Nutrition-3

Foco na Alimentação Saudável

Como a procura por hábitos alimentares mais saudáveis tem crescido, pacientes solicitam, ocasionalmente, recomendações alimentares que ajudem na promoção da saúde dos olhos. Sem qualquer pretensão de prescrever propriamente uma dieta, cito alguns pontos-chaves:

  • Vitamina A – atua, entre outras funções, no funcionamento do retina; quando deficitária no organismo, a visão pode piorar, principalmente à noite; é encontrada em alimentos de origem animal, como leite, ovos ou fígado; pode ser produzida em nosso próprio organismo a partir de certos precursores, como o beta-caroteno, presente em vegetais como cenoura, mamão ou abóbora.
  • Vitaminas C e E – há evidências de que combatam doenças relacionadas ao envelhecimento ocular, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI); a vitamina C é comum em frutas cítricas como laranja ou limão; a vitamina E costuma ser encontrada em gorduras vegetais, como a do amendoim, ou ainda, na gema do ovo.
  • Luteína e Zeaxantina – são carotenóides presentes em alta concentração numa das regiões mais nobres de nossa retina, a mácula; acredita-se que atuem na proteção da mácula à luz solar; estão presentes em alimentos como couve, brócolis ou espinafre; a suplementação de luteína e zeaxantina pode estar indicada em alguns casos de DMRI.
  • Zinco – mineral que participa de diversas reações químicas do metabolismo ocular, pode ser encontrado na lentilha, ostra e carne vermelha.

Mais importante que saber de cor a função ou a fonte de cada um desses nutrientes, é entender que ter olhos saudáveis demanda ter um organismo saudável como um todo. Assim, alimentação saudável, associada à atividade física regular, evitando-se o tabagismo, ou o excesso de álcool são recomendações sempre bem-vindas. Situações específicas, como carência de um ou outro nutriente, podem ser suspeitadas pelo Oftalmologista e reparadas de maneira multidisciplinar com apoio do Nutrólogo e do Nutricionista.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Blue digital computer brain on circuit board with glows and flares

Foco na Utilização da Inteligência Artificial na Oftalmologia

Cada vez mais, o termo Big Data, antes restrito às ciências da computação, tem ganho importância na Medicina. Por Big Data, entende-se um conjunto extremamente grande de dados, os quais, uma vez analizados sistematicamente, evidenciam padrões, tendências ou associações. Diversos algorítmos de inteligência artificial baseiam-se em Big Data.

Em junho deste ano, fora publicado no meio científico, um artigo que testou a utilização de elementos de inteligência artificial na seleção de candidatos à Cirurgia Refrativa (Adopting machine learning to automatically identify candidate patients for corneal refractive surgery – acesso gratuito). A conclusão a que os pesquisadores chegaram foi de que a performance do novo método constitui elemento auxiliar seguro e confiável na tomada de decisão quanto à indicação, ou não, de Cirurgia Refrativa.

Diferentemente do que temem alguns, a disseminação do uso da inteligência artificial na Medicina não limita o papel do Médico: é fato que oferece instrumento técnico-científico valioso à prática médica, mas a empatia frente ao paciente, o que há de mais humano em Medicina, isto algorítmo algum é capaz de sintetizar.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos Tremores Palpebrais

Há pacientes que chegam ao consultório preocupados com uma queixa inusitada: a de que um dos olhos começou a “pular”… Apesar de que, nesses casos, não costuma haver outras queixas, como embaçamento ou dor, a sensação causada pela movimentação involuntária é desconfortável.

O que costuma ocorrer nessas ocasiões são contrações involuntárias das pálpebras. Fadiga, consumo de cafeína ou álcool, bem como irritação crônica da superfície ocular, como em alguns casos de olho seco costumam estar associados à quase totalidade dos casos.

Da mesma forma com que esta queixa surge espontaneamente, também a resolução do quadro costuma ocorrer sem qualquer tratamento dentro de poucos dias. Caso o problema perdure por muito tempo, ou esteja demasiadamente desconfortável, procure por seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos Olhos de Pacientes com Síndrome de Down

Olhos de portadores da Síndrome de Down podem apresentar especificidades, as quais devem ser conhecidas pelo Oftalmologista, tais como:

. Nas primeiras semanas de vida, deve-se excluir a ocorrência de catarata congênita. Aos 6 meses de idade, a Academia Americana de Pediatria recomenda avaliação oftálmica especializada, na qual são avaliadas a eventual ocorrência de: desalinhamento entre os olhos (estrabismo); movimentos pendulares involuntários dos olhos (nistagmo); erros refracionais (como miopia, hipermetropia ou astigmatismo); alterações sugestivas de glaucoma congênito, bem como, problemas de retina.

. A partir da pré-adolescência, a triagem para ceratocone costuma estar indicada, uma vez que a ocorrência desta doença parece ser comum entre portadores da Síndrome de Down.

. Entre pacientes adultos, a presbiopia costuma surgir mais precocemente, demandando prescrição apropriada de óculos.

. Entre pacientes com mais idade e indicação de cirurgia de catarata, o planejamento e execução do procedimento contam com detalhes que devem ser de conhecimento do especialista, para que se alcancem melhores resultados.

Avaliações oftálmicas regulares fazem parte da atenção à saúde do portador da Síndrome de Down, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Glistenings

Foco na Medicina Baseada em Evidências

Até algum tempo atrás, era comum ouvir de colegas afirmações do tipo: “minha primeira opção é…”, ou “na minha experiência, o mais indicado é…” quando o assunto era como diagnosticar, ou tratar determinados casos. Por mais que experiência clínica seja sempre muito bem-vinda, atualmente, a boa prática médica fundamenta-se na chamada Medicina Baseada em Evidências.

Por Medicina Baseada em Evidâncias entende-se a aplicação de metodologia sistematizada, seja para o diagnóstico, ou para o tratamento de doenças. Assim, o conhecimento publicado acerca de deterimando assunto pode discutido, em caráter científico, por diversos especialistas. Em outras palavras, perde espaço a opinião meramente pessoal de alguns experts, na medida em que ganha importância o conhecimento coletivo, construído a partir de evidências que diferentes estudiosos acrescentam a determinado assunto. Atualmente, todo médico deve manter o hábito de atualizar-se continuamente, por meio da leitura frequente de bons artigos científicos, pela participação em eventos como jornadas, simpósios e congressos; há, ainda, os que se interessam por ingressar em programas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado.

Há críticos ao modelo de Medicina Baseada em Evidências, os quais alegam tratar-se de cientificismo distante da prática diária de consultório da maioria dos colegas. Para ficar num pequeno exemplo, a foto que ilustra este post, foi tirada alguns dias atrás no consultório, sendo que, pelo interesse científico que desperta (pela descomunal quantidade de glistenings), fora publicada na última sexta-feira no site da American Academy of Ophthamalogy (Acesse pelo link).

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco na Coceira Ocular

Olhos saudáveis dificilmente coçam. Quadros de olho seco, ou de conjuntivite, principalmente aquelas de origem alérgica, estão entre as causas mais comuns de coceira nos olhos.

 

O (mau) hábito de coçar os olhos pode ser extremamente perigoso à visão, pois a principal lente de nossos olhos, a córnea, fica na superfície ocular, susceptível, portanto, à fricção. Assim, coçá-los, vigorosa ou repetidamente, pode lesar esta estrutura, afetando a visão. Pacientes com ceratocone são particularmente predispostos a lesões deste tipo, pois têm córneas mais propensas a deformações e, ainda, costumam ter componente alérgico ocular importante, o qual intensifica a vontade de coçar os olhos.

 

Córnea (lente transparente situada à frente da parte colorida dos olhos (evidenciada pelo reflexo, nesta fotografia).

O Oftalmologista, com base na história clínica e exame ocular, pode determinar a causas da coceira, propondo o tratamento mais adequado a cada paciente. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

 

 

 

 

 

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nos Efeitos Oculares do Tabaco

Que o uso do tabaco é prejudicial à saúde, isto é do conhecimento de todos. Também é de conhecimento geral, que os aparelhos cardiovascular e respiratório costumam ser os mais frequentemente acometidos. O que muita gente não sabe, é que também os olhos sofrem consequências do uso do tabaco, sejam diretas, como na síndrome do olho seco, ou indiretas, como na degeneração macular relacionada à idade. Mesmo no desenvolvimento da catarata, do glaucoma e da retinopatia diabética, há evidências de participação de substâncias encontradas na fumaça do tabaco, de modo que tais doenças são mais comuns entre fumantes (estas doenças foram, ou serão ainda, tema de outros posts).

Cigarro eletrônico: nova apresentação de um velho conhecido.

 

 

A indústria do tabaco tem promovido intenso marketing em torno do chamado “cigarro eletrônico”, como opção menos lesiva à saúde. No entanto, os danos, sejam eles, de fato, menores ou não, continuam existindo.

 

 

 

 

Caso você seja fumante, informe-se com seu Oftalmologista de confiança, ele(a) pode oferecer mais uma série de boas razões para incentivar você a abandonar o uso do tabaco.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas (Polêmicas) Lentes para Daltonismo

Em post anterior, já comentamos sobre as deficiências na percepção de cores, as chamadas discromatopsias, ou mais comumente: “daltonismo”. Essas doenças ocorrem por funcionamento anormal de certos componentes da retina, os cones. A maioria dos pacientes apresenta formas leves as quais, muitas vezes, passam despercebidas por toda a vida. No entanto, há formas formas mais evidentes, com limitações importantes na distinção entre as cores.

Eventualmente, são oferecidos no mercado, óculos ou lentes de contato elaborados especificamente para tratamento do daltonismo. A indicação e o funcionamento de tais recursos é controversa: em tese, esses óculos ou lentes de contato apresentam filtros específicos para determinadas cores, o que pode melhorar a percepção de contraste por pacientes com formas leves de daltonismo, melhorando, desta forma, a qualidade da visão.

Percepção de contraste: note a imagem mais vívida e com melhor delineamento na metada esquerda da figura.

Pacientes com formas mais evidentes de daltonismo não costumam notar melhora significativa. Outro aspecto que merece atenção é que qualquer melhora que esse recurso eventualmente propicie, só ocorre por ocasião do uso das lentes ou óculos, ou seja: não há qualquer tratamento da causa do problema nos cones da retina; em outras palavras, não ocorre “cura” da deficiência de percecpção de cores pelo uso de lentes ou óculos para daltonismo.

O Oftalmologista pode auxiliar na decisão sobre o uso, ou não, deste recurso, individualizando o tratamento.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco no Uso Criterioso de Colírios

 

Quando pergunto aos pacientes sobre uso de medicamentos, raramente alguém menciona colírios. Se perguntados especificamente sobre uso de colírios, muitos os utilizam, mas não sabem especificar os quais, fazem uso sem prescrição ou, mesmo, utilizam colírios de outras pessoas.

Colírios, tecnicamente, são medicamentos que devem ser aplicados nos olhos. A finalidade e, consequentemente, o modo de utilização são extremamente variados: de colírios de uso contínuo, como os utilizados no tratamento do glaucoma, a colírios de uso por tempo limitado, como combinações de antibióticos com corticóides. Como ocorre para qualquer medicamento, para os colírios há o efeito esperado e efeitos indesejáveis, os chamados efeitos colaterais, que podem comprometer seriamente a visão.

O Oftalmologista é o médico mais indicado para a prescrição e acompanhamento do uso de colírios, recomendando a forma adequada de utililização dos mesmos.

 

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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Foco nas Alterações Oculares no Diabetes (Parte 3)

A retina é a estrutura ocular responsável pela conversão da luz em estímulo visual. Entre pacientes diabéticos, os vasos sanguíneos retinianos podem sofrer alterações estruturais, as quais comprometem o próprio funcionamento retiniano, originando a retinopatia diabética.

Em estágios iniciais, a retinopatia pode ser assintomática, ou cursar com embaçamento e distorção sutis da visão. Em estágios mais avançados, perda variável e, por vezes, permanentes da visão podem ocorrer. Controle glicêmico ruim, tempo de evolução do diabetes, coexistência de hipertensão arterial e o hábito de fumar são fatores agravantes. Eventualmente, também a gestação pode agravar a retinopatia diabética.

Simulação da visão de paciente portador de retinopatia diabética.

O tratamento depende do melhor controle possível do diabetes, bem como, afastarem-se os fatores de risco. Em casos selecionados, ciurgia vitreorretiniana, aplicações de LASER na retina, ou uso de injeções intravítreas de antiangiogênicos também podem estar indicados.

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira entre pacientes diabéticos, com impacto social importante entre adultos em fase produtiva. O paciente diabético deve, portanto, redobrar os cuidados com a própria visão, fazendo avaliações regulares com o Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

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