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Foco na Cirurgia Refrativa

A Cirurgia Refrativa, ou correção da miopia, hipermetropia e astigmatismo, vem sendo aperfeiçoada há muito tempo: já em 1896, o oftalmologista holandês Leendert Jan Lans demonstrou ser possível modificar o formato da córnea com esta finalidade. Quase 100 anos mais tarde, a introdução do LASER nos procedimentos refrativos representou imenso avanço, permitindo modificações precisas no formato corneano, aumentando enormemente a previsibilidade e a segurança da Cirurgia Refrativa.

LASER Wave Light EX 500

O candidato “ideal” à Cirurgia Refrativa deve possuir 18 anos de idade ou mais, ter a prescrição de óculos estável há, pelo menos um ano, boas condições gerais de saúde e apresentar córneas normais.

Os procedimentos são ambulatoriais, costumando durar poucos minutos. A anestesia é tópica, ou seja, por meio de colírios. Os pacientes costumam retomar as atividades habituais poucos dias após os procedimento.

Tudo isto pode sugerir, erradamente, que a Cirurgia Refrativa constitui-se em procedimento “simples”, banal… pelo contrário: a indicação, o planejamento e a execução da cirurgia são etapas minuciosas que dependem de conhecimento específico.

Caso você tenha interesse em se submeter à Cirurgia Refrativa, consulte seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos implantes intraestromais corneanos (“Anel de Ferrara”)

Em posts anteriores, mencionei que a córnea atua como lente, assim, além de ser transparente, é necessário que ela tenha formato apropriado. No ceratocone, há alteração no formato corneano, que se torna irregular. Em casos mais avançados, a córnea torna-se irregular a ponto de não permitir visão nítida por meio do uso de óculos ou lentes de contato gelatinosas, sendo indicadas as lentes de contato rígidas. Há casos, no entanto, em que mesmo as lentes rígidas não conseguem oferecer boa visão, tamanha a irregularidade corneana. P/ casos assim, costumam ser indicados, os implantes intraestromais corneanos, sendo o mais usado em nosso meio, o “Anel de Ferrara”. Estes implantes são posicionados “dentro” da córnea e ajudam na regularização da superfície corneana. Disto, muitas vezes, o paciente consegue melhorar a visão, seja c/ uso de óculos, lentes de contato gelatinosas ou rígidas, conforme o caso. É considerada modalidade cirúrgica segura, reversível, realizada em todo o mundo, e, em grande medida, desenvolvida no Brasil pela equipe do Dr. Paulo Ferrara (Belo Horizonte – MG).

Seu Oftalmologista pode oferecer explicações detalhadas sobre esta modalidade de tratamento que tem DNA verde e amarelo.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no papel da Oftalmologia nas Artes (Arthur Conan Doyle)

É elementar, meu caro Watson!!!…

Impossível não associar esta fala a Sherlock Holmes… Apesar de ela não aparecer em nenhum dos 60 textos protagonizados pelo personagem, lançados entre 1886 e 1928. Acredita-se que este jargão tenha sido popularizado por alguma das diversas adaptações p/ o teatro ou cinema, sobre o detetive ficcional mais famoso do mundo. O que muita gente não imagina é que o autor era Oftalmologista, o escocês Arthur Conan Doyle.

Arthur Conan Doyle.

Segundo algumas biografias de Doyle, uma autobiografia inclusive, o perfil inteligente, dedutivo, curioso, perspicaz e, em certa medida, pretensioso de Holmes foi inspirado em um dos professores da faculdade de Medicina cursada pelo autor, o Dr. Joseph Bell. Reconhecidamente, Doyle não teve carreira brilhante como Oftalmologista, chegando, mesmo, a abandonar definitivamente a Medicina depois de alguns anos de um consultório pouco frequentado em Londres. No entanto, deixou uma obra literária que pode ser considerada como a principal referência do gênero.

Convenhamos: ao menos no caso de Doyle, a escolha pela literatura, ao invés da Oftalmologia, foi acertada.

Das aventuras de Holmes, “O Cão dos Baskervilles” é meu livro favorito. Qual o seu?

Até o próximo post!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no uso de lentes de contato rígidas gás-permeáveis

Não raramente, proponho a pacientes interessados no uso de lentes de contato, que tentemos a adaptação das chamadas lentes de contato rígidas gás-permeáveis. O que escuto comumente nessas ocasiões é algo do tipo: “lentes de vidro?”, tendo o paciente uma expressão de puro espanto, deixando clara a desinformação sobre o tema.

Certamente, as lentes de contato hidrofílicas, mais conhecidas como “gelatinosas”, são as mais frequentemente utilizadas pelos pacientes. Desde que bem adaptadas, oferecendo conforto e boa visão, seguem sendo opção extremamente útil. No entanto, há (muitas) situações para as quais as lentes rígidas estariam melhor indicadas, entre elas, astigmatismos elevados ou irregulares. Lentes rígidas são fabricadas em material acrílico gás-permeável (nada de vidro, portanto). Vale ressaltar que o uso dessas lentes está associado a menores taxas de complicações alérgicas ou infecciosas, em comparação ao das lentes gelatinosas. O processo de adaptação é, sim, por vezes um pouco mais trabalhoso e longo, mas uma vez alcançado, dificilmente o paciente bem adaptado às lentes rígidas sente-se tentado ao uso das gelatinosas ou dos óculos.

Existe grande variedade de desenhos de lentes rígidas. Diferentes desenhos atendem a diferentes necessidades.

Quatro modelos de lentes de contato rígidas gás-permeáveis.

A adaptação de lentes de contato é ato médico, conte com seu Oftalmologista para a seleção do tipo de lente mais indicado a você.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na evolução da Cirurgia da Catarata

Causou surpresa a alguns leitores, o fato de Monet ter sido submetido à Cirurgia de Catarata quase 100 anos atrás (post de 17/01/19)… ainda mais surpreendentes, foram os bons resultados do procedimento, como fica evidente pela riqueza de cores e detalhes das obras feitas após a recuperação da cirurgia.

Acredita-se que já no antigo Egito, cerca de 3000 anos antes de Cristo, houvesse tentativas de se tratar cirurgicamente a catarata. O primeiro registro histórico confiável sobre a ciurgia da catarata consta do Código de Hamurabi, um conjunto de leis babilônicas, datado de 2250 antes de Cristo. O modo pelo qual se operava a catarata, passou por grande refinamento, em 1747, quando Jacques Daviel, na França, propôs um método menos invasivo de tratamento. Mais de 200 anos depois, o inglês Howard Ridley, conseguiu outro avanço: implantar uma lente artificial em substituição ao cristalino operado; isto marcou o fim da necessidade dos incômodos óculos “fundo-de-garrafa”, a que os pacientes se viam obrigados usar no pós-operatório. Há pouco mais de 50 anos, a introdução da chamada facoemulsificação por Charles Kelman, nos Estados Unidos, permitiu que a cirurgia fosse realizada por incisões cada vez menores, reduzindo o tempo de recuperação. Paralelamente, houve enorme avanço no desenvolvimento de antibióticos e anti-inflamatórios, para prevenção de infecções e controle eficiente da dor.

Atualmente, a facoemulsificação com implante de lentes dobráveis e anestesia por meio de colírios é considerado o procedimento-padrão para a cirurgia da catarata. Muitas inovações devem ser assimiladas à cirurgia da catarata nos próximos anos. Por conta de tudo isto, não há dúvidas: poucas áreas da Medicina avançam tanto quanto a Cirurgia de Catarata.

O Oftalmologista pode orientar sobre o tipo mais apropriado de lente a ser indicado a cada paciente, mas este é assunto para outro post.

Obrigado pela atenção e até logo!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no papel da Oftalmologia nas Artes (Philip Barlow)

No universo das Artes, é comum que o artista expressse a própria visão de mundo pelas obras que produz. Pode-se dizer que pintor sul-africano Philip Barlow, no entanto, inverteu este padrão de modo criativo: buscou representar, por meio de pinturas, a visão de mundo de outras pessoas, mais especificamente, a visão de mundo dos míopes. Diversos quadros do artista, simulando como míopes enxergam o mundo, ganharam notorieadade, tanto pela qualidade artística, de realismo impressionante, quanto pela importância da miopia, já que esta é uma das doenças oculares mais comuns, acometendo quase 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Soak.

 

Electric Wet.

 

Crowdred Street.

O Oftalmologista é médico responsável pelo diagnóstico e tratamento da miopia, bem como, pela prevenção das complicações decorrentes da chamada “alta miopia”. Mas este já é assunto p/ um próximo post.

Até breve!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Ilusões de Óptica

Às vezes, nossos olhos nos pregam peças:  apesar de estarmos vendo algo nitidamente, interpretamos o que vemos de modo equivocado. Isto, provavelmente, porque ao longo da evolução, nosso cérebro ficou condicionado ao reconhecimento imediato de certos padrões como rostos, formas geométricas, contrastes, cores entre outros… Essa diferença entre o que se vê e o que é, de fato, percebido costuma gerar situações inusitadas e até divertidas. Segue uma série de ilusões de óptica que comprovam isto:

O implante de lentes trifocais na cirurgia de catarata conta, ao menos em parte, c/ esta capacidade de interpretação, pelo cérebro, das imagens que são apresentadas pelos olhos. Assim, nas semanas que se seguem à cirurgia, o cérebro do paciente vai sendo “treinado”, segundo um mecanismo conhecido como neuroadaptação, a valorizar o foco mais importante p/ cada situação: de perto (como p/ a leitura), a meia distância (distância interpessoal) ou p/ longe (como ao dirigir). A indicação do implante de trifocais, p/ um determinado paciente, deve ser feita pelo especialista em Catarata e Cirurgia Refrativa e leva em conta preferências pessoais e características oculares de cada paciente.

Até nosso próximo post!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no papel da Oftalmologia nas Artes (Claude Monet)

“As cores não têm a mesma intensidade para mim… o vermelho se confunde com o marrom… minhas pinturas têm se tornado cada vez mais escuras…”

Claude Monet.

 

Desde 1912, Monet já tinha o diagnóstico de catarata em ambos os olhos, mas pelo que significava a cirurgia àquela época, ele optou por não operar a princípio. Com o avançar da catarata, as obras produzidas pelo artista davam sinais evidentes de interferência, a ponto de Monet ter cogitado abandonar a pintura em 1919. Monet fora submetido à cirurgia em 1923, sendo que, rapidamente, notou que as cores amarela e azul “tornaram-se mais vívidas”, como ele mesmo afirmou após o procedimento. Há quem diga que muitas obras pintadas entre 1919 e 1923 foram retocadas, ou mesmo, destruídas pelo artista.

A figura mostra, no ítem A, a obra “Waterlilies” de 1915 (ainda com catarata); no ítem B, como ela deve ter parecido aos olhos de Monet; o ítem C mostra “Morning With Weeping Willows ” concluída em 1926 (após a cirurgia), nesta obra, são evidentes tanto a riqueza de detalhes, quanto a diversidade de cores.

A moderna cirurgia de catarata pode oferecer visão nítida, com riqueza de detalhes e cores, informe-se com o especialista.

Até nosso próximo post!

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no ceratocone

A córnea é a principal lente de nossos olhos. Para que funcione como tal, deve ser transparente e ter formato apropriado para uma lente. No ceratocone, é justamente o formato da córnea que costuma estar alterado. Embaçamento e distorções da imagem podem estar presentes em níveis variados a depender da gravidade e localização dessas alterações. Além disto, no ceratocone, é de fundamental importância que se determine se essas alterações apresentam-se estáveis ou sujeitas a agravamento. O tratamento visa oferecer a melhor qualidade visual possível e, ao mesmo tempo, minimizar o risco de agravamento do ceratocone.

Particularidades sobre diagnóstico, acompanhamento clínico e tratamento do ceratocone serão comentadas em diversos posts futuros.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas lentes de contato para o présbita

Ainda hoje, fui procurado por uma paciente de 49 anos que desejava “cirurgia de grau”, p/ que pudesse se “livrar” dos óculos. Apesar de apresentar exame ocular de rotina basicamente normal, à exceção do “grau”, esta paciente não apresentava boa indicação cirúrgica pela idade, o que a deixou decepcionada a princípio. Isto porque esta paciente é présbita, ou seja, necessita de “grau” p/ perto, além daquele p/ longe; isto, numa idade, em que nem a opção da cirurgia a LASER, nem a opção da cirurgia do cristalino costumam estar plenamente disponíveis. Propus a ela que tentássemos o uso de lentes de contato, segundo uma estratégia chamada de báscula ou monovisão, segundo a qual, um olho focalizaria essencialmente para longe, enquanto o outro para perto. A idéia causou certa estranheza momentânea pela paciente, mas ela acabou concordando c/ a realização do teste. A estranheza deu lugar à satisfação de enxergar bem, a ponto de a paciente afirmar que os óculos “serão a segunda opção” para o dia-a-dia.

Na seção sobre lentes de contato de nosso site, afirmei que elas costumam ser a opção mais comum enquanto alternativa ao uso dos óculos. No caso relatado aqui, a paciente não fazia idéia de que pudesse alcançar o efeito desejado por meio do uso de lentes de contato, por associar o uso a pessoas “jovens”. O tema lentes de contato é muito amplo, por este motivo, revisitaremos este assunto em diversas outras ocasiões.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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