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Foco na Cirurgia Refrativa para Esportes Aquáticos

Tanto o uso de lentes de contato, quanto a realização de Cirurgia Refrativa constituem-se em alternativas aos óculos para a prática de vários esportes. No entanto, entre esportes aquáticos, a recomendação de Cirurgia Refrativa reina soberana.

Lentes de contato não estão indicadas a nadadores.

Muitas pessoas imaginam que o uso de óculos de natação permitiria o uso concomitante de lentes de contato… entretanto, a água que chega aos olhos, apesar do uso desses óculos, é suficiente p/ levar microorganismos até as lentes de contato. Isto aumenta muito os riscos de complicações, entre as quais, a infecção corneana por acantameba, podendo resultar em prejuízos permanentes à visão.

As vantagens de se enxergar bem durante as competições são óbvias, principalmente, entre atletas de alto rendimento, p/ os quais vitórias e eventuais quebras de records são conquistadas nos detalhes.

Vale ressaltar que a realização da Cirurgia Refrativa está condicionada a uma série de fatores de cada paciente, entre os quais: idade, refração (o “grau”) e evidências consistentes de que as córneas sejam saudáveis. Informe-se sobre mais detalhes com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Cão-Guia

Apesar dos avanços ocorridos na Oftalmologia, ou do empenho de bons Médicos, há situações em que a cegueira, infelizmente, é irremediável. A pacientes nessas circunstâncias, devem ser oferecidos meios de inclusão que assegurem um estilo de vida o mais semelhante possível ao de qualquer outra pessoa.

Neste sentido, um recurso válido, mas ainda pouco comum no Brasil, é o emprego do chamado “Cão-Guia”. Trata-se de animal adestrado especificamente para auxiliar o portador de deficiência visual grave, promovendo maior autonomia, ao facilitar a locomoção por espaços de uso coletivo, públicos ou privados, como ruas, transporte público, lojas, hospitais entre outros. A legislação brasileira garante livre acesso e permanência do deficiente visual e do cão-guia a esses lugares (Lei Federal 11.126/05).

O processo de adestramento é longo e caro: filhotes de Labrador ou Golden Retriever, raças recomendadas pelo temperamento dócil e porte físico mediano, são criados por famílias, quase sempre, voluntárias até os 6 meses de idade; deste ponto em diante, o adestramento específico p/ a função de cão-guia tem início em centros especializados, levando cerca de 1 ano e meio… o custo de preparação de um animal não sai por menos de R$ 35.000,00. Apesar disto, cães-guias não costumam ser vendidos e, sim, doados. O interessado, cadastra-se em algum dos centros preparadores de cães-guias (contatos desses centros são facilmente encontrados na internet), sendo que algum tempo depois (desde algumas semanas, a poucos anos) recebe o cão-guia.

Vale ressaltar que os cães-guias têm uma “carreira” de cerca de 8 anos, depois da qual, são “aposentados”. Como qualquer pet, demandam cuidados de higiene e saúde. Na maioria dos casos, estabelece-se uma relação de companheirismo entre o deficiente visual e o cão-guia, benéfica a ambos.

Outra forma de melhor integrar o deficiente visual é a escrita em alfabeto braile, mas este é assunto p/ um próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no Paciente com Medo (Exagerado) de Operar

“…Será que eu poderia acordar só ao final da cirurgia???…”

Nada mais natural que sentir algum medo frente a uma indicação cirúrgica. Para cirurgias eletivas, aquelas sem caráter de urgência, tal medo costuma ser mais facilmente superado pelos pacientes, uma vez que muitas dessas cirurgias são solicitadas voluntariamente por eles mesmos.

Há pacientes, no entanto, que têm muita dificuldade em assimilar – e controlar – o próprio medo de serem submetidos a procedimentos cirúrgicos. Não raramente, candidatos à Cirurgia Refrativa, ou pacientes com Catarata, condicionam a realização do procedimento a não perceberem nada do que se passa durante a cirurgia, como no exemplo mostrado a cima. Apesar de não ser consenso entre Psiquiatras, uma vez que não consta da versão mais atual do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o medo exagerado de submeter-se a procedimentos cirúrgicos pode constituir uma fobia específica, a Tomofobia.

A todo paciente com indicação cirúrgica, faz-se necessária explicação clara e acessível dos riscos e benefícios potenciais inerentes a cada procedimento. Pacientes em situações particulares, como portadores de Transtorno de Ansiedade Generalizada ou, mesmo, a controversa Tomofobia certamente serão beneficiados por abordagem individualizada e multidisciplinar, com participação do Anestesiologista e do Psiquiatra.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nas Lentes com “Proteção” p/ Luz Azul

Ocasionalmente, pacientes questionam se deveriam priorizar lentes com filtro para luz azul (geralmente mais caras), em detrimento das lentes convencionais.

Fabricantes têm divulgado vantagens como menor desconforto ao uso de computadores, tablets ou celulares; proteção à retina, diminuindo os riscos de degeneração macular relacionada à idade; propondo, inclusive, melhora no padrão do sono entre usuários de lentes com filtro p/ luz azul. Entretanto, tais afirmações, até o momento, carecem de comprovação científica. Isto é o que se sabe de fato:

. Para que se utilizem confortavelmente equipamentos eletrônicos, a postura deve ser adequada, posicionando-se as telas cerca de 1 braço de distância, inferiormente aos olhos, a lubrificação e alinhamento oculares devem ser normais, a eventual ocorrência de “grau” deve ser compensada pelo uso de óculos ou lentes de contato, ou corrigidas cirurgicamente. Iluminação ambiente adequada e pausas regulares também são comumente indicadas.

. A luz que comprovadamente traz malefícios aos olhos são os raios ultravioleta (não a luz azul). Mesmo assim, até o momento, não fora demonstrada ocorrência significativa desses raios na luz emitida pelas telas de eletrônicos de uso cotidiano.

. A qualidade do sono é influenciada por uma infinidade de fatores, sendo que a exposição à luz azul, ainda que seja um deles, não parece constar entre os mais importantes.

Com base nestas informações, conclui-se que não há vantagens consistentes que justifiquem a preferência pelas lentes com “proteção” à luz azul. Certamente, esta recomendação pode mudar, caso surjam robustas evidências em contrário.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Idade do Paciente com Ceratocone

A correta condução de casos de ceratocone deve, necessariamente, levar em conta os seguintes fatores para pacientes de qualquer idade:

. A possibilidade de piora da doença (também chamada “progressão”);

. Registrar, de modo mais confiável e reprodutível possível, uma série de parâmetros corneanos, particularmente curvatura e espessura;

. Determinar a forma mais apropriada de reabilitação visual;

. Considerar a eventual ocorrência da forma familiar da doença.

A partir destas premissas, considerações específicas aos diferentes grupos etários devem ser feitas:

Entre pacientes mais jovens (adolescentes e adultos por volta dos 30 anos), encontramos o grupo mais susceptível à progressão. Por isto mesmo, a este grupo, costuma estar indicado Cross-Linking entre as medidas de contenção ao agravamento. A este grupo, ainda, podem estar indicadas as mais diversas modalidades de reabilitação visual: uso de óculos, lentes de contato “gelatinosas”, lentes de contato rígidas, implantação de Anel de Ferrara e, para alguns casos, a realização de transplante de córnea.

Entre adultos maiores de 40 anos, a progressão espontânea é rara. Para esses pacientes, assume importância, a reabilitação (semelhante àquela citada anteriormente).

A ocorrência de ceratocone na terceira idade não costuma ser valorizada do modo que deveria, talvez por praticamente inexistir progressão espontânea. Virtualmente, todo paciente deste grupo, em algum momento, será submetido à cirurgia de catarata para a reabilitação visual. No entanto, resultados consideravelmente diferentes do planejado podem ser obtidos, caso a ocorrência de ceratocone não seja levada em conta por ocasião do planejamento cirúrgico.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Avaliação Clínica da Íris

Este post não é sobre “Iridologia” (prática não reconhecida pela Medicina, por carecer de embasamento científico), mas sobre manifestações irianas de doenças oculares.

A avaliação clínica da íris (estrutura que dá cor aos olhos), por vezes, fornece informações relevantes ao evidenciar alterações decorrentes de diversas doenças, entre as quais processos inflamatórios, isquêmicos ou tumorais. Seguem alguns exemplos:

Vasos sanguineos anômalos da íris (evidenciando isquemia ocular crônica).
Nódulos irianos (compatíveis com Neurofibromatose I).

Pode ainda, ser ela própria afetada por mal-formações presentes ao nascimento (como o coloboma mostrado a seguir), ou adquiridas, como nas lesões decorrentes de traumas oculares.

A avaliação clínica da íris faz parte da consulta oftálmica de rotina. Informe-se com seu Oftalmologista de confiança.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco na Importância do Oftalmologista na Prescrição de Lentes Corretivas

Muitas pessoas imaginam que a determinação do “grau” de cada olho seja uma mensuração simples e inequívoca, indicada mecanicamente por algum equipamento. Ou ainda, que a prescrição de lentes corretivas, sejam elas, por meio de óculos ou lentes de contato, ocorreria como consequência óbvia dessa mensuração.

A realidade, no entanto, é bem mais complexa. Fatores próprios de cada paciente, como idade, estado geral de saúde, eventual ocorrência de alguma doença ocular (3.892 são conhecidas!!!), ocupação profissional e, mesmo, a estatura devem ser levados em consideração para a prescrição. Imaginemos alguns exemplos simples:

  • Duas pessoas saudáveis, com 1,50 de hipermetropia em ambos os olhos, uma aos 17 anos, cursando o ensino médio, outra aos 41 anos, Dentista. A primeira pode não apresentar queixas visuais, enquanto a segunda, dificilmente conseguiria trabalhar confortavelmente, sem o uso de óculos.
  • Ou duas professoras universitárias saudáveis, aos 40 anos, ambas sem “grau” p/ longe, uma medindo 1,60 m de altura, a outra 1,90 m. É provável que a primeira inicie com uso de correção para perto antes que a segunda.
  • Consideremos como último exemplo, dois pilotos, por volta dos 30 anos, diagnosticados com miopia de 1,00 para ambos os olhos, um clinicamente saudável, o outro com diabetes de controle difícil. P/ o paciente diabético, é bem provável que a determinação do grau tenha sido menos “exata” por influência da doença. Disto, decorre que este paciente apresenta maiores chances de ficar insatisfeito com a prescrição.

Inúmeros – e por vezes, complexos – são os cenários a serem considerados, tanto na determinação do grau, quanto na prescrição de lentes corretivas. Não por acaso, em decisão recente do Supremo Tribunal Federal, o exame ocular, bem como a prescrição de lentes corretivas foram reconhecidas como atividades restritas à Medicina, sendo que o Oftalmologista é o especialista melhor capacitado p/ tanto.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco no “Teste do Olhinho”

Sabe aquela foto na qual você saiu com os olhos vermelhos? É exatamente este o efeito esperado no “Teste do Olhinho”, ou seja: confirmar a ocorrência do reflexo vermelho nos dois olhos.

O teste é rápido, não demanda o uso de colírios e deve ser realizado por Pediatra no berçário, ou na primeira consulta do bebê. Caso o reflexo esteja ausente em algum dos olhos, a criança deve ser encaminhada para avaliação com o Oftalmologista.

Reflexo vermelho presente no olho direito, mas ausente no esquerdo.

Além de evidenciar que o trajeto a ser percorrido pela luz dentro dos olhos está livre (condição indispensável ao desenvolvimento da visão dos bebês), o “Teste do Olhinho” pode salvar vidas, ao diagnosticar precocemente o retinoblastoma, tumor ocular maligno mais comum na infância.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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Foco nos Cuidados Pré-Operatórios da Cirurgia de Catarata: Medicamentos Habituais do Paciente

Boa parte dos pacientes submetidos à Cirurgia de Catarata faz uso de medicamentos para hipertensão arterial, diabetes, ansiedade, entre outras doenças. Daí, surge a dúvida:

“Devo deixar de tomar algum remédio no dia da cirurgia???…”

Como regra geral, o paciente deve manter o uso de todos os medicamentos habituais, ingerindo-os com pequeno volume de água, a fim de não interferir com o jejum pré-operatório. Situações excepcionais, que requeiram suspensão prévia de algum medicamento, são identificadas na Consulta Pré-Anestésica, sendo o paciente devidamente orientado a este respeito.

A sedação consciente associada à anestesia tópica, usadas rotineiramente na Cirurgia de Catarata, além do conforto e segurança que proporcionam durante o procedimento, interferem minimamente na rotina do paciente. Mas isto já é assunto para um próximo post.

Visite nosso link sobre os principais Cuidados Anestésicos.

Luciana Freitas – Anestesiologista.

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Cirurgia Refrativa no Ceratocone

Acontece no consultório vez ou outra: paciente interessado na cirurgia de correção do “grau” (Cirurgia Refrativa) é surpreendido pelo diagnóstico de ceratocone… tem-se nestas circunstâncias, além da contraindicação ao procedimento, a preocupação quanto à eventual piora da visão.

Costumo dizer aos candidatos à Cirurgia Refrativa, que todos os esforços devem ser feitos no sentido de assegurar que a córnea, componente do olho manipulado durante o procedimento, seja normal. Assim, mesmo casos leves, ou suspeitos, de ceratocone não devem ser submetidos à cirurgia.

Contudo, esta concepção tem mudado: número crescente de artigos científicos têm demonstrado resultados animadores de Cirurgia Refrativa para casos selecionados de ceratocone. Ainda restam mais perguntas que respostas, por isto mesmo, até o momento, não indico a realização de Cirurgia Refrativa a esses pacientes. No entanto, é possível que em pouco tempo, esses pacientes possam ser beneficiados por esta alternativa, ou seja: uma mudança muito bem-vinda de paradigma.

Até o próximo post.

Giuliano Freitas – Oftalmologista.

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