvolva também alguma perda de transparência do cristalino, a catarata.

A partir do momento em que houver comprometimento da visão pela catarata, estará indicada a cirurgia. Esta tem evoluído a tal ponto que, bem mais que meramente restabelecer a transparência do trajeto por onde a luz passa, tem sido capaz de tratar miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia preexistentes.

A depender de condições estruturais dos olhos, bem como de preferências pessoais de cada paciente, pode-se conseguir independência do uso de óculos, para longe ou perto e, mesmo, para ambas as distâncias.

A personalização do planejamento cirúrgico é indispensável para que os melhores resultados possam ser alcançados. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Abrasão Corneana

A córnea, estrutura transparente situada à frente da parte colorida dos olhos, é extremamente sensível, recebendo inervação 400 vezes maior que aquela da ponta dos dedos. Disto, decorre que o desconforto causado por um “cisco” nos olhos costuma ser desproporcionalmente incomodativo.

Abrasões Corneanas são lesões que acometem a camada mais superficial da córnea, costumando ser muito dolorosas, levando a lacrimejamento, sensibilidade aumentada à luz e “olho vermelho” eventualmente. Uma série de fatores pode levar ao aparecimento de abrasões corneanas, como: exposição à poeira, contato com instrumentos pontiagudos, unhas, folhas de papel, lentes de contato mal-adaptadas, entre outros.

Nos primeiros socorros prestados em alguém com suspeita de abrasão corneana, estão proibidos: utilizarem-se colírios de outras pessoas, ou adquiridos sem prescrição médica; manipular o olho com a ponta dos dedos, ou com “cotonetes”; enxaguar olho com água corrente, ou recolocar as lentes de contato de uso habitual do paciente. Caso esteja disponível, o enxágue com soro fisiológico estéril pode trazer algum alívio. Idealmente, o paciente deve procurar, o quanto antes, por avaliação Oftálmica. Felizmente, apesar de todo o sofrimento que causam à pessoas, as abrasões corneanas, comumente não geram danos permanentes aos olhos. Quando prontamente tratadas, o desconforto esvaece rapidamente.

A ocorrência de corpos estranhos retidos na córnea pode determinar queixas semelhantes às da abrasão corneana. Mas este é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Uso (Correto) de Lubrificantes Oculares (“Lágrimas Artificiais”)

Lubrificantes oculares, ou “Lágrimas Artificiais” como são mais conhecidos, são medicamentos amplamente utilizados em Oftalmologia: do tratamento da Síndrome do Olho Seco, ao Pós-operatório de Cirurgia Refrativa. No entanto, esse uso nem sempre ocorre da maneira correta…

O uso incorreto, começa muitas vezes por alguma “confusão” com outras categorias de medicamentos, tais como:

  • Vasoconstrictores: esses colírios têm por finalidade amenizar a “vermelhidão” presente em irritações da superfície ocular. Os efeitos, quando presentes, costumam ter curta duração e demandar múltiplas aplicações.
  • Corticóides: o uso inadvertido desses colírios pode ser ainda mais perigoso, pois eventualmente resultam em catarata, glaucoma ou, mesmo, agravamento de algumas infecções, particularmente, a Ceratite Epitelial Herpética.

Mesmo quando o medicamento for, de fato, um lubrificante, uma série de fatores deve ser levada em consideração por ocasião da escolha:

  • Composição: Determina a apresentação (sob a forma de gel, ou colírio); a quantidade de aplicações diárias; a possibilidade de ser utilizado sobre lentes de contato; o risco potencial de reações alérgicas, bem como o tempo de descarte após a abertura do frasco… (sim, a data de validade expressa na embalagem faz referência ao produto lacrado, sendo poucos os que podem ser utilizados mais de 2 meses após o início do uso…).
  • Preço: Há lubrificantes que custam por volta de R$ 15,00, enquanto outros superam os R$ 100,00.

Apesar de não demandarem prescrição médica para serem adquiridos, o Oftalmologista pode orientar a seleção do lubrificante mais apropriado às necessidades de cada paciente.

Até o próximo post.

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Foco no Arco Senil

É bem provável que ao observar os olhos de alguém, com 50 anos ou mais, você tenha notado um halo claro circundando a parte colorida dos olhos, é o chamado Arco Senil. Formado pela deposição de colesterol na córnea, o Arco Senil não traz prejuízos à visão, não necessitando de tratamento.

Observe o halo claro na periferia corneana, é o Arco Senil.

Caso esteja presente em pessoas mais jovens, pode significar que os níveis sanguíneos de colesterol e de outras gorduras encontram-se anormalmente altos. Como ocorre em outras ocasiões, um achado ao exame Oftálmico de rotina, pode ajudar na detecção ou acompanhamento de condições clínicas do(a) paciente.

Até o próximo post.

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Foco nos usos do LASER em Oftalmologia

As bases teóricas do que hoje conhecemos por LASER remontam ao início do século passado, com os trabalhos de Einstein. De maneira extremamente simplificada, tem-se que alguns compostos químicos ao serem estimulados por luz, passam a emitir um tipo específico de radiação: o LASER. A partir os anos 50, quando o uso estava restrito a centros de pesquisa, o termo LASER começou a ser associado a inovação, tecnologia de ponta… noção amplamente difundida no cinema e na TV. Atualmente, o LASER é empregado em campos tão diversos quanto Astronomia, Informática, Telecomunicações, Medicina, entre outros.

Quanto às aplicações médicas do LASER, apresentaremos brevemente alguns usos em Oftalmologia:

Cirurgia Refrativa

O LASER pode ser utilizado para modificar o formato da córnea, tratando miopia, hipermetropia, astigmatismo e, em determinadas circunstâncias, presbiopia pré-existentes.

Cirurgia de Catarata

Recentemente, o LASER vem sendo incorporado à Cirurgia de Catarata. No entanto, ainda NÃO demonstrou superioridade, em termos de qualidade visual pós-operatória ou segurança, em comparação à cirurgia tradicional. Opacificação de cápsula posterior, condição que ocorre em uma minoria dos olhos operados de catarata, pode ser corrigida pelo uso do LASER.

Tratamento de lesões retinianas

Descolamentos, lesões degenerativas, retinopatia diabética ou hipertensiva, entre outras doenças retinianas podem ser tratadas com o emprego do LASER, ainda que seja como modalidade auxiliar ao uso de medicamentos ou cirurgias.

Tratamento do Glaucoma

Algumas formas de glaucoma apresentam bom controle com o emprego de procedimentos ditos “ciclodestrutivos”. Para tais casos, o LASER é o principal instrumento.

Instrumentos diagnósticos

A Tomografia de Coerência Óptica é um exame de interesse a subespecialidades como Córnea, Retina ou Glaucoma. Esses tomógrafos têm funcionamento baseado no LASER. Mas este já é assunto p/ um próximo post.

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