Best-Worst-3

Foco na “Melhor” Lente para a Cirurgia de Catarata

Suponhamos que fosse perguntado a você algo do tipo: “qual o melhor carro?” o que você responderia?

Provavelmente, sua resposta começaria por “depende…”. Isto, porque “melhor” implica no que se quer, ou se precisa, portanto sendo um termo relativo. Por exemplo: se o interesse de quem pergunta pelo carro é usá-lo no dia a dia das grandes cidades, um modelo compacto pode ser mais interessante que um SUV; por outro lado, se a finalidade for um passeio de final de semana com a família, este tipo pode ser o mais indicado. A resposta poderia ter sido completamente diferente, caso o parâmetro de interesse fosse outro, como preço, consumo de combustível, etc…

Eventualmente, sou perguntado sobre qual seria a “melhor” lente a ser implantada na cirurgia de catarata, principalmente nos casos em que pacientes buscam por uma segunda opinião sobre o procedimento. Para tais casos, minha resposta invariavelmente começa por “depende…”. Fatores do paciente como: idade, ocupação, hábitos e preferências, motivação quanto ao uso de óculos no pós-operatório, acesso a diferentes tecnologias, além de uma série de questões de ordem médica envolvendo cada um dos olhos fazem com que a escolha da “melhor” lente seja individualizada.

Citando um exemplo: operei a um aposentado que adora dirigir e não se importaria em usar óculos no pós-operatório, desde que fossem “somente para leitura…”. Com esta finalidade, indiquei lentes monofocais que o deixassem independente de óculos para longe. Já para a esposa deste senhor, a qual gosta de aplicar a própria maquiagem e faria questão de ficar sem óculos na maior parte do tempo, indiquei lentes multifocais. Ambos ficaram satisfeitos.

Mais importante que conhecer os diferentes tipos de lentes, é compreender a demanda de cada paciente de modo a atendê-la da melhor maneira possível. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

Social-Inclusion

Foco na Acessibilidade

Já faz algum tempo que os termos ACESSIBILIDADE e INCLUSÃO vêm ganhando a devida importância no cotidiano: da simples reserva de vagas de estacionamento; ou no atendimento preferencial a determinados públicos, como idosos ou gestantes; bem como, quaisquer medidas que valorizem a equidade de oportunidades.

Neste sentido, eu gostaria de relatar duas experiências pessoais relacionadas a acessibilidade e inclusão, particularmente mediadas pela tecnologia:

– Ocasionalmente, atendo a imigrantes haitianos na UFU, os quais, costumam ter pouca fluência em português; confesso, da minha parte, não saber nada de francês. Como não existe consulta sem uma boa conversa, emprego, sem hesitar, o Google Tradutor (sem qualquer merchandising). Essas consultas costumam ser um pouco mais demoradas, às vezes, cômicas, dada surpresa estampada na feição dos pacientes, ainda assim, são resolutivas.

– Outra situação, um tanto mais elaborada, foi a mediação de toda a avaliação oftálmica de rotina de uma paciente com deficiência auditiva, por meio de aplicativo de celular, desenvolvido para facilitar a comunicação com não-surdos que não dominem a linguagem de sinais. Neste caso, a consulta seguiu essencialmente o mesmo padrão de realização utilizado rotineiramente para qualquer outro paciente. Quem se mostrou inegavelmente surpreso, num primeiro momento, fui eu. A paciente em questão, acredito, aprovou meu atendimento, uma vez que retornou para nova avaliação no último mês de novembro, concordando prontamente que eu relatasse minha impressão no FOCCO-Blog.

Para as duas situações, a tecnologia foi a ferramenta que possibilitou a melhor interação paciente-médico possível; no mais, prevaleceu a indispensável interação humana. Consulte regularmente seu Oftalmologista de confiança, seja da maneira tradicional, ou por meio da tecnologia.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

Agende sua consulta num “click “.

Xmas-´2019

Foco nas Festividades de Final de Ano

Chegamos ao final de 2019. Como acontece tradicionalmente nesta época do ano, aproveitamos das festividades de Natal e Ano Novo para reunirmos familiares e amigos, renovando sonhos e expectativas para o ano novo.

Sinceramente, gostaríamos de agradecer aos pacientes que confiaram em nosso trabalho neste ano; bem como, aos seguidores do FOCCO-Blog e das redes sociais, pela oportunidade que nos deram para expormos nossas ideias. Estamos motivados a oferecer o melhor ao nosso alcance a vocês… também em 2020, 2021, 2022, 2023…

Desejamos, a todos, boas festas e os melhores votos de felicidade e sucesso em 2020! Que Deus abençoe a todos!

Equipe FOCCO – Catarata e Cirurgia Refrativa.

Kc-2

Foco nas Alterações Oculares na Gravidez (Parte 2)

Algumas enfermidades oculares preexistentes, como a retinopatia diabética ou as ectasias corneanas, podem sofrer agravamento durante a gravidez. A retinopatia associada à preeclâmpsia pode acometer olhos previamente saudáveis. Segue breve resumo destas doenças:

  • Retinopatia Diabética: Entre gestantes diabéticas sem evidências de retinopatia, até 10% desenvolverão alterações retinianas; entre aquelas que já apresentavam retinopatia, cerca de metade apresentará algum agravamento. Dificilmente, pacientes com diabetes gestacional, ou seja, aquele iniciado por ocasião da gravidez, apresentarão sinais de retinopatia. Como regra geral, avaliação da retina durante o primeiro trimestre de gestação está indicada a gestantes diabéticas, mesmo sem queixas visuais. Há casos de regressão espontânea da retinopatia após o parto; no entanto, há situações em que tratamento a LASER pode estar indicado.
  • Ectasias Corneanas: Não existem estatísticas bem estabelecidas quanto ao percentual de gestantes acometidas, mas  sabe-se que pode haver agravamento das ectasias corneanas, como no ceratocone ou na degeneração marginal pelúcida (como aquela mostrada na ilustração deste post). A realização preventiva de cross-linking anteriormente a uma gestação planejada, pode estar indicada; já a execução desta modalidade de tratamento na vigência de uma gravidez deve ser evitada, uma vez que não há estudos sobre potenciais efeitos sobre o desenvolvimento do bebê.
  • Preeclâmpsia: Constitui complicação hipertensiva que acomete cerca de 5% das gestações. De cada 3 gestantes com preeclâmpsia, ao menos 1 delas terá sequela retiniana, com consequente comprometimento visual. O aspecto da retina entre essas pacientes é muito semelhante ao encontrado nos casos de retinopatia hipertensiva, já abordada em outro post.

A interconsulta da gestante com o Oftalmologista pode ser útil nestas, entre outras, situações; informe-se com seu Obstetra de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

Pregnancy Vision Changes

Foco nas Alterações Oculares na Gravidez (Parte 1)

Durante a gravidez, o organismo materno passa por um série de modificações que, em conjunto, favorecem o desenvolvimento do bebê e preparam o organismo materno para o parto e lactação. A mais evidente dessas modificações é a própria “barriga de gestante”. Aumento volumétrico das mamas, alterações posturais e de pigmentação da pele também são facilmente perceptíveis. Da perspectiva médica, algumas adaptações são bem conhecidas, como no caso do aumento de até 30% no débito cardíaco, ou de 20% no consumo de oxigênio. O que a maior parte das pessoas desconhece, mesmo no meio médico, é que também os olhos passam por modificações durante a gestação, a maioria delas, temporária; no entanto, há algumas que podem impactar permanentemente a visão das gestantes. Neste post, apresentarei brevemente, alterações comuns e temporárias da gravidez.

Olho seco, o qual varia de quadros sutis, a situações mais sérias que dificultam o uso de lentes de contato costumam ocorrer; o tratamento baseia-se no uso de lubrificantes oculares. Modificações refracionais (ou de “grau”), decorrentes de alterações na curvatura, ou de aumento na espessura corneana costumam ocorrer, as quais perduram até o terceiro mês  após o parto; por esta razão, tanto quanto possível, evita-se a prescrição de óculos, ou adaptação de lentes de contato, durante a gravidez. Algumas formas de uveítes costumam apresentar melhora espontânea, bem como, entre pacientes com glaucoma, a pressão intraocular parece ter alguma redução durante a gestação.

Infelizmente, há também condições que se agravam, por vezes permanentemente durante a gravidez, como as retinopatias diabética, hipertensiva associada à pré-eclâmpsia e o ceratocone. Mas este é o assunto para próxima semana.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

Nutrition-3

Foco na Alimentação Saudável

Como a procura por hábitos alimentares mais saudáveis tem crescido, pacientes solicitam, ocasionalmente, recomendações alimentares que ajudem na promoção da saúde dos olhos. Sem qualquer pretensão de prescrever propriamente uma dieta, cito alguns pontos-chaves:

  • Vitamina A – atua, entre outras funções, no funcionamento do retina; quando deficitária no organismo, a visão pode piorar, principalmente à noite; é encontrada em alimentos de origem animal, como leite, ovos ou fígado; pode ser produzida em nosso próprio organismo a partir de certos precursores, como o beta-caroteno, presente em vegetais como cenoura, mamão ou abóbora.
  • Vitaminas C e E – há evidências de que combatam doenças relacionadas ao envelhecimento ocular, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI); a vitamina C é comum em frutas cítricas como laranja ou limão; a vitamina E costuma ser encontrada em gorduras vegetais, como a do amendoim, ou ainda, na gema do ovo.
  • Luteína e Zeaxantina – são carotenóides presentes em alta concentração numa das regiões mais nobres de nossa retina, a mácula; acredita-se que atuem na proteção da mácula à luz solar; estão presentes em alimentos como couve, brócolis ou espinafre; a suplementação de luteína e zeaxantina pode estar indicada em alguns casos de DMRI.
  • Zinco – mineral que participa de diversas reações químicas do metabolismo ocular, pode ser encontrado na lentilha, ostra e carne vermelha.

Mais importante que saber de cor a função ou a fonte de cada um desses nutrientes, é entender que ter olhos saudáveis demanda ter um organismo saudável como um todo. Assim, alimentação saudável, associada à atividade física regular, evitando-se o tabagismo, ou o excesso de álcool são recomendações sempre bem-vindas. Situações específicas, como carência de um ou outro nutriente, podem ser suspeitadas pelo Oftalmologista e reparadas de maneira multidisciplinar com apoio do Nutrólogo e do Nutricionista.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

Blue digital computer brain on circuit board with glows and flares

Foco na Utilização da Inteligência Artificial na Oftalmologia

Cada vez mais, o termo Big Data, antes restrito às ciências da computação, tem ganho importância na Medicina. Por Big Data, entende-se um conjunto extremamente grande de dados, os quais, uma vez analizados sistematicamente, evidenciam padrões, tendências ou associações. Diversos algorítmos de inteligência artificial baseiam-se em Big Data.

Em junho deste ano, fora publicado no meio científico, um artigo que testou a utilização de elementos de inteligência artificial na seleção de candidatos à Cirurgia Refrativa (Adopting machine learning to automatically identify candidate patients for corneal refractive surgery – acesso gratuito). A conclusão a que os pesquisadores chegaram foi de que a performance do novo método constitui elemento auxiliar seguro e confiável na tomada de decisão quanto à indicação, ou não, de Cirurgia Refrativa.

Diferentemente do que temem alguns, a disseminação do uso da inteligência artificial na Medicina não limita o papel do Médico: é fato que oferece instrumento técnico-científico valioso à prática médica, mas a empatia frente ao paciente, o que há de mais humano em Medicina, isto algorítmo algum é capaz de sintetizar.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

Kids-Contacts-1-scaled

Foco na Indicação de Lentes de Contato para Crianças

A cena “tensa” é comum no consultório do Oftalmologista: o pré-adolescente, ao ser informado sobre a indicação do uso de óculos, questiona ansiosamente quanto ao uso de lentes de contato; já os pais tentam disfarçar certa aversão à ideia.

Do ponto de vista médico, não existe proibição a priori ao uso de lentes de contato por pré-adolescentes ou crianças, mesmo entre bebês. Ao contrário, pode haver indicação formal, como em casos de catarata congênita, para os quais não houver implantação de lente intraocular no mesmo ato cirúrgico. Assim como para o adulto, o uso de lentes de contato em crianças constitui-se em alternativa à dependência de óculos, principalmente nos casos de anisometropias, na prática esportiva, ou como elemento de reforço da autoestima. As particularidades que devem ser consideradas na indicação de lentes a este grupo etário são: 1) a capacidade de cada criança em fazer o uso adequado da lente de contato; bem como, 2) referir a ocorrência de eventuais problemas, como dor ocular, ou piora na qualidade da visão aos responsáveis. Entre crianças, as lentes de descarte diário, pela maior praticidade quanto aos cuidados de conservação, costumam ser as mais indicadas, mas mesmo lentes rígidas podem estar indicadas.

O Oftalmologista tem condições de propor o uso de lentes de contato a crianças, desde que, seja esta, também, a vontade dos responsáveis pelos pequenos.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

Symfony-SIMULATION-IMAGE

Foco na Cirurgia de Catarata: Multifocalidade

Observe atentamente a figura à esquerda: a imagem das montanhas aparece nítida ao fundo, pois a focalização ocorreu essencialmente para longe; assim, quanto mais próximos estiverem outros elementos da foto, mais desfocados eles aparecerão. Na imagem à direita, praticamente todos os elementos da foto aparecem nítidos, apesar de situarem-se em múltiplas distâncias, ou mais tecnicamente, múltiplos planos focais. No primeiro caso, tem-se uma simulação visão oferecida por lentes intraoculares monofocais. No segundo, uma simulação de multifocalidade.

Existem várias estratégias para que se ofereça multifocalidade a pacientes submetidos à cirurgia de catarata: da tradicional báscula, na qual um olho focaliza para longe e outro para leitura de perto; a opções mais modernas, como a utilização de lentes bi ou trifocais; ou ainda, das lentes de foco extendido, as quais podem ser implantadas em ambos os olhos, ou em combinação com lentes mono, bi ou trifocais.

O Oftalmologista, com experiência em Cirurgia de Catarata e Refrativa, é capaz de oferecer a melhor alternativa, a depender da análise de uma série condições oculares e das demandas visuais de cada paciente.

Até a próxima publicação.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.

YAG-laser

Foco na “Limpeza” a LASER da Lente Intraocular

Na cirurgia da catarata, o cristalino é removido, restando dele, somente a estrutura que o sustentava, o chamado saco capsular. Ocasionalmente, a parte posterior do saco capsular, a cápsula posterior, pode perder parcialmente a transparência, prejudicando a visão.

Lente intraocular posicionada dentro do saco capsular. Caso a cápsula posterior sofra opacificação, a abertura da mesma por LASER estará indicada.

Para esses casos, estará indicada a realização de uma abertura na cápsula posterior: a capsulotomia a LASER.  Tal procedimento restabelece a transparência do caminho percorrido pela luz, melhorando a qualidade da visão. A realização da capsulotomia a LASER leva poucos segundos, é completamente indolor, sendo que o paciente recebe alta em seguida.

No título deste post, fiz questão de assinalar o termo limpeza entre aspas, por não concordar com sua utilização, apesar de ser muito comum entre pacientes e médicos. Isto, porque ao nos referirmos a “limpeza”, pressupomos alguma “sujeira”, o que não se aplica ao caso, como ficou evidente.

Para casos de embaçamento indolor percebido semanas a meses após realização de cirurgia de catarata, a opacificação da cápsula posterior cosntitui-se numa das principais hipóteses, informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

 

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

 

Agende sua consulta num “click “.