Ceratocone-2

Foco no Agravamento do Ceratocone

Uma das considerações mais importantes a ser feita a pessoas com ceratocone é a determinação quanto à forma da doença: se estável, ou seja, sem evidências de piora, ou pelo contrário, se a forma é progressiva, na qual há agravamento espontâneo.

Nem sempre, comprovar progressão é tarefa é fácil, pois diversos fatores devem ser analisados:

. parâmetros corneanos podem ser sutis, ao menos a princípio, variando conforme o tipo de equipamento utilizado;

. idade (quanto mais jovem, maiores as chances de agravamento);

. o (mau) hábito de coçar os olhos tradicionalmente é associado à piora do ceratocone.

Em artigo científico recente, publicado em periódico renomado, os autores sugerem que pacientes abaixo dos 17 anos, ou com curvaturas acima de 55 dioptrias por ocasião do diagnóstico, foram os que se mostraram mais susceptíveis à progressão. No entanto, qualquer paciente com ceratocone deveria ter a doença acompanhada quanto à eventual agravamento.

Comprovada, a progressão do ceratocone, pode estar indicada a realização do Cross-Linking. O diagnóstico e acompanhamento de casos de ceratocone são de responsabilidade do Oftalmologista. Informe-se com seu médico de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

Computer-Eye-Strain-3

Foco na “Síndrome da Visão ao Computador”

Telas de dispositivos eletrônicos, de diversos tipos e tamanhos, vem sendo incorporadas ao nosso cotidiano já faz algum tempo. Mesmo entre pessoas que habitualmente não apresentam queixas visuais, a exposição prolongada a essas telas costuma estar relacionada a uma série de sintomas: desconforto visual, ardência ocular e lacrimejamento, olhos vermelhos, dores de cabeça, entre outras queixas… Coletivamente, a esses sintomas, tem-se denominado “Síndrome da Visão ao Computador” (tradução aproximada do inglês “Computer Eye Strain Syndrome“).

Para casos assim, o primeiro passo a ser tomado é a realização de exame Oftálmico completo, no qual são avaliadas condições orgânicas dos olhos, como eventuais erros de refração (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), desalinhamento ocular, olho seco, presbiopia entre outras possíveis causas.

Excluída a ocorrência das causas citadas, ou tratadas, caso estejam presentes, situações aparentemente corriqueiras devem ser consideradas, como:

– Iluminação ambiente e das próprias telas, as quais não devem ser exageradas, nem escassas, mas ajustadas de maneira personalizada a cada pessoa; da mesma forma, tamanho e contraste das imagens, letras particularmente, também devem ser ajustados de modo personalizado;

– Postura e distanciamento das telas, como regra geral, as telas de desktops ou notebooks costumam ser colocadas cerca de meio metro de distância dos usuários, idealmente, um pouco a baixo dos olhos; celulares ou tablets deveriam ser posicionados a 30 centímetros dos olhos;

– A concentração com que costumamos realizar trabalhos de frente a essas tela faz com que pisquemos num frequencia menor que a ideal, facilitando o ressecamento dos olhos (levando a ardência, vermelhidão e embaçamento), isto é particularmente importante, se o ambiente contar com ar condicionado, o qual pode ressecá-lo, favorecendo ainda mais o aparecimento desses sintomas;

– Uso de óculos com lentes especiais (tratamento anti-reflexo ou com filtro para luz azul) podem trazer benefícios a alguns pacientes.

O tratamento da Síndrome da Visão ao Computador exige que a abordagem seja específica para cada paciente, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

Suabize-a-Curva-FOCCO

Foco no Novo Coronavírus (COVID-19) – Parte 3

O combate à pandemia de COVID-19, o qual deve durar alguns meses, depende do envolvimento de todos. Na FOCCO, estamos com atendimentos suspensos desde o último dia 20. Retornaremos às atividades em 06 de abril. No entanto, algumas medidas visando oferecer a maior segurança aos pacientes e à equipe serão tomadas:

  • Redução do número de atendimentos por dia;
  • Restrição do número de acompananhantes a, no máximo, 1 por paciente;
  • Redistribuição da mobília na sala de espera, no pré-atendimento com a secretária e no consultório, aumentando o espaço entre as pessoas;
  • Oferecimento de álcool gel em todas as nossas dependências;
  • Nossa pontualidade no atendimento, característica da qual não abrimos mão, contribui para que não haja aglomerações na sala de espera; neste mesmo sentido, solicitamos aos nossos pacientes que cheguem cerca de 5 minutos antes do horário agendado, desde que não estejam com sintomas de resfriado/gripe, que os coloquem como casos supeitos para COVID-19.

Cientes da importância do momento, seguimos confiantes que esta pandemia esteja melhor controlada no menor prazo possível.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

Coronavirus-4

Foco no Novo Coronavírus (COVID-19) – Parte 2

A rapidez com que o Novo Coronavírus (COVID-19) tem se alastrado por todo o mundo tem feito com que autoridades de saúde e a comunidade científica, num esforço legítimo para conter a pandemia, façam recomendações de cunho teórico, uma vez que não houve tempo para que evidências científicas mais consistentes pudessem ser estabelecidas.

Neste sentido, a Academia Americana de Oftalmologia propôs, entre outras medidas, a suspensão do uso de lentes de contato, tanto quanto possível (como pode ser visto no link: https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/coronavirus-covid19-eye-infection-pinkeye). Isto porque, ao menos teoricamente, os vírus poderiam encontrar, na superfície dos olhos, uma via de entrada, infectando o usuário das lentes, os quais precisam tocar os olhos para colocação e retirada das lentes. Nesta mesma recomendação, afirmam ser muito mais provável o contágio por boca ou nariz e reforçam a necessidade de medidas básicas de higiene e isolamento social.

Na situação de pandemia em que vivemos, como forma de minimizar o contato social, consultas Oftalmológicas de rotina, ou procedimentos eletivos como Cirurgia Refrativa ou de Catarata devem ser adiados para quando a situação estiver sob controle. A partir de então, procure por seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

hands-drying-w-paper-towel

Foco no Manuseio das Lentes de Contato

Com frequência, recebo no consultório, pacientes usuários de lentes de contato, tanto gelatinosas, quanto rígidas. A esses pacientes, pergunto quais os cuidados que costumam tomar no manuseio das lentes de contato, seja na colocação, ou na retirada das lentes: “lavo as mãos” é a resposta mais comum… mas “seco bem as mãos” raramente é citada.

A água potável contém inúmeros microorganismos, os quais podem permanecer viáveis (e infectantes) em gotículas presentes nas mãos recém-lavadas. Particularmente, um tipo de microorganismo, a acantameba, pode representar risco aos usuários de lentes de contato. O simples cuidado de secar as mãos antes de colocar, ou retirar as lentes diminui consideravelmente o risco de contaminação por este e outros agentes microbianos.

Já mencionei em posts anteriores que o uso de lentes de contato oferece muitas vantagens ao paciente. Mas tal uso deve ser consciente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.


Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.



Contacts-in-Kc-2

Foco no Uso de Lentes Gelatinosas no Ceratocone

Eventualmente, recebo pacientes com ceratocone encaminhados para adaptação de lentes de contato rígidas gás-permeáveis. De fato, para muitos desses pacientes, a melhor qualidade de visão somente é alcançada por meio deste tipo de lente. Além disto, uma vez bem adaptadas, as lentes rígidas costumam ser confortáveis, interferindo minimamente com o funcionamento da superfície ocular. Dificuldades ao manuseio, ao menos inicialmente, bem como, custos mais elevados, costumam ser os principais pontos negativos associados às lentes rígidas.

Para formas mais leves da doença, níveis satisfatórios de visão podem ser conseguidos com o uso de lentes gelatinosas. Por isto mesmo, antes de proceder diretamente com a adaptação de lentes rígidas nesses pacientes, costumo avaliar a satisfação (em termos de qualidade visual e percepção das lentes nos olhos) para as lentes gelatinosas. Somente após este teste, realizo a avaliação com as lentes rígidas. Desta forma, os (as) pacientes podem experimentar alguns dos prós e contras de cada alternativa.

Acredito que inserir o (a) paciente na tomada de decisão, respeitando o que ele (ela) considerar mais apropriado para si, deve fazer parte da boa prática médica. Informe-se com seu (sua) Oftalmologista de confiança.


Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.



Coronavirus-3

Foco no Novo Coronavírus (COVID-19)

Desde o começo do ano, o surto de infecção pelo Novo Coronavírus (COVID-19) vem ganhando espaço na mídia, por vezes, de forma alarmista e pouco informativa. Por isto, por mais que o assunto não seja diretamente relacionado à Oftalmologia, achei que seria oportuno abordá-lo brevemente.

Vírus desta mesma família são comumente associados ao resfriado comum, apenas excepcionalmente causando quadros mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (surtos entre 2002 e 2004) e, atualmente, casos de pneumonia. Em ambas as ocasiões, os primeiros casos foram notificados na China.

Os sintomas mais comuns são febre, tosse e, eventualmente, dificuldade para respirar. A cada vez que uma pessoa contaminada tosse ou espirra, milhares de vírus são disseminados no entorno. Instrumentos ou objetos manipulados pela pessoa também podem ser contaminados, podendo resultar no contágio de outras pessoas. Neste ponto, talvez resida o maior problema: a disseminação dos vírus pode começar entre 5 e 14 dias antes do aparecimento dos sintomas.

Como não existe vacina, a prevenção ao contágio depende de medidas semelhantes àquelas adotadas contra quaisquer viroses das vias respiratórias:

– Higienização das mãos com água e sabão, podendo ser utilizado, também, o álcool gel;

– Cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

A recomendação do uso de máscaras, até o momento, está restrita a pacientes ou aos profissionais de saúde que prestam atendimento a essas pessoas.

Em meio à preocupação com o surto do Novo Coronavírus (COVID-19), pouco tem sido divulgado que outras viroses respiratórias, algumas que até contam com proteção vacinal, como a infecção pelo vírus influenza, trazem riscos maiores de letalidade.

Para informações mais detalhadas, informe-se com seu Médico de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

screening

Foco em Indicações Menos Comuns da Cirurgia Refrativa

Por “Cirurgia Refrativa“, nos referimos a procedimentos que tratam a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e, sob certas condições, também a presbiopia. Assim, a finalidade mais comum é tornar o paciente menos dependente do uso de óculos ou lentes de contato. No entanto, há indicações menos comuns, ainda assim, importantes da Cirurgia Refrativa. Seguem alguns exemplos:

– Cirurgia Refrativa facilitando o uso de óculos… apesar de soar incoerente a princípio, é exatamente isto. Indiquei a cirurgia a uma de minhas pacientes, pois ela não tolerava bem o uso de óculos. Tal paciente era anisométrope, ou seja, apresentava “grau” bem maior num olho, que no outro. Uma vez que tal diferença fora desfeita, o uso de óculos passou a ser bem mais tranquilo a ela. Em outras palavras, ela desejava usar óculos, mas as prescrições anteriores à cirurgia eram desconfortáveis. Um pouco mais comum, neste mesmo sentido, é a indicação a pacientes présbitas que optam pela correção do “grau” de longe, mantendo o uso de óculos somente p/ a uso da visão de perto.

– Cirurgia Refrativa como tratamento de alguns casos de estrabismo: há algumas formas de estrabismo cujo tratamento é simplificado pela correção da hipermetropia presente nesses pacientes.

Erradamente entendida como procedimento estritamente estético por alguns, a Cirurgia Refrativa encontra indicações de ordem médica, como as mostradas anteriormente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança, caso você ache que a Cirurgia Refrativa possa estar indicada no seu caso.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

eye-exercises-cartoon

Foco nos “Exercícios Para Os Olhos”

Não faz muito tempo, orientei a um paciente que procurasse fazer exercícios ortópticos, os quais poderiam ajudar no tratamento de uma insuficiência de convergência. O paciente, então, me perguntou se seriam esses os exercícios que “tratam grau e glaucoma”, dos quais ele já havia lido alguma coisa na internet. Resumidamente, a explicação que dei a este paciente foi a seguinte:

– Exercícios ortópticos são uma modalidade de tratamento da movimentação ocular. Em outras palavras, é uma “fisioterapia” que ajuda no tratamento de determinados problemas relacionados ao posicionamento dos olhos, como a insuficiência de convergência. É uma terapia com embasamento científico reconhecido, que pode ser conduzida de forma multidisciplinar, a partir da atuação de profissional específico, o Ortoptista, juntamente com o Oftalmologista.

– Os exercícios a que se referiu o paciente, foram propostos cerca de 100 anos atrás por um Oftalmologista americano chamado William H. Bates, daí terem ficado conhecidos como “Método Bates“. Tais exercícios buscam tratar problemas tão diversos quanto glaucoma e erros de refração, como miopia, hipermetropia, astigmatismo, bem como a presbiopia. Dado o embasamento científico frágil, este método não encontra respaldo entre Oftalmologistas, não havendo, portanto, prescrição médica para tais exercícios.

Sem qualquer intenção de insultar seguidores ou divulgadores do método Bates ou afins, este post tem finalidade estritamente informativa, destacando algumas das principais diferenças entre propostas que podem ser agrupadas sob o mesmo rótulo de “Exercícios para os Olhos”.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

UVA-and-UVB-sunlight-eye-exposure-1

Foco na Proteção Ocular aos Raios Ultravioleta do Sol

A luz ultravioleta tem sua importância para nossa saúde, como estimular a produção de vitamina D, só tornando-se prejudicial quando excessiva. Abundante em países tropicais como o Brasil, pode alcançar níveis elevados de irradiação em todas as épocas do ano, mesmo, em dias nublados.

Muito se tem divulgado sobre a necessidade de proteção da pele em relação aos raios ultravioleta do sol. Recomendações tais como: evitar exposição em horários de maior irradiação solar (das 10 às 16 horas), aplicação de filtro solar, uso de chapéus ou bonés, ou ainda, uso de roupas que cubram pernas e braços são bem conhecidas.

O que não tem recebido a mesma atenção, é a necessidade de proteger também os olhos. Quando perguntados sobre como proteger adequadamente os olhos, muitos pacientes, intuitivamente, respondem: “uso de óculos de sol”. Apesar de correta, esta resposta merece algumas considerações:

– deve-se dar preferência a modelos que evitem a passagem de luz pelas laterais, de modo que o máximo possível de luz que chega aos olhos tenha sido filtrado pelas lentes. Pois, além da luz proveniente diretamente do sol, aquela refletida pelo ambiente também é importante. A água, como na praia ou em piscinas, pode refletir virtualmente 100% da luz ultravioleta, já o concreto das cidades, até 25%.

– mesmo lentes transparentes, como dos óculos “de grau”, podem oferecer bons níveis de proteção. Alguns lentes de contato também podem contar com esta característica, reforçando a proteção oferecida pelos óculos de sol.

Informe-se com seu Dermatologista sobre o filtro solar mais adequado ao seu caso. Para maiores detalhes sobre ao proteção aos seus olhos, procure por seu Oftalmologista de confiança.


Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.