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Foco nos Tremores Palpebrais

Há pacientes que chegam ao consultório preocupados com uma queixa inusitada: a de que um dos olhos começou a “pular”… Apesar de que, nesses casos, não costuma haver outras queixas, como embaçamento ou dor, a sensação causada pela movimentação involuntária é desconfortável.

O que costuma ocorrer nessas ocasiões são contrações involuntárias das pálpebras. Fadiga, consumo de cafeína ou álcool, bem como irritação crônica da superfície ocular, como em alguns casos de olho seco costumam estar associados à quase totalidade dos casos.

Da mesma forma com que esta queixa surge espontaneamente, também a resolução do quadro costuma ocorrer sem qualquer tratamento dentro de poucos dias. Caso o problema perdure por muito tempo, ou esteja demasiadamente desconfortável, procure por seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Indicação da Cirurgia de Catarata

Ao final de minhas consultas, costumo perceber duas reações opostas entre pacientes por volta dos 60 anos: SURPRESA, ao serem informados de que já estão com catarata; seguida por ALÍVIO, ao perceberem que serão eles mesmos que determinarão a ocasião mais adequada à realização da cirurgia, geralmente, quando já não estiverem satisfeitos com a visão que alcançam por meio do uso de óculos, ou lentes de contato.

Até pouco mais de 20 anos, era comum que se adiasse, ao máximo, a indicação da cirurgia. Esta postura era justificável, não só pela menor previsibilidade nos resultados visuais, mas também, porque os procedimentos anestésico e cirúrgico eram mais invasivos que os atuais. A tendência atual é justamente a oposta: indicam-se cirurgias para cataratas mais iniciais, tanto porque a cirurgia e a anestesia evoluíram grandemente, bem como, porque as novas lentes intraoculares oferecem excelente qualidade visual, diminuindo a necessidade de óculos, ou lentes de contato, no pós-operatório.

Respeito à vontade de cada paciente, nisto reside a boa indicação da cirurgia de catarata. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos Olhos de Pacientes com Síndrome de Down

Olhos de portadores da Síndrome de Down podem apresentar especificidades, as quais devem ser conhecidas pelo Oftalmologista, tais como:

. Nas primeiras semanas de vida, deve-se excluir a ocorrência de catarata congênita. Aos 6 meses de idade, a Academia Americana de Pediatria recomenda avaliação oftálmica especializada, na qual são avaliadas a eventual ocorrência de: desalinhamento entre os olhos (estrabismo); movimentos pendulares involuntários dos olhos (nistagmo); erros refracionais (como miopia, hipermetropia ou astigmatismo); alterações sugestivas de glaucoma congênito, bem como, problemas de retina.

. A partir da pré-adolescência, a triagem para ceratocone costuma estar indicada, uma vez que a ocorrência desta doença parece ser comum entre portadores da Síndrome de Down.

. Entre pacientes adultos, a presbiopia costuma surgir mais precocemente, demandando prescrição apropriada de óculos.

. Entre pacientes com mais idade e indicação de cirurgia de catarata, o planejamento e execução do procedimento contam com detalhes que devem ser de conhecimento do especialista, para que se alcancem melhores resultados.

Avaliações oftálmicas regulares fazem parte da atenção à saúde do portador da Síndrome de Down, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Transplante de Córnea

A córnea é a principal lente de nossos olhos. O transplante de córnea costuma ser apontado como aquele com maiores taxas de sucesso, dentre todos os transplantes realizados pela Medicina. Em parte, este sucesso é devido à ocorrência relativamente baixa de rejeições, bem como, à possibilidade de diagnosticar e prontamente tratar esta intercorrência, caso ocorra. A reabilitação funcional, melhorando a visão entre transplantados, é outro fator que justifica tal sucesso.

Apesar de que a quantidade de transplantes tem crescido, a recusa de doações, por parte de familiares, continua sendo um dos principais entraves ao aumento ainda mais expressivo do número de transplantes (como conclui a Tese de Doutorado de Hirlana G. Almeida, pela FM-USP, São Paulo, intitulada “Transplante de córnea no Brasil: progresso e dificuldades em 16 anos” publicada no ano passado).

Caso você tenha interesse em tornar-se doador, informe-se com seu Oftalmologista de confiança e manifeste essa intenção a seus familiares. Sua escolha pode fazer grande diferença, para melhor, na vida de alguém.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Medicina Baseada em Evidências

Até algum tempo atrás, era comum ouvir de colegas afirmações do tipo: “minha primeira opção é…”, ou “na minha experiência, o mais indicado é…” quando o assunto era como diagnosticar, ou tratar determinados casos. Por mais que experiência clínica seja sempre muito bem-vinda, atualmente, a boa prática médica fundamenta-se na chamada Medicina Baseada em Evidências.

Por Medicina Baseada em Evidâncias entende-se a aplicação de metodologia sistematizada, seja para o diagnóstico, ou para o tratamento de doenças. Assim, o conhecimento publicado acerca de deterimando assunto pode discutido, em caráter científico, por diversos especialistas. Em outras palavras, perde espaço a opinião meramente pessoal de alguns experts, na medida em que ganha importância o conhecimento coletivo, construído a partir de evidências que diferentes estudiosos acrescentam a determinado assunto. Atualmente, todo médico deve manter o hábito de atualizar-se continuamente, por meio da leitura frequente de bons artigos científicos, pela participação em eventos como jornadas, simpósios e congressos; há, ainda, os que se interessam por ingressar em programas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado.

Há críticos ao modelo de Medicina Baseada em Evidências, os quais alegam tratar-se de cientificismo distante da prática diária de consultório da maioria dos colegas. Para ficar num pequeno exemplo, a foto que ilustra este post, foi tirada alguns dias atrás no consultório, sendo que, pelo interesse científico que desperta (pela descomunal quantidade de glistenings), fora publicada na última sexta-feira no site da American Academy of Ophthamalogy (Acesse pelo link).

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Uveítes

Ao se deparar com a imagem deste post, qual foi sua primeira impressão: seria uma “conjuntivite”? Certamente, é o que muitos pensariam. No entanto, o paciente do fotografia apresenta um problema bem diferente: uma uveíte.

Uveítes são inflamações de estruturas internas do olho, como a íris, por exemplo. A distinção entre uma uveíte e inflamações da superfície ocular, como uma conjuntivite, pode ser impossível sem conhecimento específico do assunto, bem como, sem equipamentos apropriados. Muitas uveítes ocorrem, aparentemente, sem associação a qualquer outra doença, não deixando maiores sequelas à visão. No entanto, há formas associadas a doenças importantes como lupus, artrites, toxoplasmose ou infecção pelo HIV, entre outras; nesses casos, a visão pode ser gravemente comprometida.

O Oftalmologista é o especialista capaz de diagnosticar e conduzir casos de uveíte. Lembre-se: nem todo caso de “olho vermelho” é, necessariamente, uma “conjuntivite”.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Illustration of hemorrhage in retina - Diabetic Retinopathy

Foco na Retinopatia Hipertensiva

Acontece com alguma frequência no consultório: na avaliação de rotina, quando perguntados sobre a ocorrência de diabetes ou hipertensão arterial, doenças importantes tanto pela alta prevalência, quanto por afetarem praticamente todo o organismo, os pacientes desconhecem se as apresentam; ou ainda, acreditam tê-las sob controle, apesar de não seguirem todas as recomendações médicas.

Na etapa do exame em que a retina é inspecionada, podem ser encontrados sinais sugestivos de alterações causadas por essas doenças, as retinopatias. A retinopatia diabética já foi discutida em post anterior. As alterações visuais da retinopatia hipertensiva, quando presentes, podem ser semelhantes àquelas causadas pelo diabetes.

No meu entendimento, mais importante que apresentar detalhes técnicos de como o Oftalmologista é capaz de diagnosticar e avaliar a gravidade da retinopatia hipertensiva, é deixar a seguinte mensagem: na hipertensão arterial, o nível de comprometimento retiniano, costuma ser encontrado de modo semelhante em outros órgãos como coração, aumentando os riscos de infarto; sistema nervoso central, aumentando os riscos de acidentes vasculares cerebrais; ou nos rins, predispondo a comprometimento da função renal. Daí a consulta com o Oftalmologista ser muito mais que simplesmente uma avaliação para prescrição de óculos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas “Moscas Volantes”

Sabe aquela sensação de que há “mosquitos”, “traços” ou “teia de aranha” voando a sua frente? A estas imagens, geralmente um tanto desfocadas e que mudam de lugar conforme você movimenta os olhos, chamamos “moscas volantes” ou floaters. Melhor percebidas contra superfícies claras, são queixas comuns entre míopes, ou maiores de 50 anos. Apesar de incômodas, não costumam representar ameaças à visão.

Moscas volantes são opacidades que se formam num gel que preenche boa parte dos olhos, o vítreo, o qual deveria ser completamente transparente. Essas opacidades projetam sombras sobre a retina, causando o efeito visual indesejado.

À esquerda, opacidades flutuando no vítreo (note as sombras que projetam sobre o fundo do olho). À direita, como moscas volantes podem ser percebidas pelo paciente.

Caso ocorra aumento abrupto na quantidade, ou no tamanho das moscas volantes, particularmente, nos casos em que ocorra, também, a percepção de flashes, a realização de exame detalho do fundo do olho estará indicada. O Oftalmologista tem todas as condições de diferenciar casos banais, daqueles que são indícios de problemas mais sérios.

Moscas volantes quase sempre não demandam tratamento. Para casos excepcionais, pode haver indicação cirúrgica. Recentemente, o LASER tem sido cogitado como opção de tratamento, mas a segurança e eficácia desta alternativa ainda precisam ser melhor estabelecidas.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Coceira Ocular

Olhos saudáveis dificilmente coçam. Quadros de olho seco, ou de conjuntivite, principalmente aquelas de origem alérgica, estão entre as causas mais comuns de coceira nos olhos.

 

O (mau) hábito de coçar os olhos pode ser extremamente perigoso à visão, pois a principal lente de nossos olhos, a córnea, fica na superfície ocular, susceptível, portanto, à fricção. Assim, coçá-los, vigorosa ou repetidamente, pode lesar esta estrutura, afetando a visão. Pacientes com ceratocone são particularmente predispostos a lesões deste tipo, pois têm córneas mais propensas a deformações e, ainda, costumam ter componente alérgico ocular importante, o qual intensifica a vontade de coçar os olhos.

 

Córnea (lente transparente situada à frente da parte colorida dos olhos (evidenciada pelo reflexo, nesta fotografia).

O Oftalmologista, com base na história clínica e exame ocular, pode determinar a causas da coceira, propondo o tratamento mais adequado a cada paciente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

 

 

 

 

 

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no “Olho Vermelho”

O termo “Olho Vermelho” faz referência a diversas doenças, algumas sem qualquer gravidade, outras, mais sérias, que cursam com inflamação ocular, a qual costuma ser percebida como vermelhidão da parte branca dos olhos. Casos de conjuntivites (tanto as infecciosas, quanto as não-infecciosas), traumas ocualres, ceratites, episclerites, esclerites e uveítes são exemplos de olho vermelho; também casos de hemorragia subconjuntival podem ser classificados como olho vermelho, apesar de não haver inflamação importante nesses casos.

A ocorrência, ou não, de sinais e sintomas além da vermelhidão, como: piora na qualidade da visão, dor ocular, secreções, acometimento de um ou ambos os olhos, bem como a presença doenças pré-existentes (oculares, ou de outros órgãos) e cirurgia ocular prévia, devem ser levadas em consideração para cada caso.

Exame à lâmpada-de-fenda.

O Oftalmologista pode, com base na história clínica e exame ocular, determinar o diagnóstico e propor o tratamento mais apropriado a cada caso. Como acontece em outras especialidades médicas, a automedicação pode agravar algumas situações, cuja evolução seria muito mais favorável ao paciente, caso fossem devidamente conduzidas pelo especialista.

 

 

Na ocorrência de olhos vermelhos, procure pela avaliação de seu Oftalmologista de confiança.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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