Image-distortion-2

Foco na Metamorfopsia

A imagem acima até pode ser interessante enquanto obra de arte… Intencionalmente ou não, oferece alguma noção – com certo exagero, é verdade – de como enxergam, pessoas com queixas de metamorfopsia.

Metamorfopsia é a distorção visual causada por alterações numa região específica e extremamente importante da retina, a Mácula. Diversas doenças retinianas podem, em algum estágio, cursar com acometimento macular: Degeneração Macular Relacionada à Idade, Edema Macular Cistóide, Coriorretinopatia Serosa Central ou Membranas Epirretinianas são alguns exemplos.

Um teste clínico que pode indicar a ocorrência de metamorfopsia é a Tela de Amsler. Uma pessoa com visão normal enxerga linhas retas que se cruzam em ângulos de 90 graus. Na metamorfopsia, o paciente relata distorção dessas linhas.

O exame Oftálmico de rotina é o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento dessas e de muitas outras doenças oculares. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Doctors and nurses stacking hands. concept of mutual aid.

Foco na Cooperação com Outras Especialidades Médicas (Interdisciplinaridade)

À Oftalmologia, cabe grande parte dos cuidados com a visão: desde a prescrição de óculos ou adaptação de lentes de contato, ao diagnóstico e tratamento de uma série de doenças que acometem os olhos. O que muita gente não sabe, é que, por vezes, a Oftalmologia atua de forma interdisciplinar com outras especialidades médicas:

. O mapeamento de retina de pacientes diabéticos e/ou hipertensos pode fornecer informações importantes a colegas Generalistas, Endocrinologistas ou Nefrologistas;

. Análise pormenorizada do campo visual pode ser de interesse do Neurologista;

. Uveítes são frequentes entre pacientes sob os cuidados de Reumatologistas, Infectologistas ou mesmo Oncologistas;

. Há, ainda, situações que permeiam a Pediatria, Otorrinolaringologia, Cirurgia Plástica ou a Radiologia.

O conhecimento médico tem se expandido num ritmo sem precedentes, tornando indispensável a atuação de especialistas. Igualmente importante é que tais especialistas trabalhem de maneira harmônica entre si em benefício dos pacientes.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Painful-Eye-1

Foco na Dor Ocular

Dor nos olhos, ou em estruturas vizinhas, é uma das queixas mais comuns no consultório do Oftalmologista. Diversas causas podem estar implicadas. A história clínica e o exame ocular criteriosos conseguem oferecer elementos importantes ao diagnóstico para a maioria dos casos. Exames complementares, laboratoriais ou de imagem, podem ser solicitados em situações específicas.

Traumas oculares (decorrentes de “pancadas” próximas aos olhos, exposição a produtos químicos ou corpos estranhos) são exemplos de situações cujo diagnóstico costuma ser imediato. No entanto, há situações sem causa aparente, às vezes com dores persistentes ou recorrentes, podendo acometer a visão em níveis variados. Para casos como esses, a investigação pode ser um pouco mais trabalhosa.

Não raramente, as pessoas supõem que dor e vermelhidão nos olhos seja conjuntivite, automedicando-se neste sentido. No entanto, uveítes, episclerites, esclerites, fechamento angular agudo, celulites orbitárias, entre outras doenças podem ser as verdadeiras causas.

A fim de chegar-se ao diagnóstico correto, implementando-se o tratamento adequado, dores oculares devem sempre ser avaliadas pelo Oftalmologista. Do contrário, não só o desconforto experimentado pelo pacientes pode ser prolongado desnecessariamente, como a própria visão pode ser colocada em risco.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Post-100

Foco em nosso post #100

Em 17/12/2018, publicamos nosso primeiro post. O intuito, desde o início, foi informar sobre assuntos referentes à Oftalmologia de forma descomplicada e informal. Diversos assuntos foram abordados: de curiosidades, a dúvidas comuns dos pacientes no consultório. Redigir nossos posts exige estudo e compromisso, para que possamos oferecer informação interessante e confiável.

Nesta edição comemorativa, publicamos links para os 5 posts mais acessados.

5) Foco nas Ilusões de Óptica

4) Foco no papel da Oftalmologia nas Artes (Philip Barlow)

3) Foco no desenvolvimento da Miopia

2) Foco no Ceratocone: Comprometimento Visual

1) Foco na Indicação da Cirurgia de Catarata

Foco na Indicação da Cirurgia de Catarata

Em nome da FOCCO – Catarata e Cirurgia Refrativa, sinceramente, agradeço a todos que acompanham nossas publicações. Pretendemos seguir com este trabalho por muito tempo… buscando melhorá-lo a cada publicação.

Até o post #101…

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Old-n-Young-1

Foco na Cirurgia de Catarata aos 80, 85… 90 anos (ou mais)

Atualmente, boa parte das pessoas entre 60 e 65 anos mantêm-se ativas, seja no âmbito profissional, seja na vida privada, o que exige delas visão nítida e confortável. Paralelamente a isto, a Cirurgia de Catarata alcançou níveis sem precedentes de segurança e previsibilidade de resultados, melhorando não somente a qualidade da visão, mas tornando os pacientes cada vez menos dependentes do uso de óculos. Não por acaso, número cada vez maior de pessoas nesta faixa etária submetem-se à Cirurgia de Catarata.

Ainda assim, ocasionalmente, chegam ao consultório, pacientes com 80 anos ou mais, para os quais, a visão encontra-se prejudicada por cataratas densas, mas que recusam, às vezes radicalmente, a indicação da cirurgia. Diversos motivos concorrem para tanto, desde o receio exagerado de submeter-se ao procedimento (assunto já abordado em outro post), eventual dependência de terceiros com os cuidados pós-operatórios (como na aplicação de colírios), ou a crença de que sendo octagenário “já não paga a pena” (sic) – como afirmou um paciente de 82 anos, em meu consultório, em 06/10/20 (sim, foi esta a motivação para redigir este post…). Vamos nos ater, brevemente, ao último argumento.

É verdade que a Cirurgia de Catarata em pacientes acima dos 80 anos apresenta particularidades, tanto de ordem geral (próprias da senilidade), quanto de ordem ocular (cataratas mais duras, as quais podem demandar maior manipulação cirúrgica em olhos potencialmente mais frágeis). Ambos os aspectos são levados em consideração pela equipe médica: o Anestesiologista, a partir da avaliação pré-anestésica obtém o panorama da saúde do paciente, adequando o procedimento anestésico; já o Oftalmologista, a partir dos exames oculares pré-operatórios, consegue antecipar o planejamento cirúrgico, de forma a minimizar os riscos.

Ao paciente, a Cirurgia de Catarata, tem muito a acrescentar em termos de qualidade de vida:

  • Facilita o auto-cuidado, bem como, o acesso a atividades qua vão da leitura ao artesanato, ou ainda, às práticas esportivas e de lazer;
  • Reduz o risco de quedas, importante causa de morbi-mortalidade entre idosos.

Uma série de outras vantagens do dia a dia poderiam ser listadas neste post. No entanto, a mais importante já foi mostrada na foto que encabeça o texto. Acredito que “pague, SIM, a pena” enxergar o melhor possível até o último dia de vida.

Até o próximo post, nosso centésimo…

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

image-18

Foco na Invenção dos Óculos

Apesar de muita controvérsia a respeito deste assunto, costuma-se considerar que os óculos foram inventados em Pisa, Itália, por volta de 1285, por um monge chamado Salvino D’Armate.

A mais antiga representação de um par de óculos é mostrada em um mural da Basílica de San Nicolò em Treviso, Itália, datada de 1352.

Cardeal Ugo di Provenza, pintura de Tommaso da Modena (1352).

Ilustrações e pinturas de pessoas utilizando óculos tornaram-se cada vez mais comuns ao longo do tempo. Os óculos surgiram como instrumento de auxílio à leitura na presbiopia. O primeiro uso de lentes na correção da visão para longe, de que se tem registro, é do século XVI, quando se usaram lentes côncavas para auxiliar o Papa Leão X, o qual era provavelmente míope. Em 1784, Benjamim Franklin (o mesmo da independência dos Estados Unidos e da invenção dos para-raios), solicitou um par de óculos que tivesse lentes para leitura, na parte inferior da armação, e para longe na parte superior, assim, surgiram os bifocais.

Modelo semelhante ao proposto por Franklin.

A partir do século XIX, diversos melhoramentos, tanto no material, quanto no polimento das lentes, bem como, refinamentos das armações, tornaram os óculos cada vez mais parecidos com os atuais. A introdução das lentes multifocais progressivas, a partir de 1953, criou um novo paradigma de prescrição de óculos a pacientes présbitas.

Os óculos seguem como a forma mais comum de correção dos problemas de visão. No entanto, alternativas como lentes de contato, ou cirurgia refrativa também ocupam posições importantes no rol terapêutico atual. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança sobre as opções mais apropriadas ao seu caso.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Eye redness symptom of human isolated on white.

Foco nos Olhos que Ficam Vermelhos com o Uso de Lentes de Contato

O uso de lentes de contato é a forma preferencial de correção de problemas visuais de boa parte dos pacientes. Contar com a opção de não depender exclusivamente do uso de óculos, ou ainda, preocupações com a estética facial, particularmente em “graus altos”, são motivos frequentemente apontados pelos usuários. No entanto, o uso indiscriminado de lentes de contato, sem supervisão médica, por vezes com lentes de procedência duvidosa, costuma trazer problemas à saúde dos olhos.

Olhos irritadiços, com secreções e coceira, eventualmente, desenvolvendo úlceras de córnea (as quais podem colocar a própria visão em risco) são encontradas no consultório, vez ou outra, entre usuários de lentes, que não se atentam a cuidados básicos como: seleção do tipo mais adequado (quanto ao material e desenho), regime de utilização diário e eventual uso concomitante de colírios. Estes, entre outros cuidados, são apresentados aos candidatos ao uso de lentes de contato, por ocasião da adaptação conduzida por Oftalmologistas.

Informe-se com seu Oftalmologista de confiança, caso você tenha interesse no uso criterioso de lentes de contato. Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Face-Mask-with-Glasses-1

Foco no Uso de Óculos como (Possível) Proteção contra o Novo Coronavírus

No dia 16 deste mês, fora publicado numa importante revista médica (JAMA Ophthalmology), um artigo científico que mostrou que de 276 pacientes internados num hospital da província chinesa de Hubei para tratamento de COVID-19, apenas 16 deles (5,8%) usavam óculos por 8 horas, ou mais, por dia, em decorrência de miopia. Nesta região da China, cerca de 30% da população é míope, assim seria intuitivo esperar que cerca de 30% dos pacientes internados fossem míopes.

Ao menos teoricamente, o uso de óculos poderia resultar numa barreira adicional à entrada do Novo Coronavírus no organismo. Isto porque a conjuntiva é uma superfície mucosa, a qual é menos eficiente que a pele, por exemplo, na contenção à entrada de microorganismos, entre os quais, os vírus. Além disto, parte da lágrima é drenada da superfície dos olhos para interior do nariz, o qual também é uma superfície mucosa, podendo atuar como mais uma via de entrada para o Novo Coronavírus.

No entanto, inúmeros são os exemplos em Medicina para os quais uma possibilidade não se confirma na prática. O que se sabe até agora é que higienizar as mãos (ao lavá-las bem, ou a partir do uso de álcool gel a 70%), fazer uso adequado de máscaras e evitarem-se aglomerações são as medidas mais importantes a serem tomadas em termos coletivos. Especificamente aos profissionais de saúde, no manuseio de pacientes com COVID-19, como parte dos equipamentos de proteção individual, o uso de óculos de proteção é recomendado.

A dúvida que naturalmente surge a partir da observação mostrada neste estudo é se o uso de algum tipo de óculos deveria ser recomendado a todas as pessoas. Uma resposta criteriosa deve deve levar os seguintes pontos em consideração:

  • Correlação não implica em causa, ou seja, não significa que usar óculos seja necessariamente a causa da menor taxa de infecção entre míopes;
  • O desenho do estudo não é o mais apropriado para generalização das conclusões, fator reconhecido pelos próprios autores.

Em meio a uma pandemia cujos efeitos, em maior ou menor grau, são sentidos por todos, informação científica que auxilie no combate ao Novo Coronavírus são muito bem-vindas. No entanto, a interpretação de tais informações também deve seguir o mesmo rigor científico. Do contrário, corremos o risco de abrirmos mão da Medicina Baseada em Evidências, em favor da Medicina de outros tempos…

Paramentação de um médico durante a Peste Negra (1656).
A intenção era nobre: proteger o profissional para que pudesse prestar atendimento aos pacientes; no entanto, a carência de conhecimentos científicos da época resultou nesta figura que, ainda hoje, parece horripilante.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

High-Myopia-Glasses-3

Foco na Cirurgia da Miopia (MUITO) Alta

Quando o assunto é “Cirurgia da Miopia” como alternativa ao uso de óculos ou lentes de contato, as pessoas costumam ter em mente a correção a LASER. Tal procedimento, como regra geral, costuma ser indicado para pacientes com córneas normais e miopia de, no máximo 10 “graus”, ou mais apropriadamente, 10 dioptrias.

No entanto, há pacientes que apresentam miopias bem acima de 10 dioptrias, ou cujas córneas não sejam ideais para a correção a LASER. Para esses pacientes, a melhor alternativa cirúrgica pode ser a indicação das chamadas “Lentes Fácicas”, as quais são implantadas dentro dos olhos. Tal cirurgia difere da cirurgia de catarata, por não envolverem o cristalino. O que ocorre, é que se implantam lentes específicas para alto míopes anteriormente, ou posteriormente à íris, a depender do modelo indicado. O procedimento é considerado seguro e eficaz, além de preservar a córnea nos casos em que a ocorrência de ceratocone não pode ser descartada, podendo ser reversível, com a retirada das lentes, caso necessário.

Lente Fácica posicionada anteriormente à íris.
Lente Fácica posicionada entre a íris e e cristalino.

Mais recentemente, lentes para correção do astigmatismo, com ou sem miopia ou hipermetropia, também foram desenvolvidas. Mas este já é assunto para um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click.

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…

Glaucoma-3

Foco na Diferença entre Glaucoma e “Pressão Alta nos Olhos”

Os termos Glaucoma e “Pressão Alta nos Olhos” costumam gerar alguma confusão para boa parte dos pacientes. Simplificadamente, por glaucoma entende-se um grupo de doenças, que têm em comum um mesmo padrão de lesão do nervo óptico, o chamado dano glaucomatoso. A pressão interna dos olhos, ou pressão intraocular, é um parâmetro clínico mensurável, de interesse à avaliação Oftálmica de rotina, como as avaliações da pressão arterial, peso, ou da temperatura corporal para outras áreas da Medicina.

Medida da pressão intraocular, a tonometria.

A confusão é aprofundada quando se tenta definir o que seriam níveis elevados de pressão intraocular. Tradicionalmente, admitem-se como normais, as pressões entre 10 e 21 milímetros de mercúrio (representados por mmHg). No entanto, há pacientes com pressões abaixo de 21 mmHg que são portadores de glaucoma; bem como, há quem tenha pressões maiores que 21 mmHg, sem qualquer sinal de dano glaucomatoso. Assim, uma pressão intraocular de 18 mmHg, por exemplo, pode ser “alta” para uma pessoa e “normal” para outra. Por outro lado, quanto mais elevada a pressão intraocular, maiores as chances de que a pessoa desenvolva lesão glaucomatosa.

O tratamento do glaucoma baseia-se na redução da pressão intraocular, qualquer que seja ela. Mas este assunto, será abordado em um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click

Gostou do post???… Então, por favor, compartilhe!!!…